quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Nascido Para Matar

Tudo pintando de preto

Como dizem, Full Metal Jacket, ou Nascido Para Matar (o Brasil conseguiu de novo acabar com um bom título), é considerado um dos maiores filmes de guerra de todos os tempos, junto com Platoon e Apocalypse Now. E de fato é. Stanley Kubrick não quis poupar ninguém em seu penúltimo fime ao mostrar o duro treinamento, tanto físico quanto psicológico, dos fuzileiros na Guerra do Vietnã. Tão duro que faria o Capitão Nascimento rever seus conceitos.

O filme mostra como pouco a pouco, na guerra, o ser humano é reduzido a um animal frio que mata insandecidamente, seja por vingança ou por falta de culpa mesmo. E como o processo de loucura pode ser inevitável quando se convive com loucos vestindo uma camisa manchada de sangue e razão. Porque os Estados Unidos estão com a razão, como sempre.

Se Apocalypse Now mostrou que pode haver poesia na guerra, Nascido Para Matar mostrou que só pode haver morte, destruição e sujeira. Pois estamos mesmo num mundo atolado em merda todo pintando de preto, como na sombria música dos Rolling Stones.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Matadores em clima de natal

Eu sei, estamos um pouco atrasados..mas vale a pena, para ver o restante das fotos clique aqui

This Is It por Spike Lee

Spike lee dirigiu um clipe póstumo de Michael Jackson com a musica This Is It. Clique na foto para assistir.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Matadores de Vampiras Lésbicas

Matadores de Vampiras Lésbicas é um filme com alma trash. Mas é tudo muito bonitinho pra ser um verdadeiro trash. Os efeitos, exceto aqueles propositalmente ruins, até que enganam bem. A fotografia não deixa nada a desejar e a arte do filme é até respeitável. O que faz pensar que o longa foi feito por quem não entende nada de filmes trash.

Mas o que faz a produção inglesa merecer ir dereto pro inferno é mesmo o roteiro. Sem graça e sem sal. Na história, que começa num tempo distante, uma vila é arrasada por uma rainha vampira lésbica que seduz as mulheres. Um barão incoformado por ter perdido a esposa resolve matar a rainha vampira... e consegue. Só que ao morrer ela o amaldiçoa dizendo que todas as mulheres daquele lugar virarão vampiras lésbicas aos 18 anos e quando o sangue do último descendente do barão encontrar o sangue de uma virgem, ela ressurgirá.

O filme, obviamente, atrai primeiro pelo título. E os roteiristas pensaram mesmo primeiro no título pra depois inventar uma história, segundo o Rubens Ewald Filho. O que não é nenhum pecado, se a história pelo menos fosse boa. Mas nem ao que se presta o filme é bom. Onde está o erotismo, a sensualidade e o sexo? Vemos sim alguma garotas se beijando, mas só.

Posso estar sendo cruel, mas não sou só eu quem diz isso. Pela primeira vez, parece haver uma concordância entre os matadores desse blog, talvez porque estivéssemos esperando há muito tempo. E os EUA também pensam assim, já que fez sua estreia direto em dvd e sem o "lésbicas" do título. Mas pelo menos, rende umas risadas.

domingo, 27 de dezembro de 2009

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Avatar

Avatar não pode ser lembrado só como uma grande e nova experiência cinematográfica. É claro que os efeitos especiais são extraordinários, todas as formas de Pandora são incrivelmente reais, os Na´vis parecem atores verdadeiros. Como eu estava falando, Avatar é mais do que a tecnologia, o filme é uma crítica aos humanos e sua obsessão de destruir o meio ambiente sem se importar com nada e ninguém, somente com o lucro.

A história acompanha a saga de Jake Sully (Sam Worthington), um soldado paraplégico, após a morte do seu irmão gêmeo ele é convocado para ingressar numa viagem para Pandora e continuar o trabalho do falecido. Pandora é um planeta localizado há muitos anos-luzes da terra, o motivo dos humanos estarem em Pandora é simples, é só lembrar dos motivos que os antigos colonizadores embarcavam em grandes viagens. Pandora tem um mineral que vale muito dinheiro, porém a principal fonte deste mineral está bem na moradia dos Na´vis, antes dos humanos partirem para a ignorância eles querem tentar um modo diplomático de tirar os aliens do lugar. O plano é simples, os cientistas criaram os chamados Avatares, uma mistura de humanos com Na´vis, e com uma ajuda tecnológica os cientistas conseguem transferir a mente do humano que foi usado na criação para dentro do Avatar. A missão destes Avatares é de aprenderem o máximo possível da cultura dos aliens e assim tentar dialogar uma possível mudança de moradia.

Para alguns o mais interresante e rápido é a solução militar, principalmente para o coronel Miles Quaritch que faz uma proposta a Jake, observe e conte tudo para ele em troca o exército lhe dará pernas novas. Inicialmente Jake faz e informa tudo para o coronel, após um pequeno evento ele acaba conhecendo a Na´vi Neytiri e com isto nós conhecemos também a cultura dos Na´vis e o planeta Pandora. Neytiri mostra tudo para Jake, ensina como viver em harmonia com a natureza e como todos os seres vivos de Pandora fazem parte do planeta. Todos estes novos ensinamentos fazem Jake ser uma pessoa mais sensível e completa e ainda por cima ele descobre o amor nos braços da nativa. Mas nem tudo é um mar de rosas, com a pressão do coronel Miles a iniciativa armada é finalmente a opção escolhida. Não vou contar mais nada.....

Não é difícil de enxergar no filme características indígenas e de outras civilizações que já passaram pelo nosso louco planeta azul, isto é mais um detalhe que mostra o estrago que fizemos e continuamos a fazer no planeta. James Cameron consegue sim passar uma mensagem ecológica através da grandeza de Avatar. Vale a pena ser visto e revisto, principalmente depois que o diretor afirmou que se o filme for bem nas bilheterias duas continuações podem ocorrer!!!! Corram para o cinema!!!

B13 – Ultimato

Esta continuação tem os moldes iguais do primeiro filme. Muita ação, pulos, porrada e uma trama que poderá acabar com o distrito 13. Para os navegantes de primeira viagem, B13 era um bairro isolado na França que graças a Leito e Damien não foi destruído por um míssil, como recompensa, os dois conseguem convencer o governo a derrubar os muros e ajudar o bairro a ter um pouco de dignidade.

Porém dois anos se passaram e nada foi feito, a violência reina no bairro e os muros continuam a existir. Outro plano secreto tem como objetivo destruir o distrito e reconstruir um lugar com muito verde e crianças brincando...é claro que para isto acontecer o plano tem que ser bem elaborado e feito por profissionais. O estrategema é mostrar para toda a sociedade que o bairro é violento e que a única solução é destruí-lo. Além desta tramóia, Damien e Leito precisam ser cartas foras do baralho. Mas com estes dois é praticamente impossível tirá-los da jogada. O filme é bom, a fôrmula funciona, David Belle e Cyril Raffaeli são atletas incríveis, vale a pena assistir se você é fã do gênero.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Anjos e demônios

Não vou comentar nenhuma das polêmicas que envolveram este filme, vou direto ao assunto. Tem um detalhe muito importante sobre esta adaptação cinematográfica do livro de Dan Brown, o filme é melhor do que o livro! Muito raro isto acontecer...

O filme tem os Illuminati como enredo principal, após a morte do papa os quatro favoritos a sucessão são seqüestrados e se desgraça pouca é bobagem uma bomba de anti-matéria também é roubada de um laboratório. Mas quem a igreja chamará para solucionar o caso? Chuck Norris? Não, eles chamam o ateu acadêmico Robert Langdon. Desta vez o simbolista terá algumas horas para resolver este enorme quebra-cabeça antes que todos os quatro padres morram e a bomba exploda, concretizando assim a tão esperada vingança dos Illuminatis contra a igreja católica.

Jack Bauer interrogando Papai Noel

Sim, ele precisou entrar em ação. Jack Bauer e seus interrogatórios...clique na imagem para ver o video


sábado, 19 de dezembro de 2009

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Os Fantasmas de Scrooge

Mal humorado, ranzinza, mão de vaca e mesquinho, não, eu não estou falando sobre as minhas melhores qualidades e sim sobre Ebenezer Scrooge, personagem principal desta fábula natalina de Charles Dickens. A animação tem gráficos exuberantes, muito mais para os adultos do que para as crianças o filme ensina que os valores que as vezes só lembramos no natal são essenciais e sem eles somos só pessoas fechadas e egoístas. Com a direção de Robert Zemeckis e atuações de Jim Carey e Gary Oldman o filme consegue convencer e fazer refletir até o mais gélido dos corações. O diretor evoluí a sua arte a cada filme, detalhes se juntam ao impossível e criam a cada cena uma impressão real, apesar de todos saberem que é uma animação.

O filme é uma boa pedida para assistir em 3d, só uma dica construtiva que estou revendo em minha administração pessoal, não sentem na última fileira do IMAX do shopping Bourbon, o espaço entre as poltronas é minúsculo e se alguém chega atrasado tem que praticamente passar por cima de você para chegar no lugar. (Este último parágrafo pareço realmente o Ebenezer Scrooge ahahha)

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Balde de Sangue

Estátua Morta

"Somente os artistas são pessoas, os demais não. Onde estão John, Joe Jake, Jim, Jean, Jerk? Mortos, mortos, mortos. Eles nunca nasceram... Onde estão Leonardo, Rembrandt, Ludwig? Vivos, vivos, vivos. Eles nasceram."

Faz sentido pensar que seu nome só entrará para a história, caso você faça algo realmente grande. Algo a ser lembrado por séculos. Por isso é compreensível que o personagem principal de Balde de Sangue, de 1959, queira fazer sucesso para não morrer depois de morrer.

Garçom de um bar frequentado por artistas, jornalistas, poetas e qualquer outro tipo de marginais da época, o personagem principal é um invejoso. Ele deseja ser tão famoso quanto as pessoas que serve, mas não tem o mínimo de talento para isso. Além do mais, é doido. Um dia, quando mata sem querer o gato da vizinha e reveste o corpo com argila tem aí uma "bela" obra de arte, que faz imediato sucesso entre os frequentadores do bar Porta Amarela. Para continuar o sucesso e se manter em foco, o garçom passa a matar pessoas de verdade.

Rodado em plena efervesecência do movimento beatnik, o filme pode ser visto como um retrato em preto e branco desse mundo onde poetas loucos e bêbados nasceram para deturpar a visão tradicional do mundo como o conhecemos.

O longa, se é que se pode chamar assim, não tem em evidência nenhum balde de sangue em seus 65 minutos. E é tão rápido e rasteiro que mal se pode se identificar com os peronagens. Os efeitos poderiam ser escritos com um "d" na frente de tão toscos e as desculpas para as mortes são tão vagabundas que envergonham. Edgar Allan Poe levantaria do caixão se soubesse que um conto seu influenciou a morte do gato.

Mas por ter um argumento incrivelmente brilhante e uma cena de abertura fantástica, mesmo que simples, todos os erros são perdoados. Como se não bastasse, o filme foi influência para Art Spiegelman, o único quadrinista ganhador de um Politzer, por Maus (leia a entrevista da Folha). Com tantos elogios, não dá pra entender por que o diretor Roger Corman, só ficou conhecido 18 anos depois, com A Pequena Loja de Horrores.

(Mas, possivelmente, você não encontrará esse filme na locadora. Clique aqui para baixá-lo.)

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Gangbang Zombie

Impróprio para menores....

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Personagem do mês (Novembro)

Chewbacca

Gata do mês (Novembro)

Buffy

Hollywood vs Nova Iorque - Quatro décadas de destruição

A Goodie Bag criou uma montagem com um musical mostrando tudo o que de pior aconteceu em Nova Iorque em quarenta anos. Veja toda a destruição aqui:

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Especial Shyamalan - O Sexto Sentido da Sétima Arte

Impossível dizer o que se passa na mente de M. Night Shyamalan. Seja na obscuridão de temas sobrenaturais, na filosofia desencantada ou no drama psicológico de personagens tão enigmáticos quanto ele próprio, seus filmes sempre têm um objetivo: o de gerar questionamentos. Com tantos segredos não revelados, o "M" abreviado do nome do diretor não poderia significar outra coisa, senão "mistério". E é mistério o que se vê nos seis filmes do primeiro Especial do Diretor dos Matadores deste blog.

domingo, 29 de novembro de 2009

Fim dos Tempos

Todos os filmes de M. Night Shyamalan são surpreendentes, mas nem sempre isto quer dizer que agradam a todos ou que são bons. Fim dos tempos é o filme que mais deve do indiano, a história é atual e interessante, as mortes são incrivelmente assustadoras, mas dessa vez o diretor não conseguiu deixar satisfeito quem assiste o filme. Porém isto não quer dizer nada, continuaremos a assistir todos os filmes de Shyamalan.

A sinopse é assustadora... Sem mais nem menos algumas mortes estranhas começam a acontecer em algumas cidades americanas, sem informações sobre o fenômeno suicida, o professor Elliot Moore (Mark Wahlberg), que vive uma crise conjugal, decide ir para o interior junto com sua esposa (Zoe Deschanel), o seu melhor amigo o professor Julian (John Leguizamo) e a filha de Julian. Quanto mais o tempo passa mais as informações se tornam estranhas, seria este fenômeno causado pelo próprio homem? Seria um ataque suicida? Ou simplesmente a mãe natureza resolveu acabar com o maior predador do mundo?

Os personagens trabalhados e as cenas assustadoras de sempre estão também neste filme, porém em contrapartida tem uma cena do Mark Wahlberg conversando com uma planta e pedindo desculpas... é mais motivo de risada do que de tensão. Espero que chegue logo o próximo filme dele, assim Fim Dos Tempos será só uma breve recaída na brilhante carreira do indiano.

sábado, 28 de novembro de 2009

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

A Dama na Água

Os contos de fadas são histórias antigas e lindas com personagens que com suas aventuras nos ensinam o certo. M Night Shyamalan também queria contar um conto de fadas para o seu filho, e como ele fez isto? Criou a sua própria história, misturando a idéia do bem fazer com o atual, mais uma pitada de personagens que somente ele pode criar, a Dama Na Água nasceu, primeiramente para o seu filho e posteriormente para o mundo através do cinema e livro.

A história é fantástica; num condomínio na Filadélfia vive um zelador solitário (Paul Giamatti) que certa noite encontra uma ninfa na piscina (Bryce Dallas Howard). Acolhendo a garota ele descobre que ela tem uma missão, achar uma pessoa que assim que colocar os olhos nela começara uma grande mudança no mundo, dará o primeiro passo para um futuro melhor. Nos prédios do condomínio personagens curiosos não faltam; uma chinesa americanizada, um crítico chato de cinema, a turma da maconha; um cara que só exercita um braço do corpo, além de outros. Neste conto de fadas moderno também existe o lobo mal, ele tenta de todas as formas impedir a ninfa de realizar a sua missão e retornar a sua terra nas asas do grande águia Eatlon.

Esqueça os outros filmes do nosso cineasta indiano favorito para assistir a Dama Na Água, compare o filme com as histórias dos irmãos Grim, seja criança novamente e lembre-se que tudo que importa é pensar e realizar coisas boas e que uma criança feliz e boa certamente será um adulto muito legal para a humanidade

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Sinais

Os ets do filme Sinais não são mais assustadores do que o drama vivido pelo personagem de Mel Gibson. Os seres de outro mundo podem até assustar, principalmente quando aparecem em Passo Fundo, mas é mais uma vez a história bem amarrada, com um desfecho incrível, que surpreende. Shyamalan, qual Hitchcok em cena, mostra mais uma vez como sabe fazer filmes.

Quando um pai viúvo e seus dois filhos pequenos encontram sinais geométricos estranhos em sua colheita, nada mais natural do que pensar ser um trote. Mas e quando isso se repete em várias partes do mundo, as quais não têm, aparentemete, ligação nenhuma? Só resta fugir, ou se trancar no porão...

A primeira metade do filme é sonolenta e desgastante. É preciso estar bem descansado se você quer ver um et. Mas não se pode esquecer de que se trata de um filme do Shyamalan, no qual qualquer explicação da história conduz para o grande final.

Pode-se dizer que a insinuação de extraterrestres é melhor do que a aparição dos próprios. A perna do safado surgindo por entre a plantação é muito mais assustadora do que quando ele aparece por inteiro, quebrando todo o clima de suspense e deixando o filme, talvez até, um pouco bobo, ou inverossímel demais - como se isso não fosse possível em uma obra do diretor indiano. E esse pode ser o defeito mais grave dessa produção que de fraca não tem nada, mas que poderia ser mais perturbadora.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

A Vila (The Village)

Seria mesmo possível viver em um vilarejo à parte do mundo em que vivemos?

O filme A Vila, lançado em 2004, escrito e dirigido pelo indiano M. Night Shyamalan inaugura sua nova aposta em mostrar o horror de uma perspectiva diferente: aquele que vive no subconsciente de todo o ser humano, do qual não parecemos ter muita escapatória. Filosofando sobre a maneira que vivemos nos anos 2000 - da maneira mais esquisita, é claro, Shyamalan apresenta o que seria um um mundo perfeito, do século retrasado: uma pequena Vila onde as famílias tradicionais norte-americanas decendentes dos colonizadores convivem em harmonia, sob os mais rígidos preceitos morais: temor à Deus, respeito ao casamento e à castidade.

Mas os moradores de Covington, na Pensilvânia, tinham um motivo a mais para se preocupar: os estranhos habitantes das florestas, para os quais os moradores faziam sacrifícios pagãos de animais e recebiam visitas periodicamente, marcando com sangue as casas dos habitantes mal-comportados. Neste cenário incomun, nasce o amor entre a estonteante, porém deficiente visual, Ivy Walker (Bryce Dallas Howard), filha do líder da vila, e o jovem Lucius (Joaquin Phoenix) - que questiona a política de se confinar dentro das fronteiras da aldeia. Lucius, a ameaça, logo deixa de se tornar um problema graças ao perturbado Noah Percy, interpretado por Adrien Brody - um deficiente mental, personagem um tanto 'deslocado' na pacata aldeia e até então inofensivo -, que o esfaqueia até quase matá-lo, como uma criança sem a noção do que estava fazendo.

Decidida a salvar seu amor, a bela Ivy resolve enfrentar a fúria dos conselheiros, dentre eles seu próprio pai, e se lança pela floresta e suas criaturas para chegar até a cidade em busca de medicamentos. Apesar de saber a verdade sobre a fantasia de monstros, criada pela comunidade para manter-se longe do nosso mundo cruel e cheio de violências, a trajetória da jovem não é menos arrepiante. Com tomadas curtas, muitas cores e ruídos, fotografia e trilha conseguem fazer Ivy e nós, telespectadores, duvidarem da verdade que acaba de ser revelada. O final, como sempre, supreende por ser tão banal e tudo acabar bem.

Shyamalan planta, assim, dúvidas para o espectador refletir: é possível ficar alheio às doenças, crimes, violência, guerras e toda a podridão do mundo em que vivemos, tidos como fruto da modernidade e da sociedade imoral - uma vez que mesmo na isolada aldeia, onde os valores pareciam intactos, eles continuaram a permear o ser humado? Será ainda que seguir a moral e os bons costumes e ter fé não é suficiente para ter a Salvação Divina? O que faz o homem ser bom ou ruim, então?

Mais fotos do filme Se Beber Não Case

Conseguimos todas as fotos que não entraram nos créditos finais do filme, para ver o restante das fotos e continuar com as risadas é só clicar na foto abaixo

Muppets - Queen

Muppets cantando Bohemian Rhapsody!! Clique na foto para assistir

uma fake e uma verdadeira...

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Corpo Fechado

Mais triste que ficção

Corpo Fechado não é um Sexto Sentido 2. Talvez, por isso, não tenha tido um sucesso tão arrebatador. Corpo fechado é um filme de herói sem ser. Nesta obra, o diretor indiano M. Night Shyamalan, que aparece em cena como um discreto traficante, mostra um salvador tão humano quanto nós mesmos. Tão escroto e sublime quanto qualquer pessoa. Um herói que não sabe o que é até lhe perguntarem: “quantas vezes você já ficou doente?”. Sem efeitos especiais surpreendentes, o longa é mais roteiro que ação. E, como não podia deixar de ser, lá está um dos finais surpreendentes que só o cérebro de Shyamalan pode vomitar.

A história é baseada na vida de duas pessoas opostas. Samuel L. Jackson vive um homem com os ossos tão frágeis quanto sua mente, o “homem de vidro”. Por não poder aprimorar o corpo, aprimora as idéias e chega à conclusão de que se é possível existir alguém tão doente quanto ele, também pode existir o contrário, alguém que não se quebre nunca. Passa, então, a buscar o “inquebrável” e o encontra em Bruce Willis.

Sempre buscando ângulos inusitados, o diretor não descansa até fazer uma cena esteticamente bonita e funcional (tudo tem um porquê de ser mostrado), como um Rodchenko bêbado à procura da fotografia perfeita. A melancolia e a tristeza também estão sempre à espreita, como urubus carniceiros.

E a nós, só resta aguardar se realmente haverá uma continuação, das duas que foram planejadas e abandonadas devido à critica.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O Sexto Sentido (The Six Sense)

“I see dead people” - essa frase, sussurrada por um garotinho assustado loiro de olhos azuis é com certeza um dos marcos do cinema entre os melhores filmes de terror de todos os tempos. Tanto que fez milhares de espectadores pelo mundo: seria mesmo verdade o que relata o filme O Sexto Sentido (1999), escrito e dirigido por M. Night Shylaman, diretor indiando de 39 anos que conquistou Hollywood após o seu lançamento?

O thriller conta a história de Dr. Malcom Crowe, interpretado por Bruce Willis, um notável psicólogo de crianças perseguido por uma única frustração: um paciente que ele não soube ajudar Vincent Gray, papel de Donnie Wahlberg, a ponto do mesmo atacá-lo fisicamente em seu desespero. Algum tempo se passa, as coisas vão de mal a pior com sua esposa, a bela Olivia Williams, até que Crowe conhece Cole Sear, interpretado por Haley Joel Osment, um garoto de apenas nove anos que mora sozinho com a mãe e é atormentado como Gray. Crowe, então, tenta de todas as maneiras ajudar a criança, que diz “ver pessoas mortas”, o tempo todo.

Shylaman, admirador confesso de diretores como Steven Spilbergh e Alfred Hitchcock, consegue dirigir com maestria o roteiro que ele mesmo escreveu, desafiando a curva dramática comum. Um recurso ousado por arriscar 'perder o fio da meada' no meio do caminho. Ele inicia a história com o fim – ainda que subtendido-, faz diversas voltas ao passado, e no final tudo faz realmente sentido.

O diretor descobre, assim, o seu estilo, que acaba seguindo por toda sua obra. Um bem escrito roteiro, que se apóia em dois personagens-base, igualmente perturbados (ainda que um deles não saiba ate então). Fotografia colorida, dinâmica, objetos que refletem imagens deformadas, cenas com diálogos densos filmados bem de perto. Água, acidentes de carros, porões e temor religioso. Ou seja, os maiores pesadelos do subconsciente do ser humano estão ali, juntos, envolvendo o espectador a cada minuto.

domingo, 22 de novembro de 2009

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Lua Nova (New Moon - The Twilight Saga)

Filas enormes compostas por adolescentes, jovens e não tão jovens assim aguardavam ansiosamente a estreia de Lua Nova, segundo filme da sério Crepúsculo, baseada no bestseller da escritora norte-americana Setephanie Meyer. O filme teve estréia mundial hoje, 20/11, e salas de cinema de todo o Brasil, sabiamente, venderam com meses de atecedência as sessões da fita, que começaram às 23h55 do dia 19/11 e seguiram madrugada a dentro.

Lua Nova, assim como seu antecessor é um filme para fãs. O orçamento US$ 13 milhões mais caro (que deve ter sido compensando em 4h de estreia) garantiu mais qualidade à fotografia e os efeitos especiais, como todo bom filme de vampiros recheados de lutas quase imortais deve ter. Mas a grande diferença, sem sombra de dúvida, é a direção de Chris Weitz, responsável pelos sucessos American Pie (1999) e Um grande Garoto (2002). Weitz tem a missão se atrair o público masculino e preparar o terreno para as grandes cenas de lutas e efeitos especiais previstas no próximo filme da saga, Eclipse (2010), já em pós-produção sob a direção de David Slade, responsável pelo sombrio, e também vampiresco, 30 Dias de Noite (2007) - uma opção muito mais acertada que Drew Barrymore, não?

Críticas sejam feitas, até pelos fãs. Abandonada pelo seu grande amor Edward, na tentativa de protegê-la e deixá-la ter uma vida normal, Bella se apóia no amigo de infância Jake, até então um simples descendente das tribos dos quileutes que vivem na reserva índigena ao lado de Forks. Mas Jake acaba se tornando mais uma criatura do sobrenatural, mostrando que Bella é mesmo um ímã para encrencas. O filme, no entando, explora demais o corpo semi-nu de Jacob Blake, de apenas 16 anos e deixa escapar o drama do personagem: ele tambem é um mosntro irreversível, que ama demais a frágil e mortal mocinha - que não corresponde seu amor da mesma maneira.

As frases de efeito, no entanto, continuam no enredo, agora mais colorido e impossivelmente mais romântico que o primeiro. Não há como deixar de ouvir suspiros na cena em que Edward recita as palavras de Romeu, de Shakespeare;ou quando Bella se oferece para morrer em seu lugar aos Volturi, a realeza nada vegetariana dos vampiros. Dakota Fanning, integrante do clã, está estranhamente linda, como sempre com grandes olhos vermelhos.

Até domingo, Lua Nova deve arrecadar milhões de dólares por todo o mundo e superar em muitos denominadores seu orçamento. Para saber mais sobre o filme, clique aqui. E quem for ao cinema conferir nas telonas, prepare-se: grandes filas e adolescentes enlouquecidas.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Filmografia Animal

Vira e mexe a bicharada toma conta das telinhas e roubam a cena. Filmes como Free Willy, Paulie e mais recentemente, Marley e eu, contam com protagonistas que se apoderam da atenção principalmente pelo carisma que só um animalzinho doce pode proporcionar. Nos filmes de terror, horror e suspense não é diferente, mas o objetivo é completmente o contrário, vejamos:

Steven Spielberg soube aproveitar muito bem desse espírito utilizando um Tubarão como vilão de um de seus maiores filmes de suspense. Jaws (título original) ganhou ainda mais três filmes e cada um realizado por um diretor diferente.

O Ataque dos Vermes Malditos é um clássico do horror e contou com Kevin Bacon para este primeiro filme da saga de 4 episódios. No meio do nada, uma dúzia de habitantes de uma cidade esquecida por Deus é atacada por monstros semelhantes a lesmas que vivem por baixo da terra e atacam qualquer coisa que esteja na superfície. Meio trash, mas é bacana!


Tem alguns atores que se submetem a cada papel... Jon Voight, por exemplo, recebeu 3 indicações ao Oscar po rmelhor ator, até ganhou uma das estatuetas. Ele recebe um roteiro de um filme de uma cobra gigantesca que mata as pessoas no meio da selva amazônica e ACEITA. Bom, as coisas podem piorar. Imagine que a atriz principal é uma cantora e que um dos coadjuvantes também é: Jennifer Lopez e Ice Cube participam primorosamente desse filme de terror classe C.

Voltando ao Steven Spielberg, só que desta vez como produtor, temos agora Aranhas como vilãs. Aracnophobia de 1990 é um filme que dá agonia, mas não medo. É o típico filme em que saímos do cinema com coceira por todo o corpo. Ainda nessa mesma linha de filmes com uma porção de bichos tivemos em 1999 o filme Morcegos. Esse é ruim mesmo! Um monte de ratos com asas modificados geneticamente atacam os moradores da pequena cidade de Gallup no Texas. Viu? Eu falei que era ruim!


Agora a obra-prima das bizarrices com filmes de animais, SEM CONVITE, de Greydon Clark (1988). Um gato, que tem um parasita canibal na barriga, uma força descomunal e garras venenosa. O bichano ataca a tripulação de um Iate de luxo. Um gato assassino é digno de cine trash com a apresentação de Zé do Caixão.

O mundo animal pode nos proporcionar bons momentos em frente a telona, mas de uma olhada na sinopse antes de se arriscar. Vai que uma preguiça modificada geneticamente é a atriz principal do filme...


E você, lembra de algum filme de terror com animais no papel principal?