terça-feira, 30 de março de 2010

A Caixa

Richard Kelly é com certeza um cineasta intrigante, seus projetos são um mix entre ficção e valores morais somados com sua sensibilidade artística. Este filme é uma adaptação de Kelly ao conto “Button, Button” de Richard Mathenson (Eu sou a Lenda), mas posso dizer que é uma adaptação bem livre e com muitas diferenças do conto. A grande lição moral deste filme pode significar muita coisa, se tudo der errado algumas coisas terão que serem consertadas de um jeito nada agradável. Não entendeu o que eu falei? Ok, veja o filme e depois releia este parágrafo.

Uma caixa com um botão misterioso é deixada na casa dos Lewis, um homem estranho aparece no dia seguinte com uma proposta..... 1 milhão de dólares caso eles apertem o botão da caixa, como conseqüência alguém que eles não conhecem automaticamente irá morrer. O casal Norma (Cameron Diaz) e Arthur (James Mardsen) passam por uma situação financeira ruim, a caixa pode solucionar todos os seus problemas, mas até que ponto um ato tão egoísta assim pode repercutir na vida do casal? Ou até que ponto este ato pode influenciar uma decisão maior que todos nós?


A intensidade de cada cena envolve o público desde o primeiro minuto do filme, os personagens estranhos e loucos aumentam a tensão mais ainda. Com o passar do filme percebemos que tudo em nossas vidas é como uma caixa, desde o carro que nos leva ao trabalho até o caixão que será a nossa última caixa. Mas qual será o propósito desta caixa? Será que ela tem algo a ver com os Lewis ou com algo maior?

domingo, 28 de março de 2010

O Livro de Eli

O futuro do planeta já foi retratado de várias formas, muitas vezes tendo uma visão mais apocalíptica e outras onde a grande diferença com o mundo atual são as ultras e modernas tecnologias. O livro de Eli pertence à categoria dos apocalípticos, mas a grande cartada deste filme não é mostrar cidades destruídas ou passar para o espectador que a esperança é somente uma palavra que muitos nem sabem o que significa, o grande diferencial é mostrar uma tentativa de reconstrução do planeta através da fé, do mesmo jeito que muitas civilizações cresceram e mancharam nossa história com sangue.

Num mundo pós-apocalíptico, onde humanos e água são coisas raras existe uma pessoa com muita fé, Eli (Denzel Washington), um viajante solitário que está rumando para o oeste dos EUA acreditando que o livro que carrega será muito útil por lá. Sendo um solitário ele evita se meter nas confusões dos outros, mas isto não significa que ele próprio não se meta em encrencas, numa destas confusões ele acaba destruindo um bar inteiro e esquartejando todos os bandidos, esta barbárie não passa despercebida pelo prefeito Carnegie (Gary Oldman) que deseja contar com Eli no seu staff. Sendo uma pessoa com uma missão Eli não aceita o cargo e decide ir embora, coincidentemente Carnegie está procurando o mesmo livro que Eli carrega, pois acredita que este livro o ajudará a encontrar palavras que convençam os fracos e sem esperanças a segui-lo e assim reconstruir o mundo a seu favor.


Por causa de um pequeno descuido, o prefeito Carnegie descobre que Eli está com o livro que há tantos anos ele procura desesperadamente, assim o solitário homem de Fé terá que fugir por este mundo apocalíptico para evitar que o livro caia nas mãos do prefeito e garantir que a mensagem do livro chegue palavra por palavra na costa oeste.

Destaques da Semana (22/03 - 28/03)

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terça-feira, 23 de março de 2010

A Ilha do Medo

Você prefere viver como um monstro ou morrer como um herói?

A Ilha do Medo aplica nos primeiros dez minutos um golpe psicológico nos espectadores, o diretor Martin Scorsese consegue com um clima noir e uma música clássica extremamente alta fazer com que todos pensem que o filme é um suspense psicológico onde qualquer coisa é motivo de susto e desconfiança. Eu poderia dizer que Scorsese usou trilhões de clichês propositalmente para criar um belo filme de suspense (alguns que ele próprio criou, como a neblina no começo de Taxi Driver), mas não, prefiro dizer que tanto o personagem de Leo Dicaprio quanto o espectador estão num imenso jogo psicológico, onde o normal nem sempre é o real.


Em 1954 o policial Teddy Daniels (Leonardo Dicaprio) e seu novo parceiro (Mark Ruffalo) precisam descobrir o paradeiro de uma fugitiva no hospital psiquiátrico que fica na ilha Shutter Island. A pouca cooperação dos funcionários fazem com que Teddy comece a desconfiar dos métodos aplicados pelos médicos e principalmente do diretor Dr. Cawley (Ben Kingsley) que tanto insiste em usar técnicas modernas onde recuperar o paciente é a sua maior preocupação. A solução do caso começa a cada momento se misturar mais com a vida pessoal de Teddy, ele acaba revelando que aceitou o caso em Shutter Island para procurar o assassino de sua esposa que ele acredita estar na ilha.


O clima psicológico criado por Scorsese continua filme adiante, para complicar mais ainda a vida de Teddy ele é assombrado pelos fantasmas de sua mulher e dos horrores que ele viveu na segunda guerra mundial, isto porém pode ser o suficiente para ele próprio ser paciente da ilha....

domingo, 21 de março de 2010

Legião

“Eu não sei, talvez ELE esteja cansado de toda esta merda”

O que aconteceria se Deus perdesse a fé na humanidade? Ele decretaria o fim da Terra? E quem ele mandaria para realizar esta tarefa? Todas essas questões apocalípticas são expostas neste filme de ação, digo filme de ação sem o menor pudor, não existem muitas conversas e questões a serem respondidas, o filme é um guerra entre anjos e humanos que bravamente lutam pelo destino da humanidade.

O filme começa com o arcanjo Michael arrancando suas asas e se armando com um arsenal de dar inveja aos melhores filmes do Schwarzenegger. Enquanto isto numa lanchonete no meio do deserto do Novo México alguns clientes e funcionários são atacados por um demônio em forma de velhinha de andador, sem opção eles matam a coitada. Dentre os funcionários do local está Charlie, uma adolescente que a qualquer momento dará a luz. Sem dar muitas explicações Michael chega e diz que o futuro da humanidade depende da sobrevivência do bebê de Charlie e que muitos anjos estão a caminho para matar a criança e todos que tentarem protegê-la.


A ação se passa toda numa lanchonete no deserto, a sensação de isolamento é reforçada com as TVs e celulares que não funcionam, a sensação apocalíptica aumenta com os relatos das mensagens que são escutadas num rádio velho. Legião tem um quê de Exterminador do Futuro, dois detalhes são muito idênticos, uma criança salvadora e o final. Acho que já contei demais, podem assistir este filme, ele é muito foda.

7 Conto

Esta peça não é feita somente para rir, existe claramente uma crítica social por trás das gargalhadas, e o que deixa estas críticas engraçadas é a realidade, a cada piada contada rimos dos absurdos que realmente acontecem diariamente e que muitas vezes presenciamos e nada fazemos.

Luiz Miranda (Sob Nova Direção) usa todos os seus dotes cômicos para interpretar sete personagens que com suas particularidades nos fazem rir a cada piada. Os personagens vão desde um flanelinha até uma dondoca de Paris. A peça é muito boa, as piadas são atuais e com muitos exemplos regionais paulistanos, é totalmente hilária a imitação de um apresentador de programa para ricos e a dança do rapper endinheirado, sem contar os vídeos que passam enquanto ele troca de roupa. Uma ótima pedida para quem gosta de rir sem parar.

Se o poster exibisse a verdade...




Destaques da semana (15/03 - 21/03)

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quinta-feira, 18 de março de 2010

Soul Kitchen

Não dá pra dizer que Soul Kitchen é uma obra-prima, mas pelo menos diverte. Depois de dramas como Contra a Parede e Do Outro Lado, o diretor alemão de origem turca Fatih Akin resolveu se rebelar contra a intensidade de seus filme antigos e fez essa comédia leve, mas bem temperada.

O filme aborda um tema em moda ultimamente: a culinária. Mas diferente de Julie & Julia e Sem Reservas, ele aposta mais na comédia do que no romance e ao contrário de Ratatouille, não é nada infantil. Na história, o protagonista vivido por Adam Bousdoukos tem de se virar para dar conta do restaurante que só traz problemas, do chef temperamental que contrata, da namorada que se mudou pra China, do “amigo” que quer vê-lo pelas costas e do irmão que está em liberdade condicional.

O roteiro tem algo de biográfico já que Boudouskos, que também ajudou a escrever, já teve um restaurante grego na Alemanha.

Como sempre, o diretor aposta sutilmente na integração entre os povos, nesse caso, fazendo atores gregos e alemães contracenarem sem conflitos. A trilha sonora embalado por funk e soul é outro ponto a favor. Mas fazer um filme com um título de música do The Doors e nem colocá-la na história é pura sacanagem.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Sangue de supermercado

Agora quem curte tomar sangue não precisa mais sacrificar ninguém. Acabou de sair nos EUA um tipo de sangue sintético (de mentira) que os vampiros tomam na série True Blood. Veja o comercial:

domingo, 14 de março de 2010

Zumbilândia

Zumbis são seres sanguinolentos, feios e sem nenhum senso de humor. Mesmo assim, eles são figurinhas carimbadas, todo ano mais e mais filmes são rodados tendo esses seres canibais como protagonistas. Mas qual é o segredo que fez Zumbilândia ser o filme de zumbis que mais arrecadou dinheiro? Uma fórmula nova. Diretor e roteiristas mantiveram as regras básicas; infecção passada através de uma mordida, vontade insaciável de comer humanos e o principal...o mundo dominado por zumbis... no resto tudo é diferente, os personagens são tão opostos um dos outros que a combinação é perfeita, o objetivo deles é continuar suas vidas aproveitando cada momento (mesmo que seja destruir uma loja de porcelanas) como se fosse tudo normal, tudo é claro com muito humor, seja um humor do ponto de vista de um nerd-virgem ou de um exterminador que só quer comer bolinhos de creme.


O nerd-virgem é Columbus, um retraído adolescente que acha que está vivo só por causa das suas regras pessoais (no começo do filme somos apresentados de forma prática a algumas destas regras), ele acaba encontrando mais um sobrevivente, o exterminador Tallahasse (Woody Harrelson), mesmo sendo opostos os dois seguem caminhos juntos através da desolada América que Columbus chama de Zumbilândia.


Numa tentativa de comer bolinhos de creme num supermercado, a dupla acaba sendo enganada por duas irmãs que roubam armas e carro dos rapazes. Sem demora os dois conseguem mais um carro, desta vez um Hammer cheio de armas dentro, mas também não demora para eles serem enganados novamente pelas irmãs, só que desta vez eles conseguem convencê-las a levarem eles juntos. O plano das duas é chegar até um parque de diversão na Califórnia, onde os boatos que correm é que lá os zumbis ainda não invadiram... nesta jornada até o parque de diversões eles passarão por situações mais do que memoráveis, como por exemplo um encontro com o ator Bill Murray como Bill Murray mesmo...

Isto é Zumbilândia, um filme que segue as principais regras de zumbis, mas que não precisa entrar no clima terror para contar a saga do planeta terra, ou melhor, a saga de Zumbilândia.

Pandorum

Pandorum é um filme de ficção científica, em muitos aspectos lembra o filme Alien, desde o roteiro até a claustrofobia provocada pela mistura de escuridão e monstros horrendos. A história aqui também é passada no futuro, mas diferentemente de Alien, a Terra não teve um dos melhores finais possíveis. Dois bons atores ajudam a trama ficar convincente (Dennis Quaid e Ben Foster) e a produção fica nas mãos de Paul W.S. Anderson que sempre que pode tenta arruinar alguma série famosa, não preciso lembrar o que ele fez com Aliens VS. Predadores... Mas incrivelmente desta vez o filme ficou bom, eu recomendo Pandorum para qualquer fã de ficção.


Após os humanos esgotarem todas as riquezas do planeta terra a busca por outro planeta é mais do que necessária, depois de muitas pesquisas o planeta Tanis é descoberto. Uma enorme nave com uma imensa tripulação é formada para colonizar o tal planeta, como o tempo de viagem é de 123 anos a tripulação tem que se revezar no hipersono. Quando Bower (Ben Foster) acorda do seu sono junto com o comandante Payton (Dennis Quaid) eles percebem que algo está errado, a energia está quase nula e mais ninguém está acordado... como um jogo de RPG a nave então se torna um grande labirinto para Bower que tenta achar respostas para o que pode estar acontecendo, o problema é que a cada passo de Bower se torna um mistério onde só aumentam as perguntas, e a mais terrível de todas as perguntas ecoará para sempre na cabeça de Payton... o que aconteceu com a Terra?

Corey Haim

Lá se vai mais um personagem da década de 80... Corey Haim pertence aquela lista de atores mirins que quando cresceram viraram drogados ou morreram, no caso de Haim aconteceu as duas coisas... Corey fez inúmeros sucessos que passam na sessão da tarde até hoje. Com certeza o filme os Garotos Perdidos foi o seu maior sucesso (eu particularmente gosto tanto deste filme que o nome do meu cachorro é igual ao do personagem de Corey), com atores jovens de talento (Jason Patric, Kiefer Sutherland, Jamie Getz) e um diretor sem medo de inventar (Joel Schumacher) o filme reinventou as histórias de vampiros, adaptando as lendas antigas para os dias atuais.


Com certeza nos seus últimos anos de vida Corey deve ter ouvido muito a música dos The Doors que é tema do filme Garotos Perdidos.

“Rostos olham feio quando você está sozinho
Mulheres parecem malvadas quando você é indesejado
As ruas são irregulares quando você está pra baixo
Quando você é um estranho, rostos saem da chuva
Quando você é um estranho, ninguém lembra seu nome”

sábado, 13 de março de 2010

Quiz de video game

Este quiz é foda, o objetivo é descobrir o nome dos videos-games na figura. Só clicar na imagem que ele irá abrir.

Morgan "AllMighty" Freeman

Ao longo dos anos, este excelente ator interpretou os mais diferentes personagens, abaixo uma imagem que comprova esta minha afirmação.

Destaques da semana (08/03 - 14/03)

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quarta-feira, 10 de março de 2010

Star Wars by Megan Fox

E ainda dizem que Star Wars é coisa de nerd...

domingo, 7 de março de 2010

Jack Burton Top 10

Eu sei que estas lista dos melhores e dos piores de 2009 está um pouco atrasada, não é nenhum motivo complicado de se explicar, foi puro esquecimento mesmo, mas hoje passeando com o meu cachorro e fazendo planos para assistir ao Oscar eu me lembrei que iria fazer esta lista tão cruel e verdadeira, pelo menos para mim. Caros companheiros de blogs e visitantes, fiquem a vontade para mandarem suas listas também. Só mais um porém, alguns filmes só estrearam aqui em 2010 mas eu considerei 2009 já que praticamente todos os filmes de janeiro aqui no Brasil já tinham estreado nos EUA no ano anterior.

Top 10 – Melhores

1 - Guerra ao Terror
2 - Avatar
3 - Se Beber Não Case
4 - Sherlock Holmes
5 - O Exterminador do Futuro 4
6 - Onde Vivem os Monstros
7 - Vício Frenético
8 - Jornada nas Estrela
9 - Distrito 9
10 -Bastardos Inglórios

Top 10 – Piores

1 - Alma Perdida
2 - Jogos Mortais 6
3 - Lua Nova
4 - Justiceiro - War Zone
5 - A Era da Escuridão
6 - White Out
7 - OutLander
8 - Encontro de Casais
9 - Dia dos Namorados Macabros
10 - Dragon Ball

O Amor Acontece

Superar uma perda próxima nunca é fácil, não existe uma fórmula mágica ou um tempo exato, conselhos nunca são demais mas sempre parecem inúteis em momentos como estes. Este é o tema deste filme, reagir depois de uma perda, seja encontrando um novo amor ou reaprendendo a viver normalmente.

Após a morte de sua mulher o escritor Burke Ryan (Aaron Eckhart) escreve um livro de auto-ajuda para as pessoas (e ele próprio!) aprenderem a superar as suas perdas. Para realizar um workshop ele acaba retornando a cidade onde sua mulher morreu, lá ele irá perceber que ele mesmo não aprendeu a seguir em frente completamente e que para continuar sua vida profissional e amorosa ele terá que dar os passos que restam. Para a sorte de Burke ele conhecerá Eloise (Jennifer Aniston), que com sua percepção e sensibilidade feminina irão ajudar ele nestes passos mais difíceis de sua vida.

O Rei Leão é uma história verdadeira?


Destaques da semana (01/03 - 06/03)

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quinta-feira, 4 de março de 2010

Lobisomem

Realmente as vezes devemos ficar com menos expectativas sobre alguns filmes, esta refilmagem era um dos filmes que eu mais queria ver em 2010 e só eu sei como me desapontei. O filme tinha tudo para dar certo, Del Toro com suas olheiras profundas de lobisomem, Anthony Hopkins com seu cinismo particular e uma história banhada em sangue e mistério, mas nada disto foi suficiente para eu não sair desapontado. O filme é compacto, a edição ficou exageradamente voltada ao lobisomem e esqueceu a regra de quanto menos o monstro aparece mais assustador e envolvente será o filme. Os efeitos especiais são realmente incríveis, mas aparecem tantos braços e cabeças arrancadas que a banalidade é a melhor palavra que define este festival sanguíneo.

A história é parecida com a versão original, Lawrence Talbot (Del Toro) retorna para casa assim que fica sabendo da morte de seu irmão, em suas investigações ele acaba descobrindo que o assassino é na verdade um lobisomem e na tentativa de capturá-lo ele mesmo acaba sendo ferido e por conseqüência se tornando uma besta peluda. Some a tudo isto um pai meio pinel (Anthony Hopkins) e uma viúva carente (Emily Blunt) e pronto, temos um filme que tinha tudo para dar certo mas que infelizmente só conseguiu entrar na lista das decepções de 2010.

Bella tem um novo amigo para apresentar...

terça-feira, 2 de março de 2010

Um Olhar do Paraíso

Num pequeno subúrbio da Filadélfia no ano de 1973 existe uma família normal, os Salmon, sua filha mais velha Susie está em plena fase de duas das descobertas mais importantes da adolescência; qual profissão seguir na vida e o primeiro amor. Quem nos conta tudo isto é a própria Susie que também revela que nada disto poderá se concretizar porque ela está morta...

Sim, este filme é para quem acredita na vida após a morte, indiferente de religião ou crença algo acontece quando morremos e esta é apenas uma das visões. Os personagens que inicialmente pensamos serem normais e medianos ganham vida quando ironicamente a morte os toca. Peter Jackson conseguiu unir dois mundos opostos, a vida e a morte, para passar a mensagem que a crueldade e a maldade nunca serão maiores que qualquer forma de amar.

Susie é alvo de um crime onde hoje em dia é tão normal mas que em 1973 não era. Ela é assassinada pelo seu vizinho que na verdade sem ninguém desconfiar é um pervertido assassino de crianças. Os pais de Susie, Jack (Mark Wahlberg) e Abigail (Rachel Weisz), custam a acreditar na morte da filha pois o corpo nunca foi encontrado, com isto Jack começa a desconfiar de todas as pessoas da cidade mesmo com Abigail pedindo para ele deixar tudo pra trás e encarar os fatos da morte de sua filha. Susie porém mesmo estando morta ainda não está completamente no céu, ela fica no meio termo e assim ela consegue observar toda a sua família mesmo que com isto ela seja obrigada a ver como seu assassino está impune.

Eu não vou contar o final, mas é claro que num filme como este, com assuntos sérios o final não acaba sendo trágico, e como eu disse anteriormente o amor nunca será vencido pela maldade.

Pornô Falcatrua n°18.633


Não é só na peça teatral Pornô Falcatrua n°18.633 que as pessoas são manipuladoras, mesquinhas e egoístas. Na vida, elas também são assim. Por isso, a peça de Eduardo Ruiz baseada no romance Pornô, de Irvine Welsh, poderia ser um retrato do mundo doente em que vivemos. Porém, além de viciados e desajustados, os personagens também são capazes de amar. Amam a vida e, por isso, não a desperdiçam com coisas pequenas.

Na história, o bando de loucos apaixonados do romance Trainspotting (que virou filme em 1996) reaparece dez anos depois para resolver as antigas diferenças e tentar produzir um filme pornô. Só que produzir qualquer coisa em meio a drogas e brigas não é fácil.

Pornô... é uma peça atípica. Por não ser apresentada em um teatro e sim em um clube noturno da Rua Augusta, o clima é mais intimista. E ao longo da história, percebe-se que não poderia haver lugar melhor para a apresentação. Os atores andam livres, não se prendem em nenhum ponto e com isso tranformam o clube inteiro num palco gigante.

A peça trata de um submundo irlandês sujo, tão comum nos romances de Welsh. Mas poderia falar de São Paulo, ou qualquer outra grande metrópole que franze o cenho para o que considera imoral e sem vergonha, mas é inundada de hipocrisia.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Percy Jackson: O Ladrão de Raios

Harry Poter mitológico?

Uma fórmula do sucesso está sendo criada bem de baixo dos nossos olhos, escreva um livro com adolescentes legais enfrentando seres fantasiosos e paralelamente tendo que enfrentar o verdadeiro bicho papão chamado puberdade, após isto aguarde que a roda da fortuna irá girar sozinha, o seu livro será adaptado para as telas e quando você menos esperar algum adolescente que se acha o mais bonito do colégio estará interpretando o seu personagem principal.


Percy Jackson é um adolescente normal que acaba descobrindo ser um semi-deus, ou seja, filho de uma imortal com um deus, no caso o pai dele é Poseidon. Mas ele só descobriu ser um semi-deus pois está sendo acusado de roubar a máquina de raios de Zeus. Para ajudar Percy o seu melhor amigo chamado Grover se revela um sátiro cuja única missão na vida é proteger Percy.

O garoto é enviado a um acampamento tipo Hogwarts para aprender a usar seus poderes, lá ele conhece a semi-deusa Annabeth filha de Atena que irá ajudar Percy e Grover a travar batalhas épicas contra medusas, hydras e outros seres mitológicos para descobrir quem é o verdadeiro ladrão dos raios e com isto impedir um guerra entre os deuses onde os únicos perdedores seriam os mortais da terra.