quinta-feira, 20 de abril de 2017

Ghost in the Shell - A Vigilante do Amanhã

Quem responde pelo marketing de Ghost in the Shell provavelmente não sabia como divulgar o filme e teve a brilhante ideia de destacar algumas características não muito exclusivas.
- Ghost in The Shell em tela grande.
- Áudio de ótima qualidade.

Primeira grande produção de 2017, Ghost in the Shell - A Vigilante do Amanhã é a nova tentativa de adaptação de histórias do pop asiático.
Tudo indica que engrossará a lista de fracassos.

As referências do filme não deixam a desejar. Remetem a outras grandes produções como Robocop e Matrix. Mas falta a filosofia barata, grande parte do carisma da trilogia das irmãs Wachowski.

O curioso é que uma das versões de Ghost in the Shell, a animação da década de 90, é considerada como influência para a criação de Matrix.

O resultado não chega a ser negativo. O filme conta com ótimos efeitos visuais e um senso estético apurado.
O problema é que ele parece não saber como achar um público.

Se de um lado os fãs do anime e do mangá queriam uma versão mais fiel ao original, com direito a  atriz asiática no lugar de Scarlet Johansson, o público em geral não encontrou uma história com apelo para mobilizar milhões às salas de cinema. 



Ou seja, é um filme provavelmente caro, que apesar de bem feito, não chama atenção e dificilmente terá o retorno financeiro esperado. 
Não à toa já começam a sair análises de que a produção não se bancou, inviabilizando uma possível continuação.  

As sequências de ação ficam como o melhor de Ghost in the Shell. Um filme que se você não conferiu nos cinemas provavelmente verá em alguns anos na programação do SBT. Mas sem tela grande e áudio de ótima qualidade.