quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

Fresh



Os perigos da vida moderna. Esta foi a primeira frase que surgiu na minha cabeça sobre esta grata surpresa que descobri sem querer em algum streaming (não vou fazer propaganda de graça). Como um belo apreciador de filmes ruins de terror, eu sempre estou procurando algum que seja legal. Eu poderia falar que procuro algum que seja diferente e bom, mas aí é pedir demais. Seria um por ano e olhe lá (no próximo post eu devo ter algo neste sentido).

Fresh começa de forma inocente e engraçado. Somos apresentados a Noa (Daisy Edgar-Jones) que depois de encontros on-line péssimos conhece na vida real o simpático Steve (Sebastian Stan). Após alguns encontros e boas experiências, o casal resolve fazer uma viagem para uma casa no meio do nada.


Admito que esta frase “uma casa no meio do nada” foi para tentar fugir da obviedade do começo do parágrafo anterior que super leva a crer que o terror do filme está na figura de Stan. O Soldado Invernal, ops, filme errado... Sem muita demora, o moço revela que seu trabalho é algo muito peculiar. Ele sequestra pessoas e vende a carne delas para trilionários que não tem o que fazer com o dinheiro. Bizarro? Eu acho que sim. Esta foi a palavra que usei para definir o filme quando eu recomendei recentemente.

 

Eu não vou me alongar na história porque tenho medo de contar demais. Mas pode deixar sua expectativa lá no alto caso você curta um filme com pitadas de paranoia, situações nojentas e angustiantes que beiram a loucura e absurdos das vontades e desejos.

quarta-feira, 26 de outubro de 2022

Thor: Amor e Trovão

Mais do que nunca estamos seletivos nas postagens. Eu poderia fingir dizendo que a régua está alta depois de tantos textos e filmes maravilhosos, mas esta desculpa não iria colar. Obviamente, estamos completamente negligentes com o blog. Ao pensar em possíveis filmes para escrever algumas palavras, eu sofri. Fiquei pensando, pensando e nenhum veio o estalo. Então resolvi escolher o filme que estou há 3 meses tentando definir se é ruim ou mais ou menos.

Thor: Amor e Trovão criou uma certa expectativa com a pessoinha aqui. Imaginei que depois de Ragnarok e, assistir ao trailer da nova aventura, o Taika Waititi ia criar um filme do deus do trovão melhor do que o outro. Foi um belo de um engano. Um erro que percebi somente depois de 10 ou 15 min do filme. Sim, o começo é muito bom, mas, infelizmente, o resto é meio estranho.

Tudo começa com o filme situando o espectador sobre quem é o vilão, Gorr o Carniceiro dos deuses, (Christian Bale) e como está o nosso herói. Numa espécie de contos de fábula, Korg recapitula os últimos acontecimentos na vida profissional e pessoal do Thor (O louco meu).

Enquanto embarca em sua nova aventura para caçar Gorr, o filho de Odin reencontra o amor de sua vida, Jane Foster (Natalie Portman) que está lutando contra um câncer. Em sua batalha contra a doença, Foster recebe ajuda do antigo e destroçado martelo de Thor, o Mjolnir. A arma a transforma na nova Thor e assim retarda os efeitos da doença.

E é nesta montanha russa de informações misturado com a nova Asgard e deuses do Olimpo que a história tenta deslanchar e fica somente na tentativa. Eu sei que filmes de super-heróis precisam se reinventar, mas foi exatamente nisto que Taika pecou. Amor e Trovão não se reinventa. Ele mistura todos os filmes da série Thor, mas a equação é falha porque a maioria dos filmes anteriores são ruins. Oremos que o próximo ou as próximas aparições de Thor recuperem as esperanças perdidas (certeza que vai ter mais um).

sexta-feira, 29 de julho de 2022

Telefone Preto

 


Vai ter resenha. Foi esta certeza que eu tive quando saí 23h55 do cinema após assistir Telefone Preto. Acho que pelo tempo sem escrever ao MDZ, eu não consiga traduzir em palavras o motivo deste retorno, mas vou tentar. Espero que os nossos fãs russos não fiquem decepcionados com a qualidade dos próximos parágrafos.

Decepção foi algo que realmente não aconteceu neste filme. Admito que cheguei com a expectativa alta pelo trailer e pelos nomes dos envolvidos no projeto: Joe Hill, Scott Derrickson e Ethan Hawke. O primeiro, por ser filho do Sr. King e autor de várias obras que eu gosto, o segundo por ter me dado um belo de um medinho em O Exorcismo de Emily Rose e o terceiro, bem, por ser justamente o Ethan. Mesmo com esses grandes nomes, eu acho, ou melhor, tenho certeza, o grande destaque fica para a dupla de atores Mason Thames e Madeleine McGraw. Os dois, que são irmãos na tela, cativam e envolvem demais os espectadores com suas interpretações de personagens com personalidades tão diferentes. Realmente foi uma grata surpresa.

A história se passa numa cidade pequena nos EUA no final da década de 70. O local se encaixa perfeitamente na definição de normal com crianças jogando beisebol, sofrendo bullying e pequenos interesses amorosos no colégio. Toda essa normalidade é quebrada quando misteriosamente algumas crianças começam a ser sequestradas e nunca mais são vistas.

No meio deste mistério, acompanhamos os irmãos Finney (Thames) e Gwen (Madeleine). Mesmo lidando com um pai alcoólatra, eles mostram uma maturidade de dar inveja em muito tiktoker (talvez não tenha sido a melhor das minhas comparações). Depois de um grande amigo de Finney também desaparecer, a tragédia o alcança. Um mágico muito estranho o sequestra e o deixa trancafiado num porão que contém um telefone preto.

Misturando um terror muito real com uma pitada de sobrenatural ao mostrar que o telefone é um transmissor para que Finney se comunique com as vítimas antigas do sequestrador, o filme consegue deixar o espectador tenso. Achei que a direção acertou o tom ao não deixar a história muito fantasiosa e soube dar os sustos nos momentos exatos para que rolassem pulos nas cadeiras. O filme foi tão tenso que nem a minha namorada dormiu no cinema depois de trabalhar dois dias presencial na “firma”. Que venham mais filmes assim!