sábado, 1 de agosto de 2009

Carnificina no Trem à Meia Noite

Em trem maldito não se entra

Quem pensa que Carnificina no Trem à Meia-Noite (ou O Último Trem) é um filme carniceiro e sanguinário está redondamente certo. Por isso, corações frágeis afastem-se desta produção. Esse não é mais um daqueles filmes de terror com casas assombradas e fantasmas vaidosos que aparecem em reflexos nos espelhos. Trata-se de algo que o gênero terror pode oferecer de melhor. Esquivando-se dessa onda de remakes japoneses com roteiros parecidos e previsíveis que já não assustam nem velhas rendeiras cegas e carolas.

Isso se deve em grande parte por ser a adaptação de um conto de 1984 de Clive Barker, a mente podre por trás de Hellraiser. Sua genialidade foi reconhecida, certa vez, pelo escritor e vidente Stephen King, que chegou a dizer: “eu vi o futuro do horror e seu nome é Clive Barker”.

Assim, com o próprio Barker produzindo, não seria difícil fazer algo, ao menos, interessante. O problema é que a produtora Lionsgate não fez uma divulgação merecida e a obra acabou saindo direto em DVD aqui no Brasil no ano passado, sem que muitas pessoas ficassem sabendo.

O filme está longe de ser um clássico no gênero, é verdade, e é fácil entender por que algumas pessoas – e até alguns matadores do blog – não gostem dele. A mistura de ficção científica com horror pode parecer indigesta. Mas a elaboração primorosa do roteiro e a explicação final para o grande mistério fazem deste um filme para se ver várias vezes, caçando detalhes perdidos que só um olhar atento pode perceber. Sem contar com o elenco que traz Leslie Bibb (O Homem de Ferro) seminua na cama e Bradley Cooper (O Leitor).

Meus olhos já não podem ver

Quem anda de trem tem um bom motivo para desistir dessa vida depois de assistir ao filme. Estar sozinho em um vagão fora do horário de pico pode ser assustador. Mas o que dizer quando as barras para segurar se transformam em suporte com ganchos de açougue para carne... humana? É o que o protagonista do filme descobre ao tentar fazer fotografias urbanas noturnas, quando há um psicopata maldito à solta nos subterrâneos da cidade.

Faz você rezar para estar no metrô Sé às seis da tarde.

2 comentários:

  1. Ainda bem que só pego trem nos horários de pico...estou muito mais sensível a gripe suína do que aos psicopatas malditos...o.Õ..rsrsrsr

    bjs

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  2. QUE FILMI MASSA QUERIA PARTICIPAR DE UM FILMI DE TERRO ADORO FILMIS DE TERRO

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