sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Foxcatcher – Uma história que chocou o mundo


Sinceramente. Quantas pessoas conheciam essa história antes do filme? Eu, sem medo de parecer ignorante, não tenho vergonha em dizer que não fazia a menor ideia de quem eram os irmãos Schultz, John du Pont ou quais são as regras da luta greco-romana. A tal história que chocou o mundo eu conheço agora, as regras do esporte, eu continuo na mesma.

Foxcatcher é dirigido por Bennett Miller, o mesmo diretor de Capote e o Homem que mudou o Jogo. Por sinal, quem assistiu Capote pode identificar um jeito bem similar de contar as histórias se apoiando em grandes atuações dos atores principais. Enquanto em Capote a grande estrela era Philip Seymour Hoffman (vencedor do Oscar), em Foxcatcher o destaque fica para Steve Carell e Mark Ruffalo.

A história do filme já começa após os irmãos Mark (Channing Tatum) e David (Ruffalo) serem campeões olímpicos nos Jogos de Los Angeles (1984). Mesmo com a medalha de ouro, Mark não é muito reconhecido pela conquista e vive a sombra de David (mais velho e treinador).

Num certo dia, Mark recebe uma misteriosa ligação chamando-o para uma reunião com John du Pont (Carell). Até sair de sua casa, o lutador não faz a mínima ideia de quem era John. Multimilionário, herdeiro de uma das famílias mais tradicionais dos EUA e apaixonado por luta greco-romana, Du Pont quer criar sua própria equipe para respeitar os valores da América e se tornarem a maior potência do esporte.


Com muito dinheiro e com um carisma que atinge umas amebas sem cérebro, John Du Pont consegue convencer facilmente que Mark entre para a equipe Foxcatcher. Só que o mesmo não acontece com David. A parceria até que rende frutos. Mark consegue ser campeão mundial, mas após o título ele começa a se perder nas drogas (fornecidas por Dupont).


Para tentar reviver o sonho original da Foxcatcher, John du Pont consegue convencer David de finalmente se juntar a equipe e assim  ajudar Mark da melhor maneira possível. O problema é que não precisa ser muito adivinhão para perceber que as relações entre todos são péssimas. Mas o que está ruim, pode se tornar muito pior. Ainda mais com alguém que acha que qualquer vida pode ser comprada.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

A Entrevista

 
A primeira coisa que eu pensei quando vi que a Sony sofreu um ataque norte-coreano e, posteriormente, teve suas informações sigilosas vazadas foram de que tudo não passava de uma ação de marketing para promover o filme A Entrevista. Verdade ou não, o fato é que essa suposição ajudou o filme a ser mais conhecido e atiçou a minha vontade de assistir essa bagaça. Será que eu caí em algum golpe de marketing? Sei lá...vamos ao resumo.

Dave Skylark (James Franco) é um apresentador de programa de entrevistas com celebridades e sub-celebridades que tenta sempre explorar o lado bizarro desse mundinho. Na direção do programa está Aaron Rapoprt (Seth Rogen), que também gosta de coisas trashs, mas tem vontade de fazer algo mais importante na televisão.

A grande chance deles chega quando o líder da Coréia do Norte, Kim Jong – un, revela que é fã do programa Skylark Tonight. Obviamente a dupla não pensa duas vezes e agenda uma entrevista ao vivo em pleno território norte-coreano. Com o iminente encontro exclusivo programado, os dois amigos são procurados pela Cia para realizarem uma pequena missão... matar o ditador!
 
Mesmo relutantes, os dois topam colaborar com a Cia pelo bem de seu país. Obviamente que aceitar não significa que será fácil. Além da falta de qualquer técnica mortal, Skylark acaba se afeiçoando pelo ditador. Sério, os dois até escutam juntos Kate Perry enquanto disparam tiros de mísseis dentro de um antigo tanque de guerra.
 
Assim como a Sony, eu também não passei impune. Misteriosamente meu e-mail sofreu alguma invasão um dia após eu assistir o filme. Apesar de suspeitar de Kim Jong - un e seus asseclas, eu acho mais provável que tenha sido alguma ex-namorada ciumenta. Afinal, podemos esperar qualquer coisa de mentes doentias! Ahahah Por via das dúvidas, não comentei nesse texto as partes que mais denigram Kim Jong – un....

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Grandes Olhos


“Os olhos são a janela da alma”. Esse era o argumento que a artista Margaret Keane usava para explicar suas pinturas de crianças com grandes olhos na década de 50. Suas obras de arte eram a única forma que ela tinha de desabafar de seus problemas. Sem facebook, whatsapp e vivendo numa época totalmente familiar e machista, ela não tinha outra opção de válvula de escape. A rigidez da época era tanta, que nem seus próprios quadros ela assinava. Óbvio que uma história curiosa como essa (que eu particularmente não conhecia) não poderia ficar muito tempo longe das telonas do cinema. O encarregado? Um especialista em contar histórias curiosas...Tim Burton.

Fã dos quadros “Olhos Grandes”, Burton não só dirigiu o filme como também ajudou na produção e chamou seu grande parceiro, Danny Elfman, para cuidar da trilha sonora. Completando o time, estão os atores Amy Adams e Christoph Waltz, interpretando o casal principal do filme.

A história é basicamente o que eu escrevi no primeiro parágrafo. Margaret (Adams) resolve se divorciar de seu marido e vai morar em outra cidade com sua filha. Tentando recomeçar sua vida, ela tenta vender seus desenhos para conseguir algum dinheiro. Durante uma feirinha, ela conhece o também pintor Walter Keane (Waltz) e os dois se apaixonam e se casam.


Enquanto sobra talento em Margaret, falta habilidade de vendas. Enquanto com Walter acontece justamente o contrário. Não demora muito para ele perceber que os quadros de sua mulher podem render um bom dinheiro para ambos, desde que ele finja que é o artista responsável. Com o repentino sucesso e os altos ganhos financeiros, Margaret aceita se esconder, mas isso cria uma roda gigante de mentiras e a prende mais uma vez numa vida submissa.    


Quem acompanha os filmes de Tim Burton ao longo dos anos consegue perceber facilmente o seu estilo de cores e cenários e como ele se segurou para criar uma história onde a personagem principal não tivesse escapatória, a não ser seguir os mandos de seu marido. Olhos Grandes é um filme de uma guerreira que precisou lidar com tantas barreiras para alcançar seu único objetivo...ser feliz.

Obs: A cena do julgamento é uma das mais hilárias que eu vi nesse começo de ano.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

O Apocalipse


 
Olhando alguns filmes que o senhor Nicolas Cage participa, eu só posso chegar à conclusão que ele é um daqueles viciados em jogos de azar. Tenho a certeza absoluta que ele “atua” em alguns filmes porque perdeu alguma aposta alta. Não é possível que alguém em sã consciência, com vários prêmios durante a carreira (inclusive um Oscar), possa escolher de livre e espontânea vontade trabalhar em filmes como O Sacrifício, Motoqueiro Fantasma 2, Caça as Bruxas, Presságio e por aí vai... é muito filme ruim!

Com certeza eu não fiz toda essa introdução à toa. O Apocalipse entra com destaque nessa lista bizarra. Na verdade eu diria mais. Ele chega diretamente ao topo dessa listagem bizarra. Imagina o quanto esse filme é ruim....

Pois bem, o filme começa com a jovenzinha Chloe Steele (Cassi Thompson) voltando a sua cidade natal para dar um parabéns surpresa ao seu pai piloto de avião, Rayford (Cage). Mesmo alertada pela sua mãe que Ray foi escalado para trabalhar, Chloe vai ao aeroporto para tentar falar com seu paizinho. Chegando lá, ela tem algumas surpresas. Primeiro ela conhece sem querer o jornalista Cameron “Buck” Williams e depois, quando encontra seu pai, percebe que ele está com muito chamego com uma aeromoça.
 

 Após seu pai e Buck embarcarem para Londres, Chloe pega seu irmão e juntos vão até o shopping center. É nesse ambiente capitalista que estranhos fatos começam a acontecer. Sem mais nem menos, alguns adultos e todas as crianças (incluindo o irmãozinho) desaparecem, deixando somente suas respectivas roupas sem donos. E isso não acontece somente no shopping. No mundo inteiro, inclusive no avião, acontece algo parecido e deixando mais perguntas do que respostas.  

É aí que o show de bizarrices aumenta. No avião, um diálogo mais ”inteligente” que o outro é proclamado a cada minuto que o filme passa. Enquanto no solo, Chloe passa por situações perigosas, elaboradas pelos melhores alunos do maternal de alguma escola de efeitos especiais.
 

 O filme pode ser clichê e lidar com temas religiosos referentes ao fim do mundo. Mas, mesmo assim, com certeza deve ser possível fazer algo menos ruim do que essa bomba. O pior de tudo eu acho que deixaram para o fim. No último minuto do filme você percebe que provavelmente ele terá continuação! Apocalipse e todas as suas continuações merecem todos os xingamentos e críticas negativas possíveis! Ahahaha