quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Sinais

Os ets do filme Sinais não são mais assustadores do que o drama vivido pelo personagem de Mel Gibson. Os seres de outro mundo podem até assustar, principalmente quando aparecem em Passo Fundo, mas é mais uma vez a história bem amarrada, com um desfecho incrível, que surpreende. Shyamalan, qual Hitchcok em cena, mostra mais uma vez como sabe fazer filmes.

Quando um pai viúvo e seus dois filhos pequenos encontram sinais geométricos estranhos em sua colheita, nada mais natural do que pensar ser um trote. Mas e quando isso se repete em várias partes do mundo, as quais não têm, aparentemete, ligação nenhuma? Só resta fugir, ou se trancar no porão...

A primeira metade do filme é sonolenta e desgastante. É preciso estar bem descansado se você quer ver um et. Mas não se pode esquecer de que se trata de um filme do Shyamalan, no qual qualquer explicação da história conduz para o grande final.

Pode-se dizer que a insinuação de extraterrestres é melhor do que a aparição dos próprios. A perna do safado surgindo por entre a plantação é muito mais assustadora do que quando ele aparece por inteiro, quebrando todo o clima de suspense e deixando o filme, talvez até, um pouco bobo, ou inverossímel demais - como se isso não fosse possível em uma obra do diretor indiano. E esse pode ser o defeito mais grave dessa produção que de fraca não tem nada, mas que poderia ser mais perturbadora.

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