quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

O Jogo do Exterminador

Pode me chamar de falso nerd ou de andarilho desta cultura que eu tanto admiro, mas admito que nunca li nenhum livro de Orson Scott Card, autor e criador das histórias de Ender Wiggin e, considerado, um dos melhores escritores do gênero. Na literatura, tudo começou com 


O Jogo do Exterminador, assim como agora no cinema. Dirigido por Gavin Hood, esta adaptação homônima apresenta uma boa história de ficção científica com grandes possibilidades de se estender por mais alguns filmes.

Como a maioria das histórias de ficção científica, esta também começa há muitos anos adiante no futuro. Em 2086 o planeta Terra é atacado pela raça alienígena Formic. Quando estávamos quase sendo derrotados, somos salvos após o sacrifício do Comandante Mazer Rackham.

Para evitar um novo ataque, as forças militares começam a recrutar crianças com grandes capacidades de estratégia para treiná-las nas melhores táticas de guerra e, assim, se tornarem a principal defesa contra os alienígenas.


Apesar da pouca idade, o cadete Andrew “Ender” Wiggin (Asa Butterfield) começa a se destacar aos olhos do Coronel Hyrum Graff (Harrison Ford). Para Graff, Wiggin tem todas as qualidades e potencial para se tornar o novo comandante da frota. É claro, que mesmo achando isso, o caminho do jovem mancebo não será nada fácil, pelo contrário, ele será testado muito mais duramente para provar que merece liderar toda a frota.



O Jogo do Exterminador pode até parecer infantil, mas seu conteúdo e questões morais não deixam ele se tornar exclusivo ao público mais jovem. Talvez por esta ligeira empolgação, eu tenha conseguido escrever este texto rapidamente após assistir o filme. Como observação final, acho curioso como as tecnologias de produção cinematográficas estão evoluindo num ritmo acelerado. Será, cada vez mais comum, termos adaptações literárias que antes pareciam impossíveis de serem realizadas com qualidade. Espero somente que o hábito da leitura continue e que não seja substituído por somente assistir a versão em filme.

Carrie - A Estranha


Eu raramente gosto de comentar um filme comparando com o livro que ele foi inspirado ou, pela versão cinematográfica original. Então, se você espera frases manjadas como “No livro a personagem…” ou “O clímax do filme de 1976…” pare de ler por aqui, pois eu vou expor as minhas sinceras opiniões somente sobre esta nova versão. Relendo estas linhas iniciais eu até pareço uma pessoa ranzinza!

Mesmo não querendo fazer uma análise muito profunda, existe uma informação que é essencial e obrigatória de se falar sobre Carrie. Este foi o primeiro livro publicado de Stephen King e o marco inicial que o ajudou a ser um dos principais escritores de todos os tempos. E, apesar de existir a lenda que os filmes baseados em suas obras não são muito bons, ou no português claro, não arrecadam muito dinheiro, eu até que gostei desta nova versão. Numa explicação fria, eu acho que não criar grandes expectativas ajudou consideravelmente a minha opinião. Chega de enrolação e vamos ao filme.

A história começa com a fervorosa religiosa Margaret White, interpretada pela Julianne Moore, dando luz a uma menininha (Carrie). Sua devoção doentia a Deus e seus dogmas quase a fazem matar a criança achando que ela é uma obra do demônio. Entretanto, o amor (sempre ele) impede que o pior aconteça. Só que, imagine passar uma infância e pré-adolescência tendo uma mãe doidona que diz que tudo é pecado e coisas do gênero. Óbvio que a menina cresce bem longe da realidade.

É no colégio, convivendo com pessoas da sua idade, que Carrie (Chloë Grace Moretz) percebe os abusos e loucuras de sua mãe. Inicialmente ela só é ignorada e taxada de alguns apelidos não muito legais, mas, após menstruar no chuveiro depois da aula de educação física, ela vira gozação imediata, inclusive com um vídeo na internet. Revoltada com a atitude das alunas, a professora de educação física resolve tomar uma drástica atitude proibindo a principal rival de Carrie, Chris Hargensen, de ir ao baile de formatura.


Mesmo sentindo muita raiva e humilhação, o incidente acaba trazendo uma coisa boa na vida de Carrie. Ela descobre que possuí poderes telecinéticos, conseguindo mexer objetos com a força do pensamento. Poderes que serão mais do que úteis para serem usados contra a vingança que Hargensen está planejando…



Após assistir Carrie eu imediatamente me lembrei de algumas pessoas que eu conheci na escola. Acho que em todos os colégios devem existir estudantes que simplesmente não se encaixam com os parâmetros que algumas pessoas definem como normais. Infelizmente, para estes deslocados, o colégio é uma época terrível. Eu nunca fiz parte e também nunca quis ser da turminha dos populares, em contrapartida, sempre soube me defender dos babacas ou, simplesmente usar a grande arte de ignorar os otários. Espero, sinceramente, que este pessoal, que passou por coisas terríveis no colégio, estejam bem e que o passado não tenha causado grandes danos…em compensação, torço que os babacas estejam, atualmente, um pior que o outro.

Os Suspeitos

Um dos grandes problemas dos dias de hoje é o sequestro de crianças. Analisando friamente, o desaparecimento é muito pior do que a própria morte. A incerteza e dúvida do que pode ter acontecido com o sequestrado deve corroer o mais esperançoso dos corações. Pesado o assunto? Pois é assim que Os Suspeitos deve ser encarado.

As vezes é bom assistir um filme mais sério para nos lembrar que a vida não é um mar de rosas. Infelizmente, existem muitos vilões pelo mundo, espalhando o mal e fazendo várias vítimas. Esta maldade fria e sombria e suas consequencias é o grande pilar deste filme.

Tudo começa em pleno feriado de ação de graças. Numa cidadezinha pacata do interior do EUA, duas crianças desaparecem deixando poucas pistas. O policial encarregado do caso, Loki (Jake Gyllenhaal), logo encontra o principal suspeito Alex (Paul Dano), mas não consegue tirar muitas informações porque o jovem tem vários problemas psicológicos.


Sem provas concretas, o detetive é obrigado a soltar o suspeito, o que deixa Keller Dover (Hugh Jackman), pai de uma das crianças, muito revoltado. Obcecados em achar as meninas que sumiram, Loki e Dover seguem, cada um por si, a sua própria investigação. Só que um fica dentro da lei e outro não.



Algumas questões morais são levantadas, principalmente quando paramos para analisar o filme após o seu término. A sensação que fica é que todas as regras e bom senso são deixados de lado quando uma grande tragédia acontece, mas não necessariamente é o caminho certo a ser seguido. Com uma direção sem inventar muito e fazendo seus personagens exporem reações que acontecem realmente, o novato diretor Denis Villeneuve entrega um ótimo filme, fazendo com que o espectador sofra e torça muito durante as quase 3 horas de filme.

Thor - O Mundo Sombrio

Assim como a franquia cinematográfica do Homem de Ferro, as aventuras do Thor no cinema seguem um padrão bem familiar. Essa escolha tem o bônus de atingir uma grande massa de espectadores que não acompanham veemente as histórias em quadrinhos, mas tem o ônus de desagradar uma boa parte dos “especialistas” do assunto. Com os retornos financeiros cada vez mais altos usando esta fórmula, só posso concluir que este padrão será mantido.

Esta sequencia começa logo após os acontecimentos de Os Vingadores. O filme inicia com Jane Foster (Natalie Portman) indo até a Inglaterra verificar estranhas energias com a sua assistente, Darcy (Kat Dennings), enquanto o doutor Erik Selvig (Stellan Skarsgard) mostra sinais de loucura após ter a sua mente invadida por Loki (Tom Hiddleston).

Dentro de um prédio abandonado Jane encontra estranhos portais relacionados com o alinhamento dos Nove Reinos. Sem querer, ela entra num deles e acaba sendo contaminada por uma maléfica energia. Toda esta ação faz com que Thor (Chris Hemsworth) retorne a Terra para ajudar a sua amada, mas também faz com que o elfo negro, Malekith, acorde de seu sono profundo.


Thor leva Jane para ser curada em Asgard mesmo a contragosto de seu pai,Odin (Anthony Hopkins). Só que Malekith resolve ir atrás da garota junto com o seu exército para recuperar a terrível energia para, assim, consumir sua vingança contra todos os asgardianos. Percebendo o tamanho do gargalo, o deus do trovão sabe que somente uma pessoa pode ajudá-lo a vencer esta batalha: seu meio irmão, Loki.



Uma aventura curta e bem família, essa talvez seja a melhor definição que eu posso dar para este filme. Como eu sempre gostei de quadrinhos, fico um pouco desapontado quando eu vejo que existia dinheiro e bons atores para uma história mais interessante… Enfim, o jeito é aguardar a próxima sequencia dos Vingadores. Antes que eu me esqueça, tem duas ceninhas após os letreiros.

Obsessão


Definir como normal os desejos e vontades das pessoas é, totalmente, uma questão de ponto de vista. Só que por mais anormal que pareçam, eles são bem reais.E é justamente isto o que os personagens principais de Obsessão tentam mostrar. Mesmo sendo um filme, a história é forte e séria em focar nas necessidades que movem cada figura na trama. Ajudado pelas atuações fantásticas de todos os atores, Obsessão se torna mais um daqueles filmes não famosos que são verdadeiros achados.

Escrito, produzido e dirigido por Lee Daniels (Precisosa), o filme se passa no sul da Flórida em 1960. Após um assassinato de um xerife local, o mau elementoHillary Van Wetter (John Cuzack) é acusado do crime e vai parar atrás das grades.

Acreditando que houve um julgamento precipitado, o jornalista Ward Jansen (Matthew McConaughey), que mora em Miami, retorna para a sua cidade natal para investigar o caso. Ficando hospedado na casa dos seus pais, Ward reencontra o seu irmão, Jack (Zac Efron), que após ser expulso da faculdade, também retornou a cidade para trabalhar com o seu pai, dono do pequeno jornal local.


Para auxiliar na apuração do caso, Ward chama Charlotte Bless (Nicole Kidman) para ajudá-lo. Inexplicavelmente, ela se apaixonou, por meio de cartas, pelo possível criminoso e possuí certas informações que podem auxiliar na investigação, além de ser a chave para conseguir conversar com Van Wetter.


Os cenários da história influenciam muito na trama, assim como toda a importante questão racial que ocorria naquela época. Mas o que define o destino de todos os personagens são os seus desejos mais secretos.  São eles que cedo ou tarde aparecem e determinam a continuidade dos fatos. Pena que nem sempre as consequências de realizá-los são boas, o que deixará muita gente comovida com o final do filme.

Sem Dor, Sem Ganho


Fiquei um belo tempo parado para começar a escrever sobre Sem Dor, Sem Ganho. Tanta reticência se deve a tamanha burrice dos protagonistas do filme. Acho que fico mais revoltado ainda quando lembro que a história é verídica. Mas também, o que esperar de um bando de bombados com sentimentos extremos de patriotismo americano? Pois bem, tudo começa com Daniel Lugo (Mark Wahlberg)dando suas aulas de musculação numa academia em Miami. Mesmo tendo um emprego bom, o estilo de vida dele faz com que sempre precise de dinheiro.

Para resolver este gargalo financeiro ele pensa no plano “infalível” de sequestrar um de seus alunos ricos e pegar todos os seus bens. Para tal estratagema, Lugo chama seu amigo Adrian (Anthony Mackie) e o ex-criminoso viciado Paul Doley (Dwayne “The Rock” Johnson) para ajudá-lo. Depois de um tempo a trupe resolve colocar o seu plano em ação.

Só que o que parecia ser algo fácil e simples se torna um caminho sem volta quando eles conseguem capturar o empresário Victor Kershaw (Tony Shalhoub) que descobre as suas identidades. Sempre focado em seu objetivo, Lugo não medirá esforços e, principalmente, não pensará nas consequências de seus atos para viver o sonho americano. Mesmo que isso signifique quebrar o máximo de leis possíveis.



Não é só a história que é surpreendente, a direção do filme é nada mais nada menos que de Michael Bay. Segurando ao máximo a vontade de explodir as coisas, mas mantendo suas câmeras e luzes que dão sensação de grandeza, o diretor consegue entregar um produto convincente e curioso que cativa o espectador do começo ao fim. Acho que não preciso dizer mais nada, vale a pena assistir este filme.

A Última Viagem a Vegas


A Última Viagem a Vegas não é um filme onde os protagonistas precisam resolver os gargalos criados após uma noitada e, muito menos, um filme sobre senhores arrependidos que usam uma viagem para repensarem suas vidas. A trama é na verdade sobre amigos de longa data, que mesmo vivendo suas respectivas vidas, apoiam um ao outro e nos relembram o significado da amizade verdadeira. Apesar deste meu discurso bonitinho, não precisa se preocupar achando que a história é sentimental demais, o filme é uma comédia e boas risadas estão mais do que garantidas.

A história começa mostrando a amizade de quatro garotos, Billy,Paddy, Archie, Sam e uma menina, Shopie, durante a década de1950. Literalmente, sem delongas, o filme avança 58 anos e mostra que Billy, interpretado por Michael Douglas, virou um bon vivant que namora uma mulher com metade da sua idade. Durante um discurso de funeral ele percebe que finalmente chegou a hora de dar um passo a mais na sua vida e pede a sua namorada em casamento.

Todo casório que se preze precisa ter uma despedida de solteiro, mesmo que o noivo e os padrinhos tenham mais de 60 anos de idade. Sendo assim, Billy chama Archie (Morgan Freeman) e Sam (Kevin Kline/clone de Steven Spielberg) para festejar em Las Vegas antes do casamento. Seu único desejo é que os dois consigam convencer Paddy (Robert De Niro) para que ele também esteja presente.

O começo da viagem já se mostra uma grande missão. Archie mente para o seu filho dizendo que estará num retiro da igreja enquanto Sam recebe uma desconfiada carta branca de sua mulher para aproveitar tudo que Las Vegas pode oferecer. Continuando com as mentiras, os dois amigos convencem Paddy a viajar dizendo que é só uma reunião de amigos e que Bily não estará presente (obviamente a mentira dura somente até o trio pisar no aeroporto da cidade do pecado).


Mesmo com as picuinhas do passado, a dupla tenta se conter e aproveitar os grandes atrativos da cidade. É claro que tudo melhora quando Archie ganha uma grande quantia de dinheiro no cassino que possibilita que eles fiquem numa suíte incrível com acesso as melhores festas.



A maioria das piadas envolve a questão da idade do quarteto com as situações mais voltadas para os jovens. Só que eles sempre dão um jeito de se saírem bem. O problema mesmo é quando Billy e Paddy se apaixonam pela mesma cantora de bar. Esse gargalo amoroso fará antigas mágoas retornarem e colocará uma série de dúvidas na cabeça de ambos.

Jack Reacher - O Último Tiro


É bem comum hoje em dia os trailers mostrarem as melhores cenas dos filmes ou contarem a trama de tal forma que o final vira previsível. Só que em Jack Reacher acontece justamente o contrário! Quando eu assisti o trailer fiquei com a impressão de ser um filme bestinha, onde Tom Cruise era um fodão qualquer que buscava vingança contra alguns bandidões e, no final, escapava ileso e ainda ficava com a loira. Como o filme acabou sendo lançado juntamente com outros que eu queria ver, eu acabei deixando para assisti-lo em DVD e, por isto, demorei tanto tempo para perceber que eu estava errado… Sim, caro amigo, o mundo dos trailers ainda reservam algumas surpresas.

O filme é uma adaptação do livro One Shot, de Lee Childs, publicado em 2005 e começa com cenas bem fortes. Sem mais nem menos, um atirador pega uma sniper e mata cinco pessoas aleatórias antes de fugir. Durante a investigação policial, o detetive Emerson (David Oyelowo) encontra provas que incriminam o ex-militar, James Barr. Durante o interrogatório, Barr não abre a boca e só pede que tragam Jack Reacher, também um ex-soldado das forças especiais, que por sinal já estava a caminho antes da convocação.


Durante uma locomoção de prisioneiros, Barr acaba sendo atacado por outros presos e entra em coma, impossibilitando qualquer tentativa de conversa entre ele e Reacher. Intrigado com o caso, Jack começa a trabalhar com a advogada de defesa, Helen Rodin (Rosamund Pike), para livrar o acusado da pena de morte.Não precisa ser nenhum Jack Reacher para perceber que algo não está se encaixando no crime. Desde a primeira cena, o telespectador percebe que não foi James Barr que cometeu a atrocidade. O que nós só entenderemos com a ajuda de Reacher são os motivos que levaram misteriosas pessoas a causarem todo esse rebuliço.


Como eu disse no começo, eu gostei do filme e até me arrependi de não ver na telona de um cinema confortável com pipoca e refrigerante sem gás. Aparentemente eu não fui o único que gostou, a boataria está forte a respeito de uma continuação, o provável livro que continuará as aventuras de Jack Reacher no cinema será Never Go Back, lançado nas livrarias em setembro deste ano. Este eu assistirei no cinema!

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Rush – No Limite da Emoção


Inacreditável como até mesmo uma história sobre pilotos de automobilismo pode servir de lição. Rush – No Limite da Emoção conta mais do que a rivalidade entre Niki Lauda e James Hunt. Ele mostra duas formas de encarar a vida; racionalmente e emocionalmente. Os mais críticos podem fechar o seu pensamento dizendo que se trata de um esporte praticado por ricos e ignorar as coisas boas ali presente, mas a verdade é que o diretor Ron Howard acertou mais uma vez e ainda conseguiu deixar boas mensagens subentendidas.

A grande tacada de Howard foi incluir o verdadeiro Niki Lauda em todas as fases do filme. Do roteiro aos dias de filmagem, o ex-piloto compartilhou suas experiências e ajudou a deixar a história mais verídica possível. O filme começa mostrando os dois pilotos ainda na Fórmula 3, quando Hunt (Chris “Thor” Hemsworth) já era um bon vivant conhecido e Lauda (Daniel Brühl) era somente um austríaco recém chegado as pistas.



Sendo mais frio e estrategista, Lauda consegue chegar antes na Fórmula 1 após comprar um lugar numa equipe fraca. Apoiado em seus talentos, o cara de rato logo consegue uma transferência para a grande Ferrari. Neste período, Hunt também consegue chegar a Fórmula 1 só que numa equipe pequena, deixando assim o caminho livre para Lauda conseguir o seu primeiro campeonato mundial.

No ano seguinte, é a vez de James Hunt ir para uma equipe grande (McLaren). Os dois travam grandes duelos na pista e fora delas com suas convicções de vida. Enquanto Lauda, sempre contido, não aceita mais do que 20% dos riscos, Hunt vive cada dia como o último.  No meio do campeonato, uma grande tragédia acontece com Niki Lauda. Seu carro pega fogo e seu corpo fica bastante queimado.



A imensa luta de Lauda para tentar voltar as pistas e se tornar campeão mundial novamente é mostrada com muitos detalhes. Seu sofrimento e sentimento competitivo abrangem grande parte do filme. Ambos os pilotos, com suas diferenças, não se importavam muito com suas vidas pessoais, e aí podemos perceber que não podemos ser somente racional ou emocional, para uma vida boa é necessário um pouco de cada.

Dose Dupla


Depois de uma semana estressante, querendo matar o primeiro ser babaca que eu encontrasse na frente, eu saí do trabalho e resolvi assistir um filme de ação, na vida real ou na ficção, cabeças iam rolar. Por sorte acertei na escolha.  Dose Dupla, aparentemente, era mais um daqueles filmes onde os mocinhos matam todo mundo enquanto fazem piadas infames, na verdade ele é tudo isso, mas acrescente uma história bacana de pano de fundo e dois atores muito bons como protagonistas, Denzel Washington e Mark Wahbelrg.

Os tiroteios… ops… a história começa com os bandidos Robert Trench (Washington) e seu parceiro Michael Stigman (Wahlberg) negociando passaportes falsos, com um grande traficante mexicano, em troca de cocaína. Depois de conseguir dinheiro em vez da droga, descobrimos que Trench é um agente da DEA. Precisando de novas provas, o agente disfarçado decide roubar um banco onde o rei do cartel esconde uma parte do seu dinheiro, de lambuja ele incriminaria Stig e resolveria perfeitamente o caso.


Só que nesta história não existe somente um mentiroso em relação a verdadeira identidade. Após o roubo, Stig também se revela ser um agente disfarçado que está atrás do mesmo traficante. Complicando mais ainda a trama, no banco eles roubaram muito mais dinheiro do que achavam que tinha, o que fará os verdadeiros donos irem atrás dos dois.


A expressão “é uma cilada, Bino” pode ser usada em várias partes do filme. A dupla sobrevive com esperteza e astúcia em cada mudança na trama. Apesar da maioria das surpresas serem fáceis de prever, Dose Dupla foi uma boa escolha, afinal de contas, tiros e explosões sempre ajudam a esquecer o stress da vida real.

Elysium


Os filmes de ficção científica são naturalmente complicados. Eles lidam com histórias, tramas e tecnologias mirabolantes e, na maioria das vezes, impossíveis para a época que eles são assistidos. Só que os bons filmes deste gênero conseguem deixar estes obstáculos para trás, o que, infelizmente não aconteceu em Elysium.

As peças da engrenagem do filme eram promissoras. O diretor Neil Blomkamp do ótimo Distrito 9; Matt Damon doidão; Wagner Moura no seu primeiro papel em Hollywood; e coadjuvantes muito talentosos como Jodie Foster, Alice Braga, Diego Luna e o irreconhecível Sharlto Copley. A história em si que acaba sendo fraca mesmo. Sem muito sentido e se perdendo nos detalhes, todos os porquês do filme viram banalidades e desculpas para assistirmos algumas ideias tecnológicas malucas.

O filme se passa em 2154. A Terra se tornou um grande centro de pobreza, virando um grande “planeta” de terceiro mundo.Todas as pessoas ricas e abastadas vivem num complexo espacial chamado Elysium. Lá eles são rodeados por robôs que cuidam de tudo, principalmente de suas doenças.

Max(Damon) é um ex-criminoso que tenta levar uma vida justa trabalhando numa industria de robôs. Ele realmente tenta, até ser contaminado por uma alta dose de radiação e ficar a cinco dias da morte certa. Desesperado, ele procura Spider (Moura), um líder cibernético do submundo, para levá-lo até Elysium onde ele poderá ser curado.



Só que o caminho da cura não é tão simples (nunca é). Max tem que sequestrar um alto executivo para conseguir viajar até a estação espacial. Até aí tudo fácil, o que ele não esperava, é que o tal moço estivesse em poder de dados tão importantes que fariam ele próprio ser caçado em todos os quatro cantos da Terra e de Elysium.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

O Ataque


É bem normal um filme trazer várias referências a outros mais antigos que só vimos em vídeo-cassete, DVD ou nos canais a cabo. Por este argumento e assistindo O Ataque eu começo a perceber que estou ficando velho. O filme e seu personagem principal são inspirados claramente num grande ícone da minha infância,

 John McClane. Desde a regata branca, os problemas familiares, o primeiro nome igual e, principalmente a história, o herói vivido por Channing Tatum faz alusão aos filmes da série Duro de Matar. Como um grande fã de filmes deste tipo, eu não me incomodo nem um pouco com todas essas referências, sobretudo porque eu assisti e gostei do filme.

A trama tem algumas questões atuais. Ela começa com o Presidente dos EUA, James Sawyer (Jamie Foxx), planejando a paz no Oriente Médio com a retirada das tropas americanas e uma série de ações diplomáticas. Paralelamente a este fato histórico, o segurança John Cale (Tatum) consegue uma entrevista de emprego na Casa Branca para o serviço secreto.

Já imaginou o que vai acontecer, não? Uma turminha obviamente não gostou das ideias do Presidente e resolvem tomar a Casa Branca bem quando John está presente (até rimou). Mas assim como McClane, a família de Cale também vai dificultar sua missão. Tentando agradar a sua filha, Emily, John a leva para um tour pela casa presidencial e, ela acaba sendo sequestrada pelos bandidos.


A trama ainda dá mais uma complicada quando os responsáveis mostram que não são terroristas e suas reais identidades e motivos permanecem um mistério. Em resumo, salvar o dia não será tão fácil. Só mesmo um discípulo de John McClane estará apto para vencer tamanho desafio e, ainda por cima, fazer piadinhas com a situação.


Todo este enredo hollywoodiano poderia se tornar um filme mediano e sem emoção. Mas nas mãos do diretor Roland Emmerich ele vira um show de explosões e destruições que a maior expectativa é proporcionar duas horas de emoção, pulos nas cadeiras e desprendimento total da realidade, mesmo com tantos clichês.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Wolverine - Imortal

Os filmes da Marvel abrangem um plano para o cinema muito maior que os filmes da DC. Alguns podem ser de qualidades duvidosas, mas as histórias são quase sempre interligadas, o que torna possível pensar num universo só, quase como nos gibis.

Este segundo filme solo do Wolverine é mais uma prova disso. A história começa logo após os acontecimentos do terceiro filme dos X-Men e interliga com o próximo filme, X-Men – Dias de um Futuro Esquecido. Certeza que daqui a pouco os filmes da DC também terão este planejamento maior….um pouco tardio…mas terão.

Em Wolverine – Imortal, Logan (Hugh Jackman) sofre as consequências de seus atos vivendo isolado. Numa de suas poucas visitas a civilização, ele é contatado por Yukio que afirma trabalhar para um antigo amigo de Wolverine chamado Yashida. A garota conta que seu mestre está morrendo e que seu último desejo é retribuir um favor do passado a Logan. Depois deste argumento tão sentimental, o baixinho peludo topa viajar ao Japão.


Chegando ao país, Yashida oferece o fim da imortalidade a Logan, para que ele possa finalmente descansar em paz após tantos anos de mortes, dores e sofrimento. Obviamente ele recusa e antes que possa mudar de ideia, o patriarca Yashida acaba falecendo. Os problemas de Logan começam no funeral quando a herdeira do clã, Mariko, é atacada pela Yakuza e seus poderes começam a falhar. Mesmo não estando 100%, ele consegue salvar a mulher, mas percebe que entrou numa disputa pelo poder, onde o menor descuido o deixará fatiado pelas lâminas dos ninjas e samurais inimigos.


Wolverine pode ser um dos personagens mais violentos e marrentos da Marvel, mas suas histórias no cinema sempre mostram seu lado romântico. Seja por Jean Grey, Raposa Prateada ou Mariko, o baixinho peludo tá sempre atrás de um rabo de saia. Talvez seja por isso que eu gosto tanto dele! 

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Velozes & Furiosos 6


A franquia Velozes & Furiosos já passou por tantas reviravoltas que eu não me surpreenderia se eles impedissem uma invasão alienígena ou uma horda de zumbis em algum futuro filme da série. A turminha dos carros tunados já foram bandidos, Robin hoods e, agora, se tornaram os consultores da polícia. Isso sem contar os personagens que morreram e voltaram. Esta sexta parte chega para contar os porquês de possíveis falhas na “mitologia” e criar brechas para mais continuações. Sim, você leu corretamente…teremos novos filmes em breve.

O filme mostra os pilotos curtindo a vida com o dinheiro que ganharam do assalto no Rio de Janeiro (Quinto filme). Só que morar num lugar paradisíaco sem ninguém enchendo o seu saco não é o bastante para os renegados que desejam retornar aos Estados Unidos, seu verdadeiro lar.

Num belo dia ensolarado, o agente Luke Hobbs (Dwayne Johnson) bate a porta de Dominic Toretto (Vin Diesel) oferecendo anistia pelos crimes cometidos caso ele e sua equipe ajudem a capturar o criminoso Owen Shaw (Luke Evans), um ex-agente das Forças-Especiais da Inglaterra. Apesar de recusar a oferta de imediato, Dom é surpreendido por Hobbs quando ele conta que Letty (Michelle Rodriguez) está viva e trabalhando para Shaw…..uauuuu


Obviamente que o careca aceita depois dos argumentos expostos, mas claro que ele não vai sozinho na missão e leva O´conner (Paul Walker), Roman (Tyrese Gibson), Tej (Ludacris), Han (Sung Kang) e Gisele (Gal Gadot) para ajudá-lo.


É na cena pós-créditos que percebemos todas as intenções dos produtores, roteiristas e etc. Ela deixa claramente a mensagem que este é um filme intermediário para algo maior. Pena que não seja algo que leve ao final da franquia….

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Círculo de Fogo


Eu sempre achei que os monstros gigantes mereciam uma categoria própria quando catalogamos filmes. Não que todos sejam ótimos exemplos cinematográficos, mas, certamente são experiências inesquecíveis. Esta singular classe já nos presenteou com filmes bizonhos como Anaconda e Mega Shark até os ótimos King Kong (todas as versões), Cloverfield e agora com o recém-chegado, Círculo de Fogo.

Inspirado numa grande gama de cultura pop, que abrange desde os seriados japoneses (Changeman, Jaspion e etc) até as histórias de alguns jogos de vídeo games, o novo filme de Guillermo Del Toro supera todas as expectativas e reforça a crença que nada é impossível nas telonas.

A história não tem muito segredo, só não pode ser muito levada a sério. Em 2013 (será que ainda pode acontecer?) uma misteriosa fenda no Pacífico começa a liberar monstros de outra dimensão, apelidados carinhosamente de Kaijus. Para combater este terrível mal, as nações se unem e criam os Jaegers, robôs enormes tripulados por dois humanos que são respectivamente conectados mentalmente.

Só que depois de anos vencendo a maioria das batalhas, os humanos começam a perder a guerra quando os Kaijus evoluem e destroem quase todos os Jaegers.

Com a eminente extinção da humanidade, Stacker Pentecost (Idris Elba), o líder dos robôs gigantes, cria um plano suicida de levar milhões de tonelada de dinamite para explodir o portal dos monstros. Só que mesmo reunindo os últimos Jaegers restantes, faltarão pilotos. Stacker então terá que a recorrer a um velho conhecido e uma novata para salvar o dia, ou melhor, todo o nosso futuro.


Empolgante e contagiante. Estas são as duas palavras que vem do minuto inicial ao minuto final. Uma história ajeitada, com alívios cômicos, ação bem feita, trilha sonora de primeira só poderia se tornar um ótimo filme nas mãos de Guillermo Del Toro. Esse diretor mexicano é realmente f..
 Obs: Ceninha após o letreiro..

domingo, 11 de agosto de 2013

Red 2 – Aposentados e Ainda mais Perigosos


Juro que eu não sei como o Clark Kent consegue ser jornalista e super-herói ao mesmo tempo. Eu ganhei o ingresso para assistir a pré-estreia de Red 2 – Aposentados e Ainda mais Perigosos e precisei de 3 dias para escrever este texto. Horas extras, releases, notas, follows e clientes chatos ocupam demais o tempo de um jornalista na vida real, não sei como continuar com essa identidade secreta de crítico de cinema sem ficar com olheiras e cansaço infinito. Chega de desabafar e vamos ao filme, porque o grande problema será quando eu descobrir a minha kryptonita.

Red 2 – Aposentados e Ainda mais Perigosos é uma das raras sequências do cinema atual que mantêm o nível bom do primeiro filme. Isto,é claro, se você gostar de uma história recheada de ação, piadas e  cenas impossíveis onde os heróis são capazes de tudo para salvar o dia. Bem Hollywood, não?

O filme começa mostrando o casal Frank Moses (Bruce Willis) e Sarah (Mary- Louise Parker) tentando levar uma vida normal e pacata após os acontecimentos do filme anterior. Marvin (John Malkovich) procura Frank dizendo que está sendo seguido após alguns documentos secretos terem vazado na internet, e pede que ele o ajude a descobrir o que está acontecendo. Só que Frank quer curtir a sua aposentadoria e não dá bola para o doidão. Resultado? Marvin acaba morrendo numa explosão misteriosa.


Só que no mundo da espionagem, fingir a própria morte é um golpe muito usado, e, logo, descobrimos que ele foi usado mais uma vez por Marvin. Para salvar a sua vida e de sua namorada, Frank resolve ajudar o seu amigo e embarca numa trama que envolve espiãs russas (Catherine Zeta-Jones), antigos aliados (Helen Mirren), novos inimigos (Lee Byung - Hung), cientista pirado (Anthony Hopkins) e uma misteriosa operação chamada NightShade.


O elenco é realmente de um calibre elevado. Assistir estes atores mais velhos realizando cenas impossíveis acaba sendo muito bacana. Idade não significa nada quando se tem classe, charme e olhar de paranóico (Malkovich). Que venha o terceiro filme!

O Cavaleiro Solitário


A cada dia que passa eu reforço a minha teoria que críticas de filmes e resultados de bilheteria não podem ser levados a sério. John Carter, Batalha dos Mares e, agora, Cavaleiro Solitário, são os últimos filmes que foram escorraçados pela mídia e tiveram uma baixa audiência, mesmo sendo ótimos. Mas qual lição devemos aprender sobre isto? Simples. Nunca leve em consideração a opinião dos outros na hora sagrada de escolher um filme para assistir. Anotem essa no caderninho e vamos ao restante do texto.

Inspirado na antiga série de televisão de mesmo nome, o Cavaleiro Solitário é ou era a nova aposta da Disney em criar uma franquia no estilo Piratas do Caribe. Quiseram tanto que ela seguisse os mesmos passos, que foram chamados o diretor Gore Verbinski, o produtor Jerry Bruckheimer e Jack Sparrow…ops…Johnny Deep. Enfim, saem as águas do Caribe e entram as cidades, ferrovias, índios, cavalaria e desertos do velho-oeste americano.

O Cavaleiro Solitário se passa em 1869 na cidade do Texas. A história começa com uma empresa de ferrovia tentando realizar um enforcamento para comemorar as novas expansões da linha férrea. O bandido a ser enforcado é o temível Butch Cavendish, comedor de corações. No mesmo trem que trás o criminoso, estão Tonto (deep), um índio que busca vingança contra antigos inimigos e John Reid (Armie Hammer/ clone de Christoper Lambert), que retorna à cidade com um senso de justiça onde não há necessidade para armas, ou seja, virou advogado.


Cavendish consegue escapar com a ajuda do seu bando e desaparece deixando poucos rastros. John reencontra seu irmão xerife e, juntos com outros oficias, partem para caçar o bandido. Mas as coisas não saem como o esperado e todos são mortos numa emboscada. Tonto, que também estava à procura do bandido, encontra os oficiais mortos e após os sinais dos espíritos ele consegue reviver John para que ele possa fazer justiça e ajudar as pessoas de bem.



O filme é bem comprido (149 minutos). Ele tem algumas reviravoltas óbvias na trama, muitas cenas de ação e excessivas piadinhas. Só que tudo passa tão rápido e de um jeito nada cansativo. Sabe aquele sentimento de quando voltamos das férias e falamos “pô, todos os dias foram ótimos, mas passaram tão rápidos”? É exatamente assim que me senti após o filme. Como eu quero ver uma continuação deste filme, vou contradizer o primeiro parágrafo do texto… Assistam o filme! Quem sabe uma bilheteria boa consiga se sobressair sobre as opiniões ruins e engatilhar uma sequência.