segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Black Wake (Amanhecer Negro)

Caos, disrupção e cérebros prestes a serem devorados. São tempos sombrios para quem vive no litoral dos Estados Unidos. É que uma entidade ancestral prestes a surgir do Oceano ameaça transformar os norte-americanos em dedicados participantes de um exército de comedores de cérebros.
Até aí nada nenhuma novidade desde que George Romero criou o gênero dos zumbis, homenageado neste blog. 

Para os brasileiros, a principal novidade em Black Wake, produção disponível no catálogo do Amazon Prime, é a presença da filha mais ilustre de Jataí (GO), Nana Gouvea (no papel da cientista Luiza Moreira).

Depois de IT, Um Lugar Silencioso e Corra! o filme estrelado pela goiana é mais uma das produções recentes a apostar no terror para ganhar o coração e instigar sustos no público. Menos celebrado que seus congêneres, Black Wake tem um orçamento aparentemente baixo até para um gênero reconhecido como um dos mais baratos do cinema.

Resultado: a ameaça do filme, a tal entidade ancestral, mal é mostrada por inteiro. Nas quase duas horas de filme, também há economia de cérebros devorados. 

Com dificuldade orçamentária para efeitos especiais, sobra tempo de tela para a nossa Nana, dividindo atenções entre a luminosa presença e a dedicação na pronúncia perfeita das falas em inglês.
Por mim tudo bem.




quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Um Lugar Silencioso



Obrigado, obrigado e obrigado. Eu não estou começando esse texto inspirado naquelas ladainhas de gratidão que tomaram conta das redes sociais. Estou agradecendo que a comilança de pipoca na sessão que eu estava durou apenas 19 minutos. Que alívio depois que o ruminante ao meu lado terminou de comer e sacudir o pacote. Juro. Como tem gente que não consegue entender que numa história aonde os personagens não podem fazer barulho, o som de um saco de pipoca não atrapalha quem está assistindo? Egoísmo, meus amigos, egoísmo....

Mas como assim não podem fazer barulho? Simples. Num futuro próximo, o planeta foi invadido por criaturas um pouco estranhas com sangue nos olhos e audição mais perfeita que das minhas vizinhas. Os bichos atacam qualquer pessoa através do barulho. Ou seja, o filme é bem quieto (não coma pipoca).

Aparentemente, grande parte da população mundial morreu devido aos ataques. Acompanhamos a saga da família Abbott, liderada pelo papai Lee (John Krasinski) e mamãe Evelyn (Emily Blunt). Mesmo com esse pleno apocalipse na Terra, os Abbott tentam viver a vida em uma fazenda junto com seus filhos Noah e Millicent, que infelizmente possui surdez.


Para completar a família feliz ou se você preferir interpretar como piorar a situação, Evelyn está grávida. Já imaginou ter um filho sem poder fazer barulho? Bom, eles imaginaram e viram que não seria possível e por isso planejaram diversas coisas para a ocasião. É claro que na teoria tudo parece perfeito, mas na prática não!


É justamente nessa tensão de não poder fazer barulho que o filme cativa. Por isso a minha revolta com o mano da pipoca. Se ele fosse mais informado e acompanhasse as nossas resenhas, saberia que em determinado momento da história algo ia dar errado e o barulho ia comer solto, criando assim a ocasião perfeita para digerir o alimento. Fica esta dica aí. Acompanhe o MDZ.    


terça-feira, 18 de dezembro de 2018

MegaTubarão


MegaTubarão, MegaTubarão, MegaTubarão ecoaram os gritos numa bela tarde de sol quando uma criança e dois adultos decidiam qual filme assistir. A ideia parecia boa. Eles só não esperavam uma coisa. Que o filme fosse ruim? Não, que a conexão da internet caísse e travasse o filme sempre aos 25 min. Faz parte. Depois eu realmente comprovei que só iríamos perder tempo se tivéssemos conseguido assistir o filme inteiro.

Para quem não sabe, aqui vai um pouco de informação. Esse filme é uma adaptação de uma série de livros escritos pelo autor Steve Alten. Esse jovem gosta de umas histórias de terror. Além do MEG, ele tem outro livro sobre o famoso monstro do Lago Ness que eu particularmente acho que vai virar filme em algum momento. Me cobrem.

Para variar Jason Statham faz um personagem que é fodão e que sobrevive a tudo e a todos (até mesmo ao mergulhar com um tubarão gigante e assassino). Neste filme ele é Jonas Taylor, um mergulhador especializado em resgate que depois de uma missão meio ruim resolve tirar um sabático.


Cinco anos depois desses gargalos ele é convocado novamente para uma missão, só que desta vez ele precisa salvar sua ex-mulher que faz parte de uma expedição que investiga a vida submarina aonde nenhum humano já esteve... enfim, só uma desculpa para liberar o nosso amigo pré-histórico, MegaTubarão.


Depois da primeira aparição do bichão somos surpreendidos com cenas sanguinárias e ataques burros que não dão em nada. Tanto dos humanos, quanto do “pequeno” animal. É tanta burrada que eu fiquei na dúvida se torcia para o tubarão matar todo mundo logo ou para o pessoal matar a criatura. O legal é saber que provavelmente vai rolar uma continuação. Oremos. Mesmo com este desespero, espero estar aqui vivo para escrever também sobre esta continuação.          

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Operação Overlord


Coloca o CD, assiste a apresentação, escolhe o slot do save game e pronto. Você agora pode assistir Operação Overlord. É exatamente isso. Quem já jogou algum jogo de videogame com o tema Segunda Guerra Mundial, identificou as referências desde o primeiro minuto do filme. O bom é que não estou escrevendo isso de forma pejorativa. Eu veementemente achei legal essa experiência. Afinal, matar zumbis e nazistas é sempre legal e quando são os dois juntos, é uma boa pedida, meninos.  

O filme dirigido pelo novato Julius Avery acompanha a excursão de soldados americanos paraquedistas perto do famoso Dia D. A missão é complicada. Eles precisam destruir uma torre de rádio localizada numa estranha cidadezinha alemã.

Para deixar a história mais interessante (e mais real aos games) acompanhamos o soldado Ed Boyce (Jovan Adepo) tendo que lidar com a queda de seu avião que o transportava para a missão. O acidente mata quase o batalhão inteiro. Junto com ele, sobrevivem poucos soldados, entre eles o veterano soldado Ford (Wyatt Russell – filho do Kurt Russell).


Mesmo contra todas as probabilidades, os sobreviventes resolvem tentar cumprir a missão original. O interessante é que como nos games, a dificuldade vai aumentando a cada minuto. Os malvados nazistas usam a cidade como fonte para seus experimentos secretos. De acordo com o pensamento dos loucos, eles precisam de soldados imortais para o seu reinado de terror ser eterno, ou seja, zumbis são necessários para os pirados.


Como eu já disse no começo do texto, o filme é bom. Sua narrativa não é cansativa e não existem personagens burros (isso me irrita muito em filmes de terror). A única coisa que eu incluiria, seria algum easter egg ou menção ao universo Cloverfield já que o a Bad Robot é a produtora desta película. Adoro escrever película. Até parece que eu sou sério.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

O Predador




Dois anos esperando para assistir ao filme e inventam de realizar a estreia mundial bem quando eu estou nas minhas merecidas férias. Precisava usar esse desabafo como frase inicial para mostrar a minha indignação. Óbvio, que como clone do Indiana Jones, eu sempre dou um jeito, mesmo que tenha algum percalço no caminho como comentarei no último parágrafo.

Acho que depois de 3 semanas que o novo Predador tinha estreado, eu estava com a minha namorada numa praia colombiana, sem esperanças de assisti-lo, quando avistamos um cartaz anunciando que o cinema de um hotel ia passar o filme. Eram as minhas orações sendo atendidas. Um sonho feliz, interrompido por um pesadelo. Juro que explicarei mais adiante, mas agora vou falar sobre o filme em si.

Dirigido por Shane Black, diretor de Dois Caras Legais e primeira vítima do Predador no filme original, a história começa mostrando uma nave da raça dos caçadores caindo na Terra. Quinn McKenna (Boyd Holbrook), um soldado das forças especiais do exército americano, acaba tendo o primeiro contato com o alienígena. McKenna sobrevive ao encontro nada amigável e, antes de ser capturado por uma agência estranha do Governo, envia para o seu filho, Rory (Jacob Tremblay) uma parte bem legal da armadura do Predador.


A tal agência, comandada por Will Traeger (Sterling K. Brown), fica com o Predador (que também sobreviveu ao encontro entre raças) e resolve fazer alguns experimentos com o auxílio da bióloga Casey Bracket (Olivia Munn). Só que os grandes cientistas esqueceram que um Predador vivo é um Predador vivo e isso significa se libertar e matar todo mundo.


Paralelamente a matança, McKenna se junta com alguns soldados meio desajustados da cabeça, formando uma equipe de ótimos combatentes, mas nada corretos. Depois de perceberem que o Predador vai atrás de Rory, Quinn e seus novos amigos resolvem enfrentar o alienígena e salvar o dia, mesmo que isso signifique entrar numa missão suicida comprovada por todos os filmes da série.


O filme tem vários pontos positivos, mesmo com algumas viagens no roteiro que são reveladas ao longo da história. Meu destaque vai para a escolha dos atores e a química entre eles. Além dos que eu já citei acima, ainda estão no elenco Trevante Rhodes, Thomas Jane e Keegan-Michael Key. Shane Black mostra que sabe fazer um filme sanguinário e envolvente com diálogos muito bons (sua marca registrada). Agora de ponto negativo o destaque foi para a minha burrada. Resolvi devorar 4 burritos antes do filme que ajudaram eu a perder o clímax..... isso sim é zica.   


quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Venom


“Para um filme de ficção, até que é bom”. Esta foi a opinião da minha avó assim que saímos do cinema ao assistir Venom em alguma tarde ali no décimo mês do ano, mais conhecido como outubro. Essa frase ficou no meu inconsciente e depois de pensar durante alguns segundos, eu entendi. Os gênios que desenvolveram o filme queriam exatamente isso. Desassociar as histórias do gibi e incluir o personagem em algum enredo plausível envolvendo alienígenas. Vovó entendeu bem.

Nos quadrinhos, Venom é um vilão que odeia o Homem-Aranha, mas que em vários momentos tem sua alcunha de malvado questionada. Já, no filme, não existe Homem-Aranha e nem essa de malvadão. Tom Hardy interpreta Eddie Brock um jornalista investigativo que busca sempre a verdade, mesmo que isso custe seu emprego ou cause problemas em sua vida pessoal.

Paralelamente a esta apresentação, descobrimos que uma Fundação comandada pelo bilionário Carlton Drake está fazendo estranhos experimentos envolvendo vida alienígena.


O que acontece quando misturamos um personagem principal que é jornalista investigativo e testes em seres de outro planeta? Sim, bem isso que você pensou. Simbiose. Eddie acaba juntando-se com o ET e vira o famoso Venom. Óbvio que a tal organização que pesquisava o negócio não gosta do que aconteceu e faz de tudo para recuperar os bichinhos do espaço.


É interessante escrever sobre um filme de 3 meses atrás. Neste momento eu já sei que ele foi um grande sucesso financeiro para a Sony e que uma sequência já está sendo desenvolvida. Se eu tivesse escrito após a estreia, eu com certeza teria redigido algumas palavras sobre o eminente fracasso dele.... Enfim, para mostrar que estou atualizado, o Atlético PR acaba de fazer o último pênalti e ganhar a final da Taça Sulamericana. Segue o baile.  

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Vingadores: Guerra Infinita




Segunda marcha. Posso definir assim esse texto. Não só por ser o segundo conteúdo após um grande hiato, mas também por este filme ainda estar acelerando para o seu ápice.  

A estrada dos filmes da Marvel é um caminho muito mais planejado do que os filmes da DC. Pensando friamente, é uma discussão que não deveria mais ser levantada enquanto a DC não criar vergonha na cara e colocar todo o seu universo na mesma página. Se pá, isso está começando a acontecer. Mas quem garante que algum gênio não vai resetar novamente os personagens? Enfim, estou aqui para falar de mais um belo capítulo cinematográfico da editora coirmão.

Guerra Infinita é a primeira parte de uma grande saga que estava sendo executada em pílulas jogadas em filmes da Marvel. Toda essa preparação atingiu desde Guardiões da Galáxia até Doutor Estranho. Seja por pequenos acontecimentos ou cenas pós-crédito, a semente estava lá plantada e, por isso, conseguiram o meu respeito.

Com 1.300 personagens e histórias paralelas para serem lidadas em um só filme, os Irmãos Russo (Capitão América 2) mostram que realmente são muito bons diretores. A dinâmica existente entre heróis e cortes de edição é algo de impressionar até os mais neófitos nas questões dos quadrinhos e truques cinematográficos.
O filme começa com a queda de Thor (Chris Hemsworth) para o titã, Thanos (Josh Brolin). O semideus busca as joias do infinito para preencher a sua grande manopla e colocar em prática um plano que tem uma certa lógica crua e doentia.
Esta busca de Thanos é o centro da história. Enquanto o vilão tenta cumprir sua missão, os heróis trabalham em conjunto para tentar salvar não somente a Terra, mas como todo o universo. Isso significa acompanharmos as mais estranhas alianças como Thor, Rocket e Groot ou vibrar enquanto Pantera Negra, Capitão América e Bucky protegem o Visão das garras do monstro roxo.            

Eu sei que muita coisa aconteceu neste filme. Num primeiro momento posso ser chamado de louco por achar que ainda estamos na segunda marcha. Mas vou explicar de uma forma simples. Na minha humilde opinião, vão acontecer tantas coisas no próximo filme, que ali será o tal engatar uma marcha rápida e sair em disparada. E olha que eu acho que acontecerão sérias consequências para personagens muito importantes. Agora é aguardar e esperar e ver se eu estava certo nessa pequena previsão. 

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Jogador Nº 1


O pulso ainda pulsa. Com a desculpa de não escrever há um tempo, vou usar esse clichê para oficializar o meu retorno. Uma volta duradoura? Um último suspiro? Nunca saberemos. Para tentar alcançar aquele 1% de dignidade que eu tinha com nossos 15 leitores (10 são russos) vou apelar para o lado nerd e escrever algumas palavras sobre o filme Jogador Nº 1.

Baseado no livro de Ernest Cline, a adaptação cinematográfica ficou a cargo de um tal de Steven Spielberg (preciso fazer alguma apresentação?). Este é com certeza o filme mais nerd do ano de 2018. A história tem tantas referências à cultura pop que nem precisou terminar o ano para eu afirmar isso de forma enfática. Por sinal, são milhões de easter eggs que passam tão rápido que a cada vez que assisto eu vejo algo que não tinha percebido antes e fico com dor de cabeça por serem tão jogados.
Este filme bem animadinho e futura atração da sessão da tarde se passa em meados de 2045 onde a vida é tão difícil e sofrível que as pessoas preferem ficar dentro de um videogame chamado OASIS. Nesse espaço virtual, os usuários/jogadores podem ser o personagem que quiser e viver vidas fantasiosas seguindo as regras básicas dos games.
OASIS foi criado pelo genial e falecido James Halliday (Mark Rylance). Antes de morrer, Halliday deixou um desafio final cuja premiação tornará o vencedor herdeiro de todo este lugar fantástico. O mocinho da história é Wade Watts (Tye Sheridan) aka Parzival. Orfão e com uma trupe de amigos dispostos a ajuda-lo, o Ciclope..ops.. Wade terá que enfrentar mil e uma aventuras não só no mundo virtual como no real para conseguir resolver os enigmas e salvar todos os mundos. 
Jogador Nº 1 é um filme para você aproveitar o visual. Seu enredo é bem voltado para as crianças. As mesmas crianças que não entenderão metade das referências apresentadas no filme. Tudo bem. Eu sei bem como não é possível ter tudo o que quer. Final besta para o texto. Perdoe-me. Estou enferrujado.