quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

O Jogo da Imitação


Ser diferente da maioria das pessoas leva um indivíduo a criar barreiras e mecanismos de defesa que muitas vezes são impenetráveis. Esse jeito de pensar e agir também acabam sabotando ele próprio, e isso o impede de ser feliz em vez de somente o proteger de coisas ruins.   Agora imagina somar isso ao fato de ser de uma orientação sexual totalmente diferente da aceitável pela sociedade. O gênio matemático, Alan Turing, retratado em O Jogo da Imitação, é o exemplo perfeito para essas palavras. Mesmo tendo uma mente brilhante, que foi capaz de salvar milhões de vidas durante a Segunda Guerra Mundial, ele sofreu tanto por ser diferente, que isso lhe custou à própria vida.

O filme é dirigido pelo diretor norueguês Morten Tyldum e a sua narrativa é feita por indas e vindas. A história começa em 1951 quando a casa de Alan Turing (Benedict Cumbertach) é assaltada. O policial encarregado do caso desconfia do passado misterioso de Turing e começa a investigar a vida do matemático e, assim vamos conhecendo melhor a história dele.  

Suas histórias começam na época do colégio, quando já sofria abuso de outros alunos por ser diferente. Na escola ele desenvolve uma paixão por enigmas e criptografias, além de um amor escondido pelo seu melhor amigo, Christopher.

Passando alguns anos adiante, o professor Alan Turing é convidado a ajudar seu país a vencer a Segunda Guerra Mundial. Numa missão nada fácil, ele e outros matemáticos precisam decifrar a temível arma da comunicação dos Nazistas, chamada de Enigma. É ela a responsável por passar diariamente as coordenadas de ataques dos alemães. Com seu gênio e barreiras de relacionamento, Turning complica ainda mais o trabalho da equipe. Só que essas habilidades também serão os fatores para o sucesso da empreitada. Mesmo que isso signifique brincar de deus.

Alan Turing é considerado o inventor dos computadores. Ele precisou criar uma máquina para decifrar outra. Isso me lembra de algumas pessoas que precisam virar máquinas sem sentimentos para conseguirem viver. Traumas são fodas. É muito fácil você tentar imaginar a vida de uma pessoa que sofreu muito sem você ter passado metade das coisas que ela passou. Você enxerga que ela está virando alguém que prefere esconder e fugir de coisas boas porque tem medo de sofrer, mas não consegue fazer com que ela entenda que está errada. É complicado. Difícil até de escrever. Mas sempre, sempre terá alguém que ficará ao lado para tentar ajudar da forma mais pura e verdadeira. Não importa a distância.


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