segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Rush – No Limite da Emoção


Inacreditável como até mesmo uma história sobre pilotos de automobilismo pode servir de lição. Rush – No Limite da Emoção conta mais do que a rivalidade entre Niki Lauda e James Hunt. Ele mostra duas formas de encarar a vida; racionalmente e emocionalmente. Os mais críticos podem fechar o seu pensamento dizendo que se trata de um esporte praticado por ricos e ignorar as coisas boas ali presente, mas a verdade é que o diretor Ron Howard acertou mais uma vez e ainda conseguiu deixar boas mensagens subentendidas.

A grande tacada de Howard foi incluir o verdadeiro Niki Lauda em todas as fases do filme. Do roteiro aos dias de filmagem, o ex-piloto compartilhou suas experiências e ajudou a deixar a história mais verídica possível. O filme começa mostrando os dois pilotos ainda na Fórmula 3, quando Hunt (Chris “Thor” Hemsworth) já era um bon vivant conhecido e Lauda (Daniel Brühl) era somente um austríaco recém chegado as pistas.



Sendo mais frio e estrategista, Lauda consegue chegar antes na Fórmula 1 após comprar um lugar numa equipe fraca. Apoiado em seus talentos, o cara de rato logo consegue uma transferência para a grande Ferrari. Neste período, Hunt também consegue chegar a Fórmula 1 só que numa equipe pequena, deixando assim o caminho livre para Lauda conseguir o seu primeiro campeonato mundial.

No ano seguinte, é a vez de James Hunt ir para uma equipe grande (McLaren). Os dois travam grandes duelos na pista e fora delas com suas convicções de vida. Enquanto Lauda, sempre contido, não aceita mais do que 20% dos riscos, Hunt vive cada dia como o último.  No meio do campeonato, uma grande tragédia acontece com Niki Lauda. Seu carro pega fogo e seu corpo fica bastante queimado.



A imensa luta de Lauda para tentar voltar as pistas e se tornar campeão mundial novamente é mostrada com muitos detalhes. Seu sofrimento e sentimento competitivo abrangem grande parte do filme. Ambos os pilotos, com suas diferenças, não se importavam muito com suas vidas pessoais, e aí podemos perceber que não podemos ser somente racional ou emocional, para uma vida boa é necessário um pouco de cada.

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