Vou abrir o texto com um exercício de imaginação. Pense numa trilogia perfeita. Imaculada, consagrada, invicta, irrepreensível. Enfim, sem sequer um filme mais ou menos.
Indiana Jones? Poderoso Chefão? Mad Max? Matrix?
Talvez.
Por algum motivo, produzir três filmes de franquia sem sequer um tropeço é uma espécie de tabu no cinema. Um feito quase impossível, mais difícil até que amanhã sair algo bom com a participação do Nicolas Cage.
Pois.
Os três últimos filmes de Guerra nas Estrelas (Episódios I, II e III) conseguem a façanha de entregar uma trinca de longas no mesmo nível. Isso mesmo no mesmo nível. Todos bem abaixo do esperado.
Na teoria, eles deveriam servir como prequels, contando as histórias que moldaram o universo de Guerra nas Estrelas. Não que esse objetivo não seja atendido.
O lance é que todos os três filmes são produtos moldados com a cara, o jeitão e o sabor do espírito de uma época. São filmes com a preocupação mais voltada para atingir um público-alvo e menos em contar uma boa história.
Resultado: horas e horas gastas para chegar a um desfecho que você, eu e todo mundo minimamente conectado com a humanidade já conhece. Sem novidade, não tem graça.
É tipo um spoiler antes mesmo da inventarem o termo spoiler.
Guerra nas Estrelas tem múltiplos planetas, povos e histórias totalmente diferentes entre si. Porquê precisa ser justamente o jovem Anakin o responsável pela construção do C3PO? Como isso agrega ao plano geral da história?
Eu gostaria de ter sido apresentado a outros planetas. Queria ver umas culturas muito loucas aliens. E por que não histórias melhores desenvolvidas sobre a transição República/ Império?
Também não custaria mais lutas como essa:
Em teoria, os episódios I, II e III deveriam ter exercido entre nós - nós nessa idade em que não somos tão jovens e nem tão velhos - o mesmo fascínio que a trilogia original teve sobre nossos pais.
Não foi assim, ficou um gargalo geracional. Essa foi a má notícia.
A boa é que produzidos sob a batuta da Disney os próximos filmes prometem ocupar esse espaço nos nossos gélidos corações peludos. Com vários anos de atraso, é verdade.
Mas já com uma horda de crianças e adolescentes nos nossos calcanhares, engrossando a fila de pipoca e proporcionando uma conexão entre duas gerações que de vez em quando parecem quase incomunicáveis.
Um fato muito importante para fechar o texto: Anakin tem menos que a metade do apelo do Darth Vader.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2015
terça-feira, 8 de dezembro de 2015
Guerra nas Estrelas (Episódios IV, V e VI)
A missão era fácil. Dividir com o meu amigo os seis filmes do Guerra nas Estrelas e postar neste espaço privilegiado numa ordem que batesse com a estreia do novo filme. Só que neste mundo louco e vivendo essa vida de trabalhador assalariado, nada é tão simples. Traduzindo. Seria impossível cumprir este prazo. A solução que a força trouxe? Escrever dois textos falando sobre cada trilogia.
Para
falar da primeira trilogia (episódios IV, V e VI) eu gostaria de começar relembrando quando eu assisti a primeira vez estes filmes. Eu posso não ser
mais um jovem, mas quando eu vi o primeiro (episódio IV) ele já tinha sido
filmado há um tempinho, ou melhor, os três já tinham sido lançados antes de eu
nascer. Neste contexto é fácil perceber que eles foram muito importantes na
minha formação para sobreviver nesse mundo louco. Como eles já passavam na “sessão
da tarde” ou estavam gravados em VHS pelo meu pai, eu obviamente tive um grande
contato naquele importante período da vida que ajuda a definir nossa
personalidade. O ser herói, fazer o correto, ajudar quem precisa e nunca ser do
lado sombrio estava tudo ali. Foi com certeza um belo complemento para a minha
educação. Agora chega de bancar o Paulo Freire e vamos ao resumo desta épica
saga.
Há muito tempo atrás, em uma galáxia
muito, muito
distante (tinha que começar com esta frase) uma guerra entre o Império Galáctico
e a Aliança Rebelde sacode o universo. Em um grande ato de coragem (que será
explicado em um novo filme), os rebeldes, que contam com a ajuda da Princesa
Leia (Carrie Fisher) roubam os planos da temível Estrela da Morte. Para evitar
que eles retornem as mãos dos inimigos, a jovem Leia esconde os dados do
projeto secreto dentro do robozinho R2-D2 e, juntamente com o outro robô,
C-3PO, os envia para Tatooine para encontrar Obi-Wan Kenobi.
Por um capricho da força
ou algo do tipo, os dois atrapalhados robôs acabam sendo encontrados por Luke
Skywalker (Mark Hamill), um jovem projeto de herói que vive sob a proteção de seus
tios. Luke logo junta às pecinhas e desvenda que Obi-Wan é o ermitão conhecido
como Ben Kenobi (Alec Guinness). Após descobrir que os “malvados” mataram seus
tios, Luke e Kenobi contratam Han Solo (Harrison Ford), um contrabandista que
tem como parceiro o estranho Chewbacca, para leva-los até a cúpula da Aliança.
Obviamente todos esses
personagens não são somente simples garotos de recados (o próprio Luke acaba
descobrindo sua vocação para cavaleiro Jedi). Todos são importantes peças na
destruição da Estrela da Morte e na luta contra o Império Galáctico que tem
como principal vilão o temível Darth Vader....
Já no Episódio V – O
Império Contra-Ataca, o próprio título do filme já resume bem a história. É
nesta continuação que grandes gargalos e mistérios são construídos. Luke parte
para concluir seu treinamento Jedi com o grande mestre Yoda enquanto o resto
luta contra as forças do mal. No grande clímax do filme (o final), Luke tem a
maior revelação da série... depois de perder sua mão num combate contra Darth
Vader, o jovem herói descobre que o ser de armadura escura e voz estranha é seu
pai (como todo mundo sabe disto, não corro o risco de ser spoiler). Como
desgraça pouca é bobagem, Han Solo acaba sendo congelado e entregue ao caçador
de recompensas, Boba Fett. Realmente, é de tirar o fôlego.
O capítulo VI – O Retorno
do Jedi é a história de Luke tentando salvar a pátria enquanto seus inimigos
tentam leva-lo ao lado negro da força. Darth Vader conta com a ajuda do
terrível Imperador, um senhor negro dos Sith que levou Vader para o caminho
errado e quer fazer o mesmo com seu filho. Paralelamente a estes dramas
familiares, Han e Leia tentam impedir que uma nova Estrela da Morte cause
mortes e destruição na galáxia.
Escolhi me estender mais no Episódio IV pois ali
temos a apresentação dos principais personagens e porque, particularmente, para
mim é o melhor filme dos seis. Talvez esta impressão possa mudar com o novo
episódio. Não sei. Eu simplesmente não consigo mensurar o meu nível de
expectativa para o novo filme. Desde o primeiro teaser (que eu quase chorei) eu
tenho certeza que o filme será foda. Até mesmo a ruivinha do amor achará isso.
Guerra nas Estrelas será um daqueles filmes que meus netos e bisnetos assistirão
e manterão a mesma paixão que eu.
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