sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Guerra nas Estrelas (Episódios I, II e III)

Vou abrir o texto com um exercício de imaginação. Pense numa trilogia perfeita. Imaculada, consagrada, invicta, irrepreensível. Enfim, sem sequer um filme mais ou menos.

Indiana Jones? Poderoso Chefão? Mad Max? Matrix?
Talvez.

Por algum motivo, produzir três filmes de franquia sem sequer um tropeço é uma espécie de tabu no cinema. Um feito quase impossível, mais difícil até que amanhã sair algo bom com a participação do Nicolas Cage.

Pois.
Os três últimos filmes de Guerra nas Estrelas (Episódios I, II e III) conseguem a façanha de entregar uma trinca de longas no mesmo nível. Isso mesmo no mesmo nível. Todos bem abaixo do esperado.

Na teoria, eles deveriam servir como prequels, contando as histórias que moldaram o universo de Guerra nas Estrelas. Não que esse objetivo não seja atendido.

O lance é que todos os três filmes são produtos moldados com a cara, o jeitão e o sabor do espírito de uma época. São filmes com a preocupação mais voltada para atingir um público-alvo e menos em contar uma boa história.

Resultado: horas e horas gastas para chegar a um desfecho que você, eu e todo mundo minimamente conectado com a humanidade já conhece. Sem novidade, não tem graça.
É tipo um spoiler antes mesmo da inventarem o termo spoiler.

Guerra nas Estrelas tem múltiplos planetas, povos e histórias totalmente diferentes entre si. Porquê precisa ser justamente o jovem Anakin o responsável pela construção do C3PO? Como isso agrega ao plano geral da história?

Eu gostaria de ter sido apresentado a outros planetas. Queria ver umas culturas muito loucas aliens. E por que não histórias melhores desenvolvidas sobre a transição República/ Império?

Também não custaria mais lutas como essa:

Em teoria, os episódios I, II e III deveriam ter exercido entre nós - nós nessa idade em que não somos tão jovens e nem tão velhos - o mesmo fascínio que a trilogia original teve sobre nossos pais.

Não foi assim, ficou um gargalo geracional.  Essa foi a má notícia.

A boa é que produzidos sob a batuta da Disney os próximos filmes prometem ocupar esse espaço nos nossos gélidos corações peludos. Com vários anos de atraso, é verdade.

Mas já com uma horda de crianças e adolescentes nos nossos calcanhares, engrossando a fila de pipoca e proporcionando uma conexão entre duas gerações que de vez em quando parecem quase incomunicáveis.

Um fato muito importante para fechar o texto: Anakin tem menos que a metade do apelo do Darth Vader.

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