Voltar ao blog não poderia ser
com qualquer texto. Como a intenção do MDZ sempre foi escrever sobre os filmes
que os colaboradores quisessem e, quando achassem melhor, muitas vezes esta
página ficou sem atualização. Eu poderia culpar os casos amorosos, trabalhos,
viagens, partidas de futebol e etc por demorar tanto para postar novamente. A
real é que muitos filmes não são inspiradores e isso causa uma preguiça mental.
Porém, nem tudo está perdido. Com
a chegada do final do ano, somos bombardeados com longas-metragens que ajudam a
reverter este pensamento e, assim como os temíveis zumbis, nós voltamos. Para
este retorno acabei escolhendo justamente o novo filme do M. Night Shyamalan. Para
mim ele é ainda um diretor que me faz ir ao cinema tendo somente seu nome nos
letreiros e isso é algo muito raro hoje em dia.
A Visita é mais um daqueles
filmes em primeira pessoa meio estilo documentário. A grande diferença dele
para os outros é simples. Ao contrário da maioria dos filmes deste estilo, este
é bom!
O roteiro é simples, mas muito
bem elaborado (e dirigido). Rebecca e Tyler são dois irmãos que estão indo
conhecer seus avós maternos, numa casa isolada em outra cidade, enquanto sua
mãe viaja num cruzeiro com seu novo namorado. Durante esta visita, Rebecca, que
sonha em trabalhar com cinema, resolve gravar uma espécie de documentário para
ajudar a sua mãe a superar alguns traumas do passado. Logo em seus primeiros
contatos, o casal de idosos parece ser como todos os avós; boas praças e
despreocupados com agitações o que ajuda a aproveitar os pequenos prazeres da
vida, dentre eles é claro, comer bastante.
É claro que se tratando de
Shyamalan não existe um filme sem suspense. Não demora muito para os irmãos
perceberem um comportamento estranho do casal de idosos que vão além de simples
doenças. É neste contexto que a pequena dupla se encontra. Será que existe algo
de terrível e sobrenatural ou envelhecer já é assustador por si só?
Salva de palmas para o Shyamalan pelo filme e
várias vaias para os adolescentes que estavam vendo no Bourbon. Como é
insuportável assistir um filme deste tipo neste shopping de São Paulo. Com
certeza está riscado da minha lista. A experiência seria muito mais intensa em
uma sala onde as pessoas ficam quietas. Primeiro desabafo do ano, ou melhor,
segundo. Já xinguei um funcionário mala do financeiro da minha empresa.
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