1984 foi um ano brilhante. Não só pelo meu nascimento, mas pelo
lançamento do filme em questão que está sendo um debate entre integrantes do
grupo de mídia MDZ. Filmes tem o dever de entreter. Essa é a premissa básica.
Para o filme ser além de bom, aí necessita de impressões particulares de cada
espectador. Seja educando, emocionando, trazendo surpresas, seja lá o motivo de
cada ser humano.
Comigo a lembrança da História sem Fim sempre foi boa. O filme
representa tantas coisas que acontecem na infância, sejam sentimentos ou coisas
que vemos ao nosso redor enquanto o mundo continua a rodar e rodar que eu nem
tenho capacidade intelectual para escrever sobre isso. A fantasia e imaginação,
tanto debatidas no filme, são aliadas poderosas durante todas as fases das
nossas vidas. Os lugares aonde somos mais estimulados a usar essas
“ferramentas” de um jeito bom são filmes e livros. E, na minha opinião,
História sem Fim consegue atingir com maestria isso e, por isso, será o
primeiro filme a ter duas resenhas neste humilde blog (para ler o primeiro, clique
aqui).
O filme acompanha a história de Bastian, um piá novinho, que perdeu
recentemente a sua mãe. Fugindo de uns garotos chatos, que o importunam no
caminho para o colégio, ele acaba se escondendo numa livraria aonde encontra o
livro “A História sem Fim”. O menino começa a ler o livro no sótão da escola e
imediatamente somos transportados para a terra da Fantasia.
Naquela terra mágica, descobrimos que o nada está destruindo o mundo e
que a princesa que cuida de todos está doente. Seus habitantes, mesmo com medo
e receosos, escolhem um jovem guerreiro índio, Atreyu, para descobrir como
curar a princesa.
Assim como Bastian, somos levados numa aventura por lugares que poderiam
habitar facilmente qualquer fábula ou conto infantil que escutamos em LPs de
historinhas ou lemos em livros e gibis. A narrativa fantasiosa tem um porque
essencial para o menino Bastian, mas atinge os espectadores de forma tão
importante quanto para ele. Afinal, todas as vidas necessitam de imaginação,
sonhos e coisas boas para valerem a pena.