sexta-feira, 26 de abril de 2019

Capitã Marvel

Bem-vindo aos loucos anos 90. Quando Jovem Igor Taborda era ainda mais jovem. Fliperama era o lugar mais perigoso que o adolescente de classe média frequentava. E nos carros havia uma espécie de Spotify conhecida como rádio. Entre belas canções do Nirvana e do Michael Jackson, o quinteto das Spice Girls cantava sobre o poder das mulheres que não se sentiam reprimidas para falar sobre o que bem entendessem.

Sentiu uma pontada de nostalgia? Então porque vinte anos depois, o primeiro filme da Marvel com uma protagonista mulher incomodou tanto?

Carol Denvers é a super-heroína mais poderosa do Universo Cinematográfico Marvel. O problema é que ela ainda não sabe disso. Reduzida a um fragmento de si mesma e rebatizada como Vers (em uma metáfora nada sutil), ela tem a chance de se reconectar com toda sua identidade.

Capitã Marvel é um filme sobre descoberta e crescimento. Uma divertida jornada sobre superação e o que nos torna especiais. Verdade: também uma narrativa cheio de soluções fáceis e bobeiras, como deveriam ser todos os derivados de gibi.

Vale destacar a decisão de não ter um par romântico para a protagonista, algo raro nas superproduções. É como se existisse uma versão de Lua de Cristal, só que sem Sergio Mallandro no cavalo branco. Ou como diria o pensador Alexandre Magno, o Chorão, quem disse que elas precisam de nós?

O filme, claro, gerou uma onde de críticas. Mas a lição aqui: vai fundo e sinto muito para quem não gostou. Aposto que o Jovem Igor Taborda alugaria esse filme na Blockbuster durante os loucos anos 90.






terça-feira, 2 de abril de 2019

A História sem Fim


1984 foi um ano brilhante. Não só pelo meu nascimento, mas pelo lançamento do filme em questão que está sendo um debate entre integrantes do grupo de mídia MDZ. Filmes tem o dever de entreter. Essa é a premissa básica. Para o filme ser além de bom, aí necessita de impressões particulares de cada espectador. Seja educando, emocionando, trazendo surpresas, seja lá o motivo de cada ser humano.

Comigo a lembrança da História sem Fim sempre foi boa. O filme representa tantas coisas que acontecem na infância, sejam sentimentos ou coisas que vemos ao nosso redor enquanto o mundo continua a rodar e rodar que eu nem tenho capacidade intelectual para escrever sobre isso. A fantasia e imaginação, tanto debatidas no filme, são aliadas poderosas durante todas as fases das nossas vidas. Os lugares aonde somos mais estimulados a usar essas “ferramentas” de um jeito bom são filmes e livros. E, na minha opinião, História sem Fim consegue atingir com maestria isso e, por isso, será o primeiro filme a ter duas resenhas neste humilde blog (para ler o primeiro, clique aqui).


O filme acompanha a história de Bastian, um piá novinho, que perdeu recentemente a sua mãe. Fugindo de uns garotos chatos, que o importunam no caminho para o colégio, ele acaba se escondendo numa livraria aonde encontra o livro “A História sem Fim”. O menino começa a ler o livro no sótão da escola e imediatamente somos transportados para a terra da Fantasia.


Naquela terra mágica, descobrimos que o nada está destruindo o mundo e que a princesa que cuida de todos está doente. Seus habitantes, mesmo com medo e receosos, escolhem um jovem guerreiro índio, Atreyu, para descobrir como curar a princesa.



Assim como Bastian, somos levados numa aventura por lugares que poderiam habitar facilmente qualquer fábula ou conto infantil que escutamos em LPs de historinhas ou lemos em livros e gibis. A narrativa fantasiosa tem um porque essencial para o menino Bastian, mas atinge os espectadores de forma tão importante quanto para ele. Afinal, todas as vidas necessitam de imaginação, sonhos e coisas boas para valerem a pena.