O Seqüestro do metrô 123 não é um filme surpreendente, não possuí uma trama cheia de reviravoltas e um final mirabolante. Seu grande trunfo é a violência e realidade assustadora que as lentes do diretor Tony Scott desenvolvem com maestria. O confronto de palavras entre Denzel Washington e John Travolta envolve e convence, a cada diálogo tentamos junto com Denzel descobrir os motivos que levam John e sua gangue a seqüestrarem o metrô 123.
Um pouco depois da hora do almoço, quatro homens fortemente armados seqüestram o primeiro vagão do metrô 123 de Nova York e pedem 10 milhões de dólares como resgate em 1 hora, ou a cada minuto de atraso um passageiro será morto. Enquanto a polícia não chega o encarregado de intermediar as negociações é Walter Garber (Denzel), logo as conversas entre Walter e Ryder (Travolta) começam a se intensificarem, nem a chegada da polícia faz com que Ryder deixe de conversar exclusivamente com Walter, principalmente quando Ryder descobre que Walter está sendo investigado por aceitar suborno de uma empresa de trem japonesa. Estes fatos fazem com que a própria polícia desconfie de Walter.
Enquanto o tempo passa temos diálogos cada vez mais inteligentes, um tentando descobrir quem é o outro. Mesmo com tantas conversas Ryder sempre mostra como está falando sério, para sempre provar que está falando a verdade ele mata algum dos passageiros... Qual será a parada final do metrô 123? Walter continuará querendo bancar o herói para apagar a história do suborno ou ele só quer bancar o altruísta salvando os passageiros? Estas respostas são previsíveis, mas a intensidade que são mostradas valem a pena o ingresso.
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