quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

O Hobbit – Uma Jornada Inesperada



J.R.R. Tolkien escreveu livros maravilhosos que inspiraram filmes incríveis. Para mim, a sua maior qualidade foi criar um mundo fantasioso cheio de detalhes que poderiam muito bem ter acontecido em alguma era perdida há milhões de anos atrás. Mapas, histórias e contos fluíram intensamente da cabeça de Tolkien para as páginas dos livros e ganharam muitos fãs, dentre eles, um neozelandês chamado Peter Jackson.

Jackson era um bom diretor com poucos filmes no currículo quando adquiriu os direitos e planejou as filmagens simultâneas dos três filmes do Senhor dos Anéis. Após o lançamento da primeira parte, A Sociedade do Anel, o diretor neozelandês confirmou todas as boas expectativas e transportou com muita qualidade as histórias da Terra-Média para as telonas. Os dois outros filmes, As Duas Torres e O Retorno do Rei, só coroaram Jackson como um dos melhores diretores de todos os tempos e aumentaram em alguns milhões o número de fãs das obras de Tolkien.

Entretanto, todavia e contudo, as histórias da trilogia do anel não foram as primeiras escritas por Tolkien. Tudo começou com O Hobbit, livro que hoje é considerado um prelúdio para a grande saga que envolve o Um anel. Óbvio que em algum momento esta história também chegaria aos cinemas. E quem ficou responsável novamente pela adaptação? Guillermo del Toro, sim o mexicano durante um bom tempo era o diretor encarregado, mas depois de alguns gargalos de agenda ele ficou somente ajudando no roteiro enquanto Peter Jackson assumiu novamente a cadeira de diretor.


Novamente também é a escolha de Jackson por dividir o filme em três partes. Uma Jornada Inesperada inicia nos transportando ao Condado, onde, em seu 111º aniversário, Bilbo Bolseiro resolve escrever um livro sobre suas antigas aventuras. O pequenino de pés peludos começa contando a história da Montanha Solitária, outrora lar dos anões que foi tomada como moradia do terrível dragão Smaug junto com todo o ouro dos anões.


O mago Gandalf (Ian Mckellen) resolve ajudar Thorin Escudo-de-Carvalho (descendente direto do rei da Montanha Solitária) a criar uma companhia para expulsar Smaug e retomar o tesouro e lar dos anões. Para a missão, os dois convocam 12 anões guerreiros e mais o inocente hobbit, Bilbo (Martin Freeman), para embarcarem na perigosa jornada.


Trolls, Goblins e um conhecido personagem precioso completarão esta primeira parte da nova trilogia, deixando o retorno ao universo da Terra-Média muito mais divertido e cativante. Para aumentar o entretenimento, O Hobbit é o primeiro filme rodado em 48 quadros, ou seja, o dobro do usado em todos os outros filmes. A realidade é tão absurda que qualquer definição escrita não consegue explicar este novo estilo de filmagem. Peter Jackson caminha lado a lado com James Cameron nas inovações tecnológicas do cinema, nos convencendo a cada filme que não existe limites para a sétima arte. Anotem em suas agendas as próximas viagens a Terra-Média: 13 de dezembro de 2013 e 18 de julho de 2014.  

domingo, 27 de janeiro de 2013

A Coisa – O Enigma de Outro Mundo


Com essa nova onda de criar continuações, que são na verdade prelúdios, eu fico confuso se escrevo aqui respeitando a ordem cronológica da história ou de importância. Desta vez vou seguir a linha do tempo dos fatos, mesmo porque, esse filme não deixa nada a dever do clássico homônimo de 1982 do diretor John Carpenter (um dos meus prediletos).

O filme começa com uma equipe norueguesa descobrindo uma nave e seu piloto alienígena congelados no gelo da Antártica. Imediatamente após a descoberta, o experiente doutor Sander Halvorson é chamado para ajudar na escavação. Ele convoca seu assistente, Adam, e Kate Llooyd (Mary Elisabeth Winstead), uma especialista em paleontologia, para também colaborarem na busca por respostas.


Assim que chegam ao continente branco, Dr Halvorson e sua equipe desenterram o alienígena e levam-no para a base norueguesa. Convictos que a descoberta mudará a história da ciência, Halvorson e Edvard (chefe da delegação norueguesa) resolvem cortar as comunicações enquanto realizam pequenos experimentos com a criatura.

Porém, congelado não significa morto. O alienígena consegue reviver e mata um cachorro e um cientista antes de ser queimado até a morte. Enquanto realiza a autópsia na carcaça do monstro, Kate cria a suspeita que o alien estava tentando duplicar uma pessoa e confirma com os seus próprios olhos quando uma mulher do acampamento tenta mata-la. Após essa revelação o terror virará psicológico também, todos desconfiarão de todos e a única certeza é que a criatura ainda está viva.


Esse filme não chegou aos cinemas brasileiros, uma pena, uma história muito bem elaborada. Os roteiristas tiveram o cuidado de pensar nos detalhes mostrados no filme de 1982, desde um simples machado na parede a história dos sobreviventes originais. O diretor holandês Matthisjs Van Heijningen ganhou muitos pontos comigo seguindo a mitologia criada por John Carpenter. Eu nem suspeitava que aquele acampamento descoberto por MacReady (Kurt Russel) tinha passado por tanta coisa.    


quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

A Sombra do Inimigo



A Sombra do Inimigo é um filme que mostra um pouco mais do começo da carreira do policial Alex Cross, personagem literário criado pelo autor James Patterson, já vivido duas vezes no cinema por Morgan Freeman em Beijos que Matam (1997) e Na Teia da Aranha (2001). Desta vez a trama foca muito mais na relação familiar de Cross e como certos fatos redigiram os caminhos de sua vida e carreira.

A história começa com o mercenário Picasso (Matthew Fox) assassinando de forma cruel uma mulher e seus guarda-costas. A equipe de Alex Cross (Tyler Perry) é chamada para tentar resolver o caso rapidamente, principalmente porque o crime aconteceu numa área nobre de Detroit.


Alex descobre uma pista deixada pelo próprio Picasso indicando qual será o seu próximo alvo e, assim, consegue evitar que um executivo alemão seja morto pelo bandido. No dia seguinte os jornais destacam o trabalho de Cross e sua equipe, o que deixa o mercenário psicótico enfurecido.

Mesmo com o seu plano ainda em ação, Picasso resolve atrair a sua atenção para os policias e planejar uma vingança contra Cross e os membros de seu time. Agora o detetive psicólogo terá que enfrentar as represarias do lunático ao mesmo tempo em que tenta descobrir os motivos dos assassinatos.


Este não é um daqueles filmes de suspense onde você tenta adivinhar o assassino, ele é um filme de ação onde só temos que observar Alex Cross trabalhando, mesmo porque, não são deixadas pistas para os espectadores descobrirem por si só as tramas na história. Não temos o mistério da identidade do bandido, mas temos uma atuação impecável de Matthew Fox, o doutor Jack da série Lost perdeu vários quilos e aprendeu a fazer cara de louco com Benjamin Linus para viver esse “ex-militar” piradão. No final das contas, A Sombra do Inimigo é um filme razoável, nada surpreendente.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Colombiana




Dia de chuva na praia. Nada para fazer? Não para mim. Sempre preparo meu kit chuva antes de viajar. Ele consiste em coisas básicas, porém muito essenciais: Livros, videogame e filmes, muitos filmes que eu não consegui assistir no cinema ou na televisão. Dentre eles estava Colombiana, um filme que eu não esperava muito que deixei para assistir nos últimos dias de chuva..ops..praia.

Logo na capa eu sou surpreendido, produzido por Luc Besson. Será que o diretor francês seria capaz de realizar um filme de vingança sem a qualidade conhecida desde O Profissional? Óbvio que não. Adoro quando eu me engano deste jeito.

O filme começa em Bogotá, Colômbia, onde dois parceiros de crime, Fábio e Don Luis Sandoval, resolvem encerrar pacificamente suas atividades. Ledo engano, no mundo das drogas não existe nada pacífico. Sandoval assassina Fábio e sua mulher, o que ele não esperava é que a filha pequena do casal, Cataleya, sobreviveria e fugiria para os Estados Unidos para viver com o seu tio, Emilio.


Depois de 19 anos, Cataleya (Zoe Saldana) vira uma assassina profissional, supervisionada e treinada pelo seu próprio tio. Enquanto realiza serviços normais de um assassino, ela aproveita seu tempo livre para matar pessoas ligadas a Don Luis Sandoval. Com o FBI e Don Luis investigando as misteriosas mortes, o cerco a Cataleya começará a apertar e sua identidade poderá colocar em risco seus únicos parentes vivos, deixando assim sua vingança cada vez mais dramática.


Histórias violentas alimentadas com mais violência parecem ser uma grande fonte para Luc Besson. Se Colombiana não tem a força e particularidades dos personagens de O Profissional, ela tem sua própria Matilda crescida e pronta para realizar seu único desejo, vingança. Um ótimo filme, não só para os dias de chuva.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

O Império das Formigas


Nos anos 70 e 80 era fácil criar monstros. Bastava uma dose de lixo radioativo para lagartos, baratas ou formigas se tornarem criaturas mortais e assustadoras, pelo menos na ideia e não na concepção. A precariedade dos efeitos visuais também foi marca registrada do período, o que obrigava os diretores a serem criativos com seus truques de câmera ou apelarem a mulheres peladas.

O Império das Formigas começa com alguma empresa, sem responsabilidade ambiental, jogando lixo tóxico em pleno mar aberto. Esses entulhos vão parar numa praia onde são descobertos por formigas(?)... Neste mesmo local, Marylin Fryser(Joan Collins), uma empresária do ramo imobiliário, está montando um condomínio e levando potenciais compradores para visitar as futuras casas.


Não demora muito para que as formigas gigantes comecem a atacar alguns visitantes e, com isso, instalarem o pânico e o horror entre os demais. Liderados pelo experiente piloto de barco Dan Stokely os sobreviventes tentarão fugir passando por um rio lotado de formigas e numa estranha cidade que possuí uma grande e misteriosa refinaria de açúcar.


O filme tenta se levar a sério até a primeira formiga gigante surgir. Os diálogos do enredo também começam a piorar com cada monstro que aparece. Em determinada cena, é possível ver um dos atores começando a rir e levando a mão na boca para esconder o riso. Acho que os roteiristas desses filmes não conseguiam imaginar diálogos melhores nestas situações absurdas que eles colocavam os seus personagens. Pensando bem, esses tipos de falhas fazem parte do escopo do incrível mundo dos filmes “trash”.   

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Marcados Para Morrer



Engana-se quem acredita que o estilo de filmagem “câmeras encontradas” se restringe aos filmes de terror e suspense. O diretor de Marcados Para Morrer, David Ayer, mais conhecido pelo seu trabalho como roteirista em Dia de Treinamento (2001), também utilizou – em grande parte do filme - esta maneira estética para contar uma história de policial, mundo em que ele parece se sentir bem confortável.


Brian Taylor (Jake Gyllenhaal) e Mike Zavala (Michael Peña) são uma dupla de policias de South Central, bairro extremamente violento de Los Angeles. A vida de ambos são extremamente opostas. Sem estudos, Mike é um latino pai de família que viu na carreira policial sua única forma de sobreviver honestamente. Brian, por sua vez, é um ex-militar solteirão que conhece a inteligente e graciosa Janet (Anna Kendrick).

Depois de Brian explicar que filmará a rotina dos dois para um trabalho de faculdade, somos imersos numa realidade onde medos, desejos se misturaram com amor, dever e camaradagem. Os dois enfrentam de peito aberto os problemas diários de um policial e acabam se saindo muito bem.


Com a vida profissional e pessoal  evoluindo, começa a vir o medo da perda familiar ou da morte do parceiro. Mesmo com tantos temores, os dois acabam investigando por conta própria um terrível cartel mexicano e cada sucesso na investigação deixa a vingança dos bandidos mais perigosa e mortal.


Eu li uma vez que o filme Tropa de Elite deixou as pessoas impressionadas com a seriedade do trabalho e com tanta vontade de combater o crime que fizeram o número de inscritos ao BOPE aumentarem muito. Acho que após as exibições de Marcados Para Morrer também deve ter acontecido fenômeno parecido nos EUA. No final das contas este é um filme que mostra a luta do bem contra o mal, na forma de pessoas normais. Uma batalha onde infelizmente nunca terá um fim.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

As Aventuras de PI


Começar um ano novo sempre renova a nossa esperança e dá forças para seguirmos adiante no inexplicável percurso de nossas vidas conhecido como destino. Para continuar nesta sintonia e, iniciar os trabalhos do blog em 2013, vamos falar sobre o belíssimo filme As Aventuras de PI.

Durante muitos anos, vários diretores tentaram levar as telonas a saga de Pi, criado pelo escritor canadense Yann Martel. Depois de muitas idas e vindas, o diretor chinês Ang Lee (Brokeback Mountain) conseguiu ser o responsável por contar nos cinemas esta linda história de aprendizados.

O filme começa com um jornalista conversando com PI adulto para conhecer sua história de sobrevivência e como ela poderia renovar a sua fé. A narrativa parte do início então e mudasse para a Índia dos anos 70 onde o senhor Santosh Patel monta e cuida de um jardim zoológico juntamente com sua mulher Gita e seus dois filhos Ravi e Pi.

Pi na verdade chamasse Piscine Molitor, ele ganhou esse apelido graças a uma piscina francesa que seu tio adorava. Sua busca de autoafirmação começa no colégio quando precisa inventar várias teorias sobre seu apelido para evitar gozações, no final a explicação que cola é o número infinito 3,1415927..... Pi.

A jornada de conhecimento de PI continua, ela passa pela religião onde ele resolve virar cristão e muçulmano - ao mesmo tempo que pratica o hinduísmo -  e, como sempre inevitável, seu coração também se apaixona por uma garota. Nem sempre inevitável é a questão financeira. Santosh começa a passar por maus momentos econômicos e resolve colocar toda a sua família e animais num cargueiro japonês e transferir o seu zoológico para o Canadá.


Enquanto estão cruzando o oceano Pacífico uma forte chuva começa a cair, PI resolve olhar a tempestade de fora de sua cabine mas o que ele vê é o navio afundando e todos tentando se salvarem desesperadamente. No meio de toda a turbulência e tentando salvar os seus familiares, PI é jogado dentro de um bote salva-vidas e acorda somente no outro dia na calmaria do mar. Ainda chocado pela perda de sua família, ele descobre que não está sozinho no bote, junto com ele tem uma zebra, orangotango, hiena e um tigre. Sozinho no mar com os animais, Piscine não precisará só de coragem, ele terá que ter fé, esperança e descobrir quem ele é ou quem pode ser para conseguir sobreviver.   


Ser um buscador é trilhar um caminho atrás de respostas, acreditar que elas podem te trazer calma e sossego na alma para trilhar em paz o seu caminho na terra. As vezes, ou quase sempre, a vida nos mostra estas respostas mas estamos tão preocupados em tornar tudo difícil que não enxergamos as coisas simples ao nosso redor e prontas para transformar o nosso destino totalmente a nosso favor. Seja uma decisão amorosa, financeira ou qualquer outro assunto, o universo cedo ou tarde nos aponta o caminho certo a percorrer, basta ter fé.

Gata do Mês (dez/12)

Maria Hill

Personagem do Mês (Dez/12)

Two Sock