J.R.R. Tolkien escreveu livros maravilhosos que inspiraram filmes incríveis. Para mim, a sua maior qualidade foi criar um mundo fantasioso cheio de detalhes que poderiam muito bem ter acontecido em alguma era perdida há milhões de anos atrás. Mapas, histórias e contos fluíram intensamente da cabeça de Tolkien para as páginas dos livros e ganharam muitos fãs, dentre eles, um neozelandês chamado Peter Jackson.
Jackson era
um bom diretor com poucos filmes no currículo quando adquiriu os direitos e
planejou as filmagens simultâneas dos três filmes do Senhor dos Anéis. Após o
lançamento da primeira parte, A Sociedade do Anel, o diretor neozelandês
confirmou todas as boas expectativas e transportou com muita qualidade as
histórias da Terra-Média para as telonas. Os dois outros filmes, As Duas Torres
e O Retorno do Rei, só coroaram Jackson como um dos melhores diretores de todos
os tempos e aumentaram em alguns milhões o número de fãs das obras de Tolkien.
Entretanto,
todavia e contudo, as histórias da trilogia do anel não foram as primeiras
escritas por Tolkien. Tudo começou com O Hobbit, livro que hoje é
considerado um prelúdio para a grande saga que envolve o Um anel. Óbvio que em
algum momento esta história também chegaria aos cinemas. E quem ficou responsável
novamente pela adaptação? Guillermo del Toro, sim o mexicano durante um bom
tempo era o diretor encarregado, mas depois de alguns gargalos de agenda ele
ficou somente ajudando no roteiro enquanto Peter Jackson assumiu novamente a
cadeira de diretor.
Novamente também é
a escolha de Jackson por dividir o filme em três partes. Uma Jornada Inesperada
inicia nos transportando ao Condado, onde, em seu 111º aniversário, Bilbo Bolseiro resolve escrever um livro sobre suas antigas aventuras. O
pequenino de pés peludos começa contando a história da Montanha Solitária,
outrora lar dos anões que foi tomada como moradia do terrível dragão Smaug
junto com todo o ouro dos anões.
Trolls, Goblins e
um conhecido personagem precioso completarão esta primeira parte da nova
trilogia, deixando o retorno ao universo da Terra-Média muito mais divertido e
cativante. Para aumentar o entretenimento, O Hobbit é o primeiro filme rodado
em 48 quadros, ou seja, o dobro do usado em todos os outros filmes. A realidade
é tão absurda que qualquer definição escrita não consegue explicar este novo
estilo de filmagem. Peter Jackson caminha lado a lado com James Cameron nas
inovações tecnológicas do cinema, nos convencendo a cada filme que não existe
limites para a sétima arte. Anotem em suas agendas as próximas viagens a
Terra-Média: 13 de dezembro de 2013 e 18 de julho de 2014.