Engana-se quem acredita que o estilo de filmagem “câmeras
encontradas” se restringe aos filmes de terror e suspense. O diretor de
Marcados Para Morrer, David Ayer, mais conhecido pelo seu trabalho como
roteirista em Dia de Treinamento (2001), também utilizou – em grande parte do
filme - esta maneira estética para contar uma história de policial, mundo em
que ele parece se sentir bem confortável.
Brian Taylor (Jake Gyllenhaal) e Mike Zavala (Michael Peña) são
uma dupla de policias de South Central, bairro extremamente violento de Los
Angeles. A vida de ambos são extremamente opostas. Sem estudos, Mike é um
latino pai de família que viu na carreira policial sua única forma de
sobreviver honestamente. Brian, por sua vez, é um ex-militar solteirão que
conhece a inteligente e graciosa Janet (Anna Kendrick).
Depois de Brian explicar que filmará a rotina dos dois para
um trabalho de faculdade, somos imersos numa realidade onde medos, desejos se
misturaram com amor, dever e camaradagem. Os dois enfrentam de peito aberto os
problemas diários de um policial e acabam se saindo muito bem.
Com a vida profissional e pessoal evoluindo, começa a vir o medo da perda
familiar ou da morte do parceiro. Mesmo com tantos temores, os dois acabam
investigando por conta própria um terrível cartel mexicano e cada sucesso na
investigação deixa a vingança dos bandidos mais perigosa e mortal.
Eu li uma vez que o filme Tropa de Elite deixou as pessoas impressionadas com a seriedade do trabalho e com tanta vontade de combater o crime que fizeram o número de inscritos ao BOPE aumentarem muito. Acho que após as exibições de Marcados Para Morrer também deve ter acontecido fenômeno parecido nos EUA. No final das contas este é um filme que mostra a luta do bem contra o mal, na forma de pessoas normais. Uma batalha onde infelizmente nunca terá um fim.
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