domingo, 10 de março de 2013

O Lado Bom da Vida


Relacionamentos amorosos são complicados. Em determinados momentos não nos importamos com mais nada além do amor, em outros momentos ficamos tão machucados em consequência deste amor que ficamos destruídos. Eles também são capazes de revelarem o melhor e o pior de uma pessoa. Mesmo com brigas e términos, é impressionante como certas pessoas conseguem dominar nossos pensamentos e vontades, parece uma droga viciante que não saí do corpo. Eu sempre digo que é melhor ter problemas amorosos do que não ter, amar é uma coisa maravilhosa e vale a pena se arriscar por ele. Somos todos humanos complicados, mas com certeza existe a tampa certa para cada panela. Basta dar chance para novos ou antigos amores.


O Lado Bom da Vida tem em seu tema central mais ou menos o que eu disse acima. Ele mostra como o amor pode levar a loucura, mas em contrapartida ele também é a chave para a felicidade. O elenco do filme tem uma ótima atuação, todos os quatro atores principais foram indicados ao Oscar, mas só a Jennifer Lawrence levou uma estatueta para casa. Palmas também para o sumido Chris Tucker, seu personagem aparece pouco, mas as cenas são hilárias.


O filme começa com Pat Solitano Jr. (Bradley Cooper) voltando para casa depois de ficar um tempo numa clínica psiquiátrica. Diagnosticado com distúrbio bipolar, ele ficou lá após quase matar o amante de sua mulher. Agora de volta para a casa de seus pais, Dolores (Jacki Weaver) e Patrizio (Robert De Niro), ele começa a reconstruir sua vida, esperando retornar para os braços de sua esposa, Nikki.


Enquanto tenta bolar um jeito de reencontrar a sua mulher, seus amigos e família tentam ajudá-lo a ter uma vida normal. Durante um jantar, ele conhece Tiffany (J. Lawrenece), uma viúva que assim como Pat também tem seus problemas. Inicialmente os dois não se dão bem, mas é Tiffany comentar que pode entregar cartas para Nikki que Pat começa a tentar uma amizade. Os dois acabam fazendo um trato para ficar bom para ambos os lados. Tiffany entrega as cartas e Pat vira o companheiro dela de dança num concurso.



Passando tanto tempo juntos, os dois acabam se conhecendo melhor. Só que Pat não consegue tirar o foco de sua ex-mulher. Ele não se permite seguir adiante, como se Nikki fosse uma pedra intransponível em seu coração e mente. Quem sabe com a aproximação do concurso de dança, as suas respectivas loucuras não encontrem a felicidade que todo ser humano merece.    


Vendo este filme me identifique em certas partes (em escalas menores). Ele também me lembrou a música Thumbing My Way do Pearl Jam. As questões persistem e não posso ser livre sem superar o que sinto dentro de mim, mas estou no caminho certo para voltar aos eixos.  

"i can't be free with what's locked inside of me
if there was a key, you took it in your hand
there's no wrong or right, but i'm sure there's good and bad
the questions linger overhead
no matter how cold the winter, there's a springtime ahead
i'm thumbing my way back to heaven"

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