quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Carrie - A Estranha


Eu raramente gosto de comentar um filme comparando com o livro que ele foi inspirado ou, pela versão cinematográfica original. Então, se você espera frases manjadas como “No livro a personagem…” ou “O clímax do filme de 1976…” pare de ler por aqui, pois eu vou expor as minhas sinceras opiniões somente sobre esta nova versão. Relendo estas linhas iniciais eu até pareço uma pessoa ranzinza!

Mesmo não querendo fazer uma análise muito profunda, existe uma informação que é essencial e obrigatória de se falar sobre Carrie. Este foi o primeiro livro publicado de Stephen King e o marco inicial que o ajudou a ser um dos principais escritores de todos os tempos. E, apesar de existir a lenda que os filmes baseados em suas obras não são muito bons, ou no português claro, não arrecadam muito dinheiro, eu até que gostei desta nova versão. Numa explicação fria, eu acho que não criar grandes expectativas ajudou consideravelmente a minha opinião. Chega de enrolação e vamos ao filme.

A história começa com a fervorosa religiosa Margaret White, interpretada pela Julianne Moore, dando luz a uma menininha (Carrie). Sua devoção doentia a Deus e seus dogmas quase a fazem matar a criança achando que ela é uma obra do demônio. Entretanto, o amor (sempre ele) impede que o pior aconteça. Só que, imagine passar uma infância e pré-adolescência tendo uma mãe doidona que diz que tudo é pecado e coisas do gênero. Óbvio que a menina cresce bem longe da realidade.

É no colégio, convivendo com pessoas da sua idade, que Carrie (Chloë Grace Moretz) percebe os abusos e loucuras de sua mãe. Inicialmente ela só é ignorada e taxada de alguns apelidos não muito legais, mas, após menstruar no chuveiro depois da aula de educação física, ela vira gozação imediata, inclusive com um vídeo na internet. Revoltada com a atitude das alunas, a professora de educação física resolve tomar uma drástica atitude proibindo a principal rival de Carrie, Chris Hargensen, de ir ao baile de formatura.


Mesmo sentindo muita raiva e humilhação, o incidente acaba trazendo uma coisa boa na vida de Carrie. Ela descobre que possuí poderes telecinéticos, conseguindo mexer objetos com a força do pensamento. Poderes que serão mais do que úteis para serem usados contra a vingança que Hargensen está planejando…



Após assistir Carrie eu imediatamente me lembrei de algumas pessoas que eu conheci na escola. Acho que em todos os colégios devem existir estudantes que simplesmente não se encaixam com os parâmetros que algumas pessoas definem como normais. Infelizmente, para estes deslocados, o colégio é uma época terrível. Eu nunca fiz parte e também nunca quis ser da turminha dos populares, em contrapartida, sempre soube me defender dos babacas ou, simplesmente usar a grande arte de ignorar os otários. Espero, sinceramente, que este pessoal, que passou por coisas terríveis no colégio, estejam bem e que o passado não tenha causado grandes danos…em compensação, torço que os babacas estejam, atualmente, um pior que o outro.

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