terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Looper

Escolhas sempre se desdobram em acontecimentos bons ou ruins, aguentar as consequências fazem parte do escopo. Este ciclo é óbvio quando olhamos para a realidade, mas na ficção científica e suas possibilidades utópicas de viagens no tempo este ciclo pode ser reescrito, alterando assim a história e o caráter de muitas linhas temporais (aprendi isso tudo assistindo De Volta para o Futuro). Depois dessa aula de física, vamos ao filme.

No ano de 2044 as viagens no tempo não são possíveis, mas em 2074 elas são. Em vez de matar e jogar os seus mortos em algum mar, a máfia de 2074 resolve manda-los ao passado, deixando para que os “loopers” (assassinos do passado) matem os alvos e sumam com os corpos, eliminando assim qualquer evidência do ocorrido.

Para os tais loopers a vida é fácil. Matam sem nem olhar a cara dos mortos, ganham grana, gastam com o que quiserem e ainda são protegidos pela máfia. Mas como estamos em um filme, algum gargalo deve existir. O problema aqui é que misteriosamente os loopers estão sendo assassinados no futuro por um tal de “RainMaker”e as pistas da identidade do indivíduo são quase nulas.
Para piorar um pouco mais a história, o looper Joe Simmons (Joseph Gordon-Levit) recebe a visita do Joe Simmons do futuro (Bruce Willis) querendo vingança pela morte de sua mulher, só que para isso ele precisa encontrar e assassinar a criança que será no futuro o RainMaker. Confusão? Algo normal para uma conspiração que mistura passado, presente e futuro.

Tão difícil quanto explicar uma viagem no tempo é escrever uma história sobre este tema sem falhas, Looper acaba sendo mais uma prova disso. Os erros de continuidade são necessários, sem eles não existiria o filme, ou seja, não se pode levar muito a sério um filme que lida com algo praticamente impossível. Afinal de contas os filmes servem para satisfazerem a nossa necessidade de entretenimento sem a necessidade de ser tudo possível. Já que falei em um dos princípios do cinema, vale a pena também conferir o esforço da produção do filme em deixar Gordon-Levit parecido com Willis, usaram até uns implantes faciais para mostrar a capacidade de ilusão da “magia” do cinema. Realmente a evolução dos filmes nunca terá fim.  

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