segunda-feira, 29 de abril de 2013

Mama



Extinto maternal. Presente nos animais racionais e irracionais, este sentimento é tão forte que pode ultrapassar a barreira que separa o mundo dos vivos com os dos mortos. Pelo menos é o que propõe o estreante diretor Andrés Muschietti em Mama. Produzido por quem manja do assunto, Guillermo Del Toro, este filme mostra desde o começo um fantasma transferindo suas experiências de vida para inocentes crianças. O problema é que o ciúmes e raiva de um espírito maligno é muito mais letal do que de uma ex-namorada.

O filme começa com um crime terrível. Jeffrey mata seu sócio e sua mulher e foge com suas duas filhas. No meio da fuga, seu carro derrapa e eles vão parar no final de uma encosta. O trio sobrevive e acabam se refugiando dentro de uma casa abandonada. Na casa, Jeffrey entra em desespero com tudo que aconteceu e resolve matar suas filhas também, mas é impedido por um espírito que vivia dentro da casa.

Após o sumiço da família, Lucas (Nikolaj Coster-Waldau), irmão de Jeffrey, começa a financiar expedições de busca para encontrá-los. Depois de cinco anos, as duas meninas são encontradas em estado pré-histórico e são transferidas para um hospital psiquiátrico onde são tratadas pelo doutor Gerald Dreyfuss.


Lucas e sua namorada, Annabel (Jessica Chastain), com a ajuda do Dr. Dreyfuss, ganham na justiça o direito de ficar com as duas meninas e mudam-se para uma casa onde o tratamento poderá continuar. O problema é que alguém também vai com elas. A nova “Mama” das crianças não demora para mostrar seu extinto maternal e ataca Lucas, o deixando em coma. Annabel se vê sozinha com crianças que ela não queria cuidar e com situações estranhas acontecendo. Só que para ajudar as crianças e ela mesma, Annabel também terá que desenvolver o seu lado maternal.


Mais uma vez os espíritos mostram sentimentos que eram poucos aproveitados nas histórias de terror. Seus novos caminhos viram reflexos de sua vida passada, criando rumos que só levam a dor e sofrimento. Mama é um filme de fantasma que deixa claro desde os primeiros cinco minutos que esta será a pegada do filme inteiro. Sustos ou medo? Nenhum, vale a pena como um conto de terror para criançinhas.       

sexta-feira, 26 de abril de 2013

A Entidade



Eu acho muito importante a atualização profissional. Conhecer novas tecnologias e saber usá-las a seu favor é um grande passo para o sucesso. O legal é que essa regra serve tanto para os vivos quanto para entidades milenares assassinas. As cabeçinhas pensantes dos roteiristas hollywoodianos podem ter exagerado um pouco em A Entidade, mas dentre as últimas opções de filmes de terror, este é o que chega mais perto de assustar um pouquito.

O filme começa com o escritor Ellison Oswalt (Ethan Hamke) mudando-se, com sua mulher e dois filhos, para uma cidadezinha do interior dos EUA para escrever um livro sobre uma família assassinada, com exceção da filha pequena que está desaparecida. O que Oswalt não contou para seus parentes queridos, é que eles se mudaram justamente para a casa onde aconteceram os terríveis crimes.


Empenhado na investigação, para não dizer obcecado, o escritor esquece de considerar uma regra básica dos espíritos maus, a casa onde ocorre as tragédias são sempre mau assombradas. Ele encontra, estranhamente, vídeos caseiros de outras famílias sendo mortas. O mais sinistro, é a figura demoníaca que ele vê em todos os filmes. Oswalt percebe então que algo sobrenatural está relacionado as mortes, ou ele está ficando paranóico e deixando sua imaginação guiar os seus pensamentos (esse tipo de questionamento também está presente em vários filmes de terror).


Obviamente, boa coisa que não sairia com a ideia brilhante de morar numa casa onde ocorreram mortes estranhas e sem solução. Mesmo assim, eu mantenho a minha opinião que este filme pode causar um medinho, o que o qualifica a ser assistido após a meia noite sem correr o risco de ficar decepcionado com a experiência.

domingo, 21 de abril de 2013

Meu Pé de Laranja Lima


Hoje em dia, muitos parentes meus dizem que eu era uma criança comportada, que era só ligar a televisão que eu ficava lá brincando quieto com os meus bonecos e minhas armas. A verdade é que ninguém via o que realmente acontecia. Desde o momento que eu acordava, até a hora de dormir, eu vivia em vários mundos diferentes e, embarcava em histórias fantásticas onde eu era sempre o herói imbatível. Mesmo quando eu apanhava bastante de uma legião de ninjas assassinos ou enfrentava o Predador eu bolava um jeito de sair vencedor, sempre graças ao meu poder imbatível chamado imaginação. 

Felizmente eu tive uma ótima infância e nunca precisei usar a minha imaginação como forma de escapar de uma realidade triste. Meu Pé de Laranja Lima mostra justamente este tipo de válvula de escape. Este clássico literário brasileiro toma mais uma vez forma nas telonas para emocionar e derramar lágrimas.

A história de José Mauro de Vasconcelos mostra a vida do menino Zezé. Com seu pai desempregado e sua mãe trabalhando longe de casa, sua família tenta sobreviver com o básico. Mesmo injuriado pela falta de dinheiro, Zezé usa sua imaginação para levar uma vida normal no sentido das traquinagens, o problema é quando seu pai descobre as coisas que ele apronta e mete a porrada literalmente no garoto.


Quando são obrigados a mudar de casa, o jovem mancebo adota um pequeno pé de laranja lima e finge que ele é um amigo/confidente. Zezé conta todas as suas histórias para seu companheiro invisível e aproveita para viver novas aventuras com o mesmo. Paralelamente, ele acaba conhecendo Portuga (José de Abreu), um português solitário de família, cheio de bondade em seu coração, que tenta levar alguma alegria para a vida do pequeno garoto.


Na minha infância eu sempre fui bastante incentivado pela minha mãe a ler bastante. Livros e gibis brotam na minha casa como ervas daninha. Mesmo tendo mais de 200 livros e 3000 quadrinhos eu nunca li este livro. Conhecia a existência do mesmo, mas não sabia que a história era tão verdadeira. É inacreditável o número de livros e histórias que existem publicadas. Uma vida não seria suficiente para ler tudo. Finalizando sobre o filme...ele é bastante emocionante e vale a pena ser conferido. Ponto para o cinema nacional.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

The Call


* Tia Alice 

Que tal um pouco de adrenalina?

Tia Alice adora assistir blockbusters bem feitos que ativam a adrenalina.  Por isso, deixei o tricô de lado, os filmes europeus e fui assistir “Chamada de Emergência” (The Call). O filme é um prato cheio para mergulhar no universo barra pesada do 911, a “colmeia”, no qual cada telefonema traz frequentemente um pedido de socorro.


A protagonista Halle Berry, atendente do 911, cercada por colegas simpáticos e uma chefe durona, além de um namorado policial compreensivo e bonitão, te conduz com mestria pela trama. Aliás, ninguém como Berry consegue ser tão bonita e feia ao mesmo tempo, tão especial e comum, tão personagem. É claro que ela conta com a ajuda do diretor Brad Anderson e do roteirista Rich D´Ovidio para te fazer dar alguns pulos na cadeira e torcer pelo final feliz do sequestro de uma mocinha, que em alguns momentos, parece impossível. Afinal, o vilão da história lembra coleguinhas psicopatas de outros filmes. E um psicopata no enredo acelera a adrenalina de qualquer um. Tia Alice se surpreendeu com o final e claro que não vai estragar tudo aqui contando. Está feito! (assista o filme e você vai entender ...) 

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Oblivion



Os filmes de ficção científica quase sempre trabalham com situações utópicas. Por este motivo, as vezes fica difícil entrar na história e acreditar em todos os absurdos ali expostos. Talvez eu devesse abandonar as críticas deste tipo de filme e retomar somente no futuro, quando algumas dessas coisas já terão acontecido. Só espero que não aconteça uma guerra contra alienígenas...isso estragaria as minhas sessões da meia noite no cinema.

Oblivion nos apresenta um planeta Terra destruído após uma invasão alienígena. Mesmo vitoriosos, os humanos são obrigados a abandonar o planeta devido à radiação das bombas nucleares e da mãe natureza que, em sua fúria, desencadeou vários desastres naturais. Enquanto a grande parte dos humanos se muda para Titã, uma das luas de Saturno, outros estão ajudando na remoção de nosso bem mais precioso, a água. 

Jack Harper (Tom Cruise) e Victoria (Andrea Riseborough) são os responsáveis em vigiar todo o processo de retirada da água, isso envolve consertar robôs de segurança e enfrentar saqueadores alienígenas. A vidinha dos dois ia bem, até Jack começa a ter estranhos sonhos com uma mulher que ele não lembra quem é.


Num certo dia, uma pequena nave caí na Terra e Jack vai investigar. Assim que ele chega ao local, ele descobre vários humanos em estado de sono, em especial ele vê a mulher de seus sonhos, mas para a sua dupla surpresa, os robôs de segurança começam a matar um por um. Depois de impedir a matança, Jack descobre que a mulher se chama Júlia Rusakova (Olga Kurylenko). No meio de tantas dúvidas, os são capturados pelos saqueadores, mas as perguntas aumentam mais ainda quando eles descobrem que seus captores são humanos disfarçados de alienígenas e lutam pela liberdade do nosso crazy planeta.


Pode ser no passado, presente ou futuro, as informações sempre são manipuladas. Elas podem começar guerras e até mesmo terminá-las. Oblivion desde o começa dá brecha para percebermos que tem alguma coisa errada na história, só não dava para ver que castelo de areia seria tão grande. No final das contas ele se torna um filme médio, que se fosse mais curto e com mais ação teria um impacto mais positivo na minha humilde opinião.   

domingo, 14 de abril de 2013

Gi Joe Retaliação



Existem filmes que só tem a finalidade do divertimento. Não precisamos pensar, meditar ou ficar remoendo o nosso papel no mundo. O lance é ficar acomodado na cadeira, relaxar e deixar que o filme “fútil” faça a sua magia. Só que para essa tática ser bem sucedida, você não pode criar expectativas para o filme, basta entender que ele está aí para te distrair positivamente nas quase duas horas de duração.

Gi Joe Retaliação é a sequência de A Origem de Cobra. Este segundo filme continua exatamente de onde o primeiro parou. Para quem não lembra, os Cobras trocaram o presidente dos EUA pelo seu agente perito em disfarces, Zartan, e planejam um golpe para dominarem o mundo. Apesar de muitos dos Comandos em Ação do primeiro filme não voltarem, a equipe continua muito letal com as adições de RoadBlock (The Rock), Flint (DJ Cotrona) e Lady Jane (Adrienne Palicki).
Os Cobras resolvem colocar o seu plano em ação e começam acusando os GI. Joes de traição após uma missão no oriente médio. A maioria dos Joes são mortos ou viram foragidos, o que deixa o caminho aberto para o Comandante Cobra ser solto de seu cárcere. Nessa situação de desespero, só uma pessoa poderia ajudar o time do bem....John McClane.. ops Joe (Bruce Willis) se junta aos heróis remanescentes e declara guerra ao falso presidente e toda sua organização do mal.
O filme é isso, uma trama fraquinha que privilegia muitos tiros e explosões com várias piadinhas embutidas. Nem mesmo a reviravolta na vida de Storm Shadow chega a surpreender, quem conhece a história dos gibis e dos bonecos sabia que isso ia acontecer. Já aviso que um terceiro filme acontecerá, diferente da linha de brinquedos, os filmes continuam dando muito lucro e incentivando novos filmes para a franquia.