domingo, 21 de abril de 2013

Meu Pé de Laranja Lima


Hoje em dia, muitos parentes meus dizem que eu era uma criança comportada, que era só ligar a televisão que eu ficava lá brincando quieto com os meus bonecos e minhas armas. A verdade é que ninguém via o que realmente acontecia. Desde o momento que eu acordava, até a hora de dormir, eu vivia em vários mundos diferentes e, embarcava em histórias fantásticas onde eu era sempre o herói imbatível. Mesmo quando eu apanhava bastante de uma legião de ninjas assassinos ou enfrentava o Predador eu bolava um jeito de sair vencedor, sempre graças ao meu poder imbatível chamado imaginação. 

Felizmente eu tive uma ótima infância e nunca precisei usar a minha imaginação como forma de escapar de uma realidade triste. Meu Pé de Laranja Lima mostra justamente este tipo de válvula de escape. Este clássico literário brasileiro toma mais uma vez forma nas telonas para emocionar e derramar lágrimas.

A história de José Mauro de Vasconcelos mostra a vida do menino Zezé. Com seu pai desempregado e sua mãe trabalhando longe de casa, sua família tenta sobreviver com o básico. Mesmo injuriado pela falta de dinheiro, Zezé usa sua imaginação para levar uma vida normal no sentido das traquinagens, o problema é quando seu pai descobre as coisas que ele apronta e mete a porrada literalmente no garoto.


Quando são obrigados a mudar de casa, o jovem mancebo adota um pequeno pé de laranja lima e finge que ele é um amigo/confidente. Zezé conta todas as suas histórias para seu companheiro invisível e aproveita para viver novas aventuras com o mesmo. Paralelamente, ele acaba conhecendo Portuga (José de Abreu), um português solitário de família, cheio de bondade em seu coração, que tenta levar alguma alegria para a vida do pequeno garoto.


Na minha infância eu sempre fui bastante incentivado pela minha mãe a ler bastante. Livros e gibis brotam na minha casa como ervas daninha. Mesmo tendo mais de 200 livros e 3000 quadrinhos eu nunca li este livro. Conhecia a existência do mesmo, mas não sabia que a história era tão verdadeira. É inacreditável o número de livros e histórias que existem publicadas. Uma vida não seria suficiente para ler tudo. Finalizando sobre o filme...ele é bastante emocionante e vale a pena ser conferido. Ponto para o cinema nacional.

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