terça-feira, 17 de dezembro de 2019

A Vida em Si

Sabe aquele filme que você começa assistir sem pretensão nenhuma? Assim foi que comecei assistir A vida em si, um drama americano de 2018 escrito e dirigido por Dan Fogelman.

Numa sexta-feira a noite zapeando pelo Amazon, estava na lista de melhores filmes, mas isso não quer dizer muita coisa desde que "Roma" conquistou indicação a melhor filme no Oscar 2019. Havia acabado de chegar em São Paulo, na ponte aérea que eu e meu par romântico (vou colocar dessa forma, pois não gosto de rótulos de relacionamento) vivemos fazendo, mas confesso que minhas idas à São Paulo são mais escassas que as vindas dele para Joinville.

Vale reforçar que nossos gostos cinematográficos não são muito parecidos e na maioria das vezes levamos várias horas para decidir um filme somente para dormir nos 10 primeiros minutos, mas não foi assim dessa vez.  Escolhemos o filme em 2 minutos e ficamos ligados na tela até o final.
Apesar de ser uma história romântica que nem sempre agrada principalmente os expectadores do sexo masculino essa história começa de uma forma inusitada com uma narrativa cômica que chega a ser um pouco cansativa e até dá vontade de parar de assistir, mas então um trágico acidente acontece e você é transportado para dentro da história.

A primeira história começa com um jovem casal em Nova York que espera a chegada da filha, mas tem o relacionamento interrompido de forma trágica e segue entrelaçando com a vida de outras três gerações mas todas ligadas por um único evento. Dentre as narrativas podemos viajar pelo tempo e os vários tipo de relações e amor.

A grande mensagem do filme é a continuação das gerações, o filme mostra que não começamos do zero como uma folha em branco, já trazemos histórias e experiências enraizadas em nosso DNA pela trajetória de nossos antepassados, e também reforça que a história não acaba em nós. Esse é o tipo de filme que acaba, mas que te deixa pensando como seria minha vida se eu não tivesse feito aquela primeira viagem para São Paulo?

domingo, 17 de novembro de 2019

Bacurau


Queridos leitores, desculpe por demorar tanto para escrever mas preciso desabafar e confessar algumas coisas. Estou sendo julgado. Escuto cochichos, sinto olhares incriminadores e grupos de whatsapp estão sendo criados sem a minha presença (que bom!). Tudo isso é reflexo da minha opinião sincera sobre Bacurau.

Como não gosto de enrolar, já aviso que não achei fantástico o filme. Se quiser abandonar a leitura, fique à vontade. Caso contrário, siga nas próximas linhas para saber a minha humilde opinião... Ainda aí? Obrigado. Vou falar um pouco sobre a história de uma forma bem neutra e depois faço uma análise mais estruturada de um parágrafo. Afinal, ninguém mais tem tempo para ler tanta coisa. Seguimos, meus amigos.

A pequena cidade do nordeste brasileiro, Bacurau, sofre com a falta de água e com a morte de uma de suas habitantes mais ilustres, Dona Carmelita. Para o seu velório, familiares e conhecidos prestam homenagens, derramam lágrimas e fazem outras coisitas a mais.


Cada cidadão do pacato lugar é um personagem singular. Caricato e bem brasileiros – você consegue reconhecer vários do mundo real -  cada um tem sua participação bem notada na telona. Porém, a vida deles começa a se alterar quando recebem a visita de pessoas da cidade grande.

Esse fato desencadeia uma série de acontecimentos bizarros e violentos. Violência, que acaba virando banalidade a cada segundo que o desenrolar da trama acontece e todos os seus porquês absurdos são revelados.  


Quando eu falei acima dos personagens, estava falando sério. Todos dão o seu charme ao filme e mostram que nenhum é simplesmente a árvore na peça do teatro. Agora, o que me fez não gostar muito do foi a sensação que eu tive após o final. Foi a mesma coisa que eu senti ao ver O Albergue (somente o primeiro) ou a Viagem Maldita (remake). Sim. Por detrás de toda essa caracterização e cuidados com os personagens se esconde um tremendo roteiro de filme b de terror. Desculpe, mas eu fui criado vendo todos esses filmes ruins na minha infância e adolescência. Reconheço de longe. Por sinal, esse blog foi criado para falar sobre esses filmes. Bem-vindo Bacurau.       

sexta-feira, 26 de abril de 2019

Capitã Marvel

Bem-vindo aos loucos anos 90. Quando Jovem Igor Taborda era ainda mais jovem. Fliperama era o lugar mais perigoso que o adolescente de classe média frequentava. E nos carros havia uma espécie de Spotify conhecida como rádio. Entre belas canções do Nirvana e do Michael Jackson, o quinteto das Spice Girls cantava sobre o poder das mulheres que não se sentiam reprimidas para falar sobre o que bem entendessem.

Sentiu uma pontada de nostalgia? Então porque vinte anos depois, o primeiro filme da Marvel com uma protagonista mulher incomodou tanto?

Carol Denvers é a super-heroína mais poderosa do Universo Cinematográfico Marvel. O problema é que ela ainda não sabe disso. Reduzida a um fragmento de si mesma e rebatizada como Vers (em uma metáfora nada sutil), ela tem a chance de se reconectar com toda sua identidade.

Capitã Marvel é um filme sobre descoberta e crescimento. Uma divertida jornada sobre superação e o que nos torna especiais. Verdade: também uma narrativa cheio de soluções fáceis e bobeiras, como deveriam ser todos os derivados de gibi.

Vale destacar a decisão de não ter um par romântico para a protagonista, algo raro nas superproduções. É como se existisse uma versão de Lua de Cristal, só que sem Sergio Mallandro no cavalo branco. Ou como diria o pensador Alexandre Magno, o Chorão, quem disse que elas precisam de nós?

O filme, claro, gerou uma onde de críticas. Mas a lição aqui: vai fundo e sinto muito para quem não gostou. Aposto que o Jovem Igor Taborda alugaria esse filme na Blockbuster durante os loucos anos 90.






terça-feira, 2 de abril de 2019

A História sem Fim


1984 foi um ano brilhante. Não só pelo meu nascimento, mas pelo lançamento do filme em questão que está sendo um debate entre integrantes do grupo de mídia MDZ. Filmes tem o dever de entreter. Essa é a premissa básica. Para o filme ser além de bom, aí necessita de impressões particulares de cada espectador. Seja educando, emocionando, trazendo surpresas, seja lá o motivo de cada ser humano.

Comigo a lembrança da História sem Fim sempre foi boa. O filme representa tantas coisas que acontecem na infância, sejam sentimentos ou coisas que vemos ao nosso redor enquanto o mundo continua a rodar e rodar que eu nem tenho capacidade intelectual para escrever sobre isso. A fantasia e imaginação, tanto debatidas no filme, são aliadas poderosas durante todas as fases das nossas vidas. Os lugares aonde somos mais estimulados a usar essas “ferramentas” de um jeito bom são filmes e livros. E, na minha opinião, História sem Fim consegue atingir com maestria isso e, por isso, será o primeiro filme a ter duas resenhas neste humilde blog (para ler o primeiro, clique aqui).


O filme acompanha a história de Bastian, um piá novinho, que perdeu recentemente a sua mãe. Fugindo de uns garotos chatos, que o importunam no caminho para o colégio, ele acaba se escondendo numa livraria aonde encontra o livro “A História sem Fim”. O menino começa a ler o livro no sótão da escola e imediatamente somos transportados para a terra da Fantasia.


Naquela terra mágica, descobrimos que o nada está destruindo o mundo e que a princesa que cuida de todos está doente. Seus habitantes, mesmo com medo e receosos, escolhem um jovem guerreiro índio, Atreyu, para descobrir como curar a princesa.



Assim como Bastian, somos levados numa aventura por lugares que poderiam habitar facilmente qualquer fábula ou conto infantil que escutamos em LPs de historinhas ou lemos em livros e gibis. A narrativa fantasiosa tem um porque essencial para o menino Bastian, mas atinge os espectadores de forma tão importante quanto para ele. Afinal, todas as vidas necessitam de imaginação, sonhos e coisas boas para valerem a pena. 


terça-feira, 26 de março de 2019

Creed 2

No córner vermelho, com calção listrado, o atual campeão e defensor do título Adoooonis Creed. No córner azul o desafiante, o brutamontes russo Draaaago. Todos conhecem as regras, certo? Toquem as luvas.

Quando o assunto é a franquia Rocky a regras são sangue, suor e superação de limites. É quando os universos do cinema e da musculação se encontram. E por isso talvez o único tema de uma reunião no bar juntando gigantes como Kléber Bambam e Rubens Ewald Filho.

Prestes a iniciar a própria família, Adonis precisa superar um fantasma paterno para poder seguir em frente: Ivan Drago e o filho boxeador, Viktor. Três anos depois do primeiro filme, Creed2 volta a apostar na parceria entre Adonis e Rocky Balboa para vencer os desafios que o ringue e a vida impõem.

Com o personagem de Dolph Lundgren envolvido, claro, vem à lembrança Rocky 4, um dos mais cultuados da franquia. Mas o segundo round de Creed vai além e abraça de vez elementos antigos com direito a participação de um personagem quase esquecido já na contagem final do filme.

Na sequência meu ranking de melhores filmes da franquia:

Rocky 1
Rocky 4
Creed
Rocky 2
Creed 2
Rocky 3
Rocky 5
Rocky Balboa