domingo, 31 de janeiro de 2010

Invictus

Mandiba e o rugby
Por Tia Alice

Graças ao pessoal do site Omelete e suas promoções incríveis, com direito a pipoca e Coca-cola, fui assistir à pré-estréia de Invictus no Cinemark do Eldorado. Clint Eastwood na direção e Morgan Freeman (também produtor executivo) no papel do líder sul-africano Nelson Mandela? Categoria: imperdível. Afinal, sou fá de carteirinha de ambos.

Morgan tem aquela voz “me conta que eu acredito” - perfeita para narrações - e um currículo de atuações excelentes, como o papel do presidiário Red em Um sonho de liberdade.

Depois de décadas como ator em filmes policiais e até em bang-bangs, Clint tornou-se um diretor e tanto. Os dois já tinham feito uma bela parceria em Menina de ouro. Se bobear, são compadres.
África do Sul e rugby. Basicamente essa é a dobradinha apresentada pelo filme. Se eu já conhecia a história de Mandela, o primeiro presidente negro da África do Sul, que passou 28 anos na prisão, não fazia ideia de que o tal esporte ajudou a diminuir a separação entre negros e brancos, após a política segregacionista (nojenta) do apartheid.

Matt Dammon no papel de François Pienaar, capitão do Springbok, time de rugby sul-africano, manda bem. Enquanto seu papi faz piadinhas sobre negros e teme pelo futuro do país, Pienaar compreende o propósito de Mandela de transformar a África do Sul numa nação multiracial.

Se o viés é o rugby, Mandela no poder, como presidente recém-eleito, é a atração principal. A sabedoria, a força em insistir no perdão para conciliação nacional e sua humanidade são facetas reveladas pelo enredo.

Quem gosta de rugby vai se deliciar com as cenas dos jogos em campo. Quem, como eu, não entende nada do assunto, vai continuar não entendendo muito as regras do esporte, mas, daqui para frente, vai saber diferenciá-lo do beisebol.

As maiores emoções do filme estão na partida final Springbok x All Blacks, time da Nova Zelândia, na Copa Mundial de Rugby, com direito à haka (dança maori) e uma cena empolgante que eu não vou contar para não estragar a surpresa.

Clint Eastwood fez um filme tradicional, didático até. Afinal, Nelson Mandela é um bom exemplo para toda a humanidade, com ou sem rugby. Vá assistir e descubra o que significa “mandiba”.

Saudações cinéfilas

Um comentário:

  1. Mumis é outro nível ein.. vê se aprende, igor! rs

    beijo. Bela análise.

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