De qualquer forma, isso não consegue estragar a grandeza de Alice que, sim, é um filme baseado em uma istória infantil, mas tem lá suas controvérsias. Além da Helena Bohan-Carter e Johnny Depp, o filme anda conta com a atuação graciosa da Anne Hathaway que gesticula como uma princesa e flutua como uma fada.
O ponto alto do filme - talvez não para todos - é que não se trata de uma transposição da história do livro para o cinema. Os criadores foram felizes em juntar "No País das Maravilhas" e "Através do Espelho" e criar uma história nova. Com pérolas existencias do tipo "Seja você mesma, Alice. Não tente agradar os outros. Porque quando você for enfrentar aquela criatura, você estará sozinha" e "E se o adequado fosse vestir um chapéu de bacalhau, você vestiria?". (As falas não são exatamente essas, é óbvio que eu não decorei!)
Sem contar que o desajuste e demêmcia de certos personagens tornam o clássico muito mais atrativo para os adultos, fazendo com que a história se encaixe melhor também nessas interpretações lisérgicas que apareceram com o tempo. Os efeitos são mesmo uma viagem de ácido a parte, mas que já foram comentados demais. Ainda assim, talvez um pouco menos de computação e uma luz um pouco mais baixa fariam Tim Burton e o público mais felizes.
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