domingo, 16 de maio de 2010

Alice no País das Maravilhas

Olhando pode nem parecer muito um filme do Tim Burton, mas é a loucura dos personagens que entrega Alice. O diretor comentou em entrevista à revista Época o quão incomodo era fazer um filme praticamente todo com um fundo verde. Não, ele não queria aquele show de efeitos desnecessários. Realmene, por Deus, pra que aumentar a cabeça da Helena Bohan-Carter e esbugalhar os olhos do Johnny Depp?

De qualquer forma, isso não consegue estragar a grandeza de Alice que, sim, é um filme baseado em uma istória infantil, mas tem lá suas controvérsias. Além da Helena Bohan-Carter e Johnny Depp, o filme anda conta com a atuação graciosa da Anne Hathaway que gesticula como uma princesa e flutua como uma fada.

O ponto alto do filme - talvez não para todos - é que não se trata de uma transposição da história do livro para o cinema. Os criadores foram felizes em juntar "No País das Maravilhas" e "Através do Espelho" e criar uma história nova. Com pérolas existencias do tipo "Seja você mesma, Alice. Não tente agradar os outros. Porque quando você for enfrentar aquela criatura, você estará sozinha" e "E se o adequado fosse vestir um chapéu de bacalhau, você vestiria?". (As falas não são exatamente essas, é óbvio que eu não decorei!)

Sem contar que o desajuste e demêmcia de certos personagens tornam o clássico muito mais atrativo para os adultos, fazendo com que a história se encaixe melhor também nessas interpretações lisérgicas que apareceram com o tempo. Os efeitos são mesmo uma viagem de ácido a parte, mas que já foram comentados demais. Ainda assim, talvez um pouco menos de computação e uma luz um pouco mais baixa fariam Tim Burton e o público mais felizes.

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