À Prova de Morte faz parte do projeto GrindHouse de Tarantino e Robert Rodrigues onde os cineastas prestam suas homenagens aos filmes classe c das décadas de 60 e 70. A sinopse desse filme é realmente trash... Um dublê de filmes antigos de corrida usa seu carro para matar lindas moças, porém após mais um de seus ataques ele próprio se tornará um alvo de um grupo de garotas.
Os duelos são marcantes no filme; existem os duelos entre os sexos (homem x mulher), duelo do antigo versus o novo, duelos de palavras e é claro o duelo final entre o bem e o mal. A veia criativa de Tarantino está mais do que nunca a mil por hora, todos os personagens se encaixam profundamente com os respectivos atores. Kurt Russel, herói de filmes da década de 80, é o escolhido para encarnar o psicopata Stuntman Mike, que na história também é de uma Hollywood mais antiga. As personagens femininas são um capítulo à parte, na primeira hora do filme somos atingidos por garotas estonteantes que nos brindam com sua beleza e diálogos rápidos e reais, isso sem contar a dança de colo que uma delas faz....
Após esta primeira hora do filme, onde somos apresentados tão demoradamente a esta garotas, o diretor acelera o filme e mata todas num só golpe, ou melhor, StuntMan Mike faz o serviço... Tarantino então traz um novo grupo de garotas que estão muito mais preparadas para enfrentar o psicopata no melhor estilo dos dublês.
Não tem como você assistir À Prova de Morte e não enxergar pelo menos uma das milhares características de Tarantino. Os diálogos estão calibrados como sempre, os personagens singulares estão mais do que nunca presentes e tudo dosado com bastante violência. A cada novo projeto o diretor presta as suas homenagens, realiza suas vontades e idéias que ele criou enquanto trabalhava numa vídeo-locadora em Manhattan Beach, mas quem ganha mesmo é o público, qual outro diretor nos proporcionaria um filme com uma linguagem tão atual sendo um homenagem aos filmes antigos?
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