sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Garotos Perdidos 3 - A Sede

Infelizmente eu tenho um lado insaciável que não resiste a continuações de antigos sucessos, não pensei duas vezes quando vi na livraria cultura esta seqüencia, mesmo sabendo que ressuscitar a magia do primeiro filme é praticamente uma missão impossível, principalmente quando não se tem dinheiro ou pessoas talentosas por trás dos novos projetos. Mas quem disse que eu estou reclamando? Quem está na chuva é para se molhar. Afinal de contas, basta você pegar o DVD em mãos para perceber que mais uma bomba cinematográfica foi feita.

Edgar Frog (Corey Feldman) mora agora numa cidade chamada San Cazador, localizada na Califórnia. Seu irmão e companheiro de aventuras também mora lá, o pequeno problema é que agora ele é um vampiro e os dois não se dão bem por causa deste pequeno detalhe.... Bem num péssimo momento financeiro, Edgar recebe uma visita de uma renomada escritora de literatura gótica que deseja a ajuda dele para salvar o seu irmão mais novo das garras de vampiros baladeiros. Ele reluta a se envolver no caso e só aceita quando a escritora diz ter provas suficientes de que foi o primeiro vampiro da humanidade que capturou o seu irmão, e como de regra, se você matar ele, todos os outros voltam ao normal.

Não é surpresa para ninguém que o mercado de DVDs é muito lucrável nos EUA. Então não é surpresa que os produtores deste filme tentem ressuscitar a séria acrescentando novos personagens e novos tipos de vilões...ou seja, virou um crepúsculo com menos homens sem camisa e sem mulheres tontas e indecisas.

Destaques da semana (21/11 - 28/11)


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Zelda - Zumbi

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Jogos Mortais – O Final

Qual é o verdadeiro objetivo de Jogos Mortais? Inventar mortes e mais mortes terríveis para que o espectador fique perplexo? Não!!! O verdadeiro objetivo eu descobri após o quinto ou quarto filme da série, ou quem sabe até mesmo no terceiro...o grande objetivo é tentar fazer uma seqüência pior que a outra e sempre enganando, digo enganar porque novamente o filme termina com abertura para mais continuações e nada dos bonzinhos vencerem, todo filme é a mesma coisa; um jogo grande para algum zezão se arrepender dos erros, um monte de mortes ligadas a este zezão e um final onde o malvado sempre se sobressaí..

O zezão da vez é Dagen (Sean Patrick Flanery), um sobrevivente de antigas armadilhas de Jigsaw que usa sua experiência para ser um tipo de guru da auto-ajuda. O problema é que ele é uma farsa, é tudo historinha para ganhar dinheiro, é claro que com isto ele e sua trupe de enganadores se tornam as próximas vítimas do atual JigSaw, o policial Hoffman. Paralelamente a este jogo, Hoffman embarca na sua vingança contra a ex-esposa do verdadeiro Jigsaw, o que ele não sabe é que mexer com a mulher do jigsaw é mexer com todos os jigsaw....

Curiosidade é foda, mesmo com todas estas continuações péssimas eu continuo assistindo Jogos Mortais no cinema, não gostaria de usar o clichê “Esperança é a última que morre”, mas bem que é verdade, quem sabe o próximo filme será o último mesmo, quem sabe a lenda que eu ouvi que Tobin Bell assinou contrato para 10 filmes seja mentira, quem sabe....

Destaques da semana (07/11 - 14/11)

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domingo, 14 de novembro de 2010

Clube da Luta


Clube da Luta é um caso raro de filme que ultrapassa as montanhas de Holywood e se instala no cérebro das pessoas como uma doença. Por um bom tempo, ele fica lá martelando e fazendo parte das suas ideias. Um filme onde os galãs não são bonitinhos, a mocinha não é exatamente um sonho de mulher e a história é, na realidade, um soco na cara do conformismo.

Um protagonista, que sequer tem um nome, faz de tudo por uma boa noite de sono, por isso começa a frequentar grupos de apoio (pessoas com câncer no testículo, filhos de encesto, etc..) e encontra na dor dos outros a solução para os seus problemas. Isso até ele encontrar uma farsante, que acaba roubando o sossego que os grupos lhe ofereciam. Desaminado, acaba fazendo amizade com um cara que expõe toda a futulidade que é sua vida. Os dois montam, então, uma pequena sociedade secreta onde todos se batem e, junto com os socos, acabam encontrando um sentido para viver.

Lutar, no filme, é uma forma de exorcizar o capeta que tem dentro de cada um. Uma metáfora, claro. Na vida real, fazemos pior. E mesmo se não terminasse com Where is my mind, do Pixies, seria uma das melhores obras de David Fincher.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Red – Aposentados e Perigosos

Meu avô paterno me lembrava muito o filme Peixe Grande, eu era um dos poucos da minha família que sentava e ficava ouvindo por horas e horas os causos incríveis que ele contava. Uma vida de aposentado pode ser assim monótona e frustrante, principalmente depois de passar tantos anos vivendo aventuras e histórias dignas da família Gump. Em Red – Aposentados e Perigosos, o único adjetivo que não podemos usar é monótono. Esta adaptação cinematográfica dos quadrinhos da DC, que traz um elenco de primeira, mostra o quanto alguns aposentados treinados para matar podem ser letais e mortais.

Frank Moses (Bruce Willis) é um ex-agente da Cia aposentado que tenta levar uma vida normal, sua maior preocupação é conquistar o coração da atendente Sarah (Mary-Louise Parker) do INSS. Sem explicações ele recebe uma visita de um esquadrão de extermínio da Cia que tenta executá-lo. Após matar todos, ele captura Sarah para que ela não seja usada contra ele. Frank e Sarah serão então perseguidos pela CIA, obrigando Frank a recorrer a sua antiga equipe (Morgan Freeman, John Malkovich e Helen Mirren) para ajudá-lo e juntos descobrirem qual fato do passado deles está relacionado com toda esta violência.

Podemos definir este filme como uma comédia de tiro, ou melhor, muitos tiros. Os aposentados do filme mostrarão porque ainda estão vivos mesmo depois de tantos anos. Artimanhas e espertezas são armas mortíferas que misturadas com os talentos de Willis e Malkovich acertam em cheio os espectadores, transformando cada cena numa experiência divertida e deliciosa.


Obs: Valeu pessoal do Omelete! Mais uma pré-estréia

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Vidas em Jogo

Drama, mistério, suspense, intrigas e reviravoltas, palavras que misturadas com um elenco de primeira se encaixam perfeitamente para David Fincher. Vidas em Jogo é um filme curioso, até o último minuto acompanhamos o protagonista vivido por Michael Douglas num labirinto de estranhos acontecimentos e com um final inesperado e curioso.

Nicholas Van Orton (Michael Douglas) é um banqueiro bem-sucedido prestes a completar 48 anos de idade. Sem o amor de sua família ele teme que aconteça com ele o mesmo que aconteceu com seu pai; suicídio com exatos 48 anos. Porém o seu irmão doidinho (Sean Penn) tem uma idéia, ele dá de presente para Nicholas um cartão que ambiciosamente promete um jogo que irá mudar para sempre a vida do bancário. Após alguns testes ele é recusado e proibido de participar do “jogo”. Misteriosamente a vida de Nicholas começa a desmoronar após os testes, ele então desconfia da empresa e acha que é tudo um golpe, quanto mais ele investiga mais estranho e suspeito a história fica. Podendo confiar em poucas pessoas e com todas as incertezas ao seu redor, Nicholas terá que contar somente com ele mesmo para escapar deste labirinto de divertimentos perigosos.

Vidas em Jogo firma David Fincher como um contador de histórias surpreendentes, que junta quebra-cabeças para entreter o público através de grandes labirintos onde cada virada é uma surpresa. Tudo isto só faz com que a legião de fãs de David Fincher só aumente.


domingo, 7 de novembro de 2010

Atividade Paranormal 2

Para os fantasmas e demônios não existe nenhum copo que não possa ser mexido e nenhuma pessoa que não se assuste com histórias sobre eles. O terror proporcionado por estas criaturas em Atividade Paranormal 2 garante alguns sustos e momentos de apreensão. Os efeitos de câmeras não convencionais de cinema continuam tentando trazer o filme o mais perto da realidade, e assim, assustar mais ainda o espectador.

Atividade Paranormal 2 serve para entendermos o primeiro filme, ele conta a história de Dan e Kristi, um casal que acaba de ter um filho e que passa a presenciar alguns casos estranhos na sua própria casa. A ligação com o primeiro filme ocorre logo no início quando descobrimos que Kristi é irmã de Katie (a possuída do primeiro). Não demora muito para o público levar os primeiros sustos e perceber que o alvo da vez é o bebê, sem dó e piedade o pequeno fedelho recebe de madrugada sempre uma visitinha... O demônio não poupará nem humanos e nem animais para receber a sua parte da maldição...uhuhhuhu

Ficou mais do que óbvio que uma seqüencia seria feita após o sucesso do primeiro filme. Repetir o formato, trazer explicações e aumentar os sustos acabou não transformando o Atividade Paranormal 2 num exemplo de grande filme de terror, a verdade é que o suspense e o horror se encaixaram perfeitamente quando era novidade, na seqüencia o processo ficou meio repetitivo, para não dizer decepcionante.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Se7en



Se7n ("Seven - Os Sete Pecados Capitais"/1995), segundo filme de David Fincher foi com certeza a sua consagração. O diretor conseguiu imprimir de vez seu estilo perturbador em Hollywood, com o apoio de um elenco experiente e querido do público: Morgan Freeman, Brad Pitt, Gwyneth Paltrow e Kevin Spacey.

A história se passa em Los Angeles. Freeman é William Somerset, um detetive maduro, que já viu vários tipos de assassinatos em sua carreira. Pitt é o seu novo parceiro, detetive Mills, vindo do interior e casado com Gwyneth, no papel de Tracy. Juntos, eles tentam montar o quebra-cabeças dos assassinatos em série de um psicopata um tanto peculiar - como já adianta o título, ele se baseia nos sete pecados capitais para escolher e executar suas vítimas: gula, cobiça, preguiça, luxúria, vaidade, inveja e ira.



A dupla tenta exaustivamente entrar na mente do serial killer e descobrir seus próximos passos, sua origem. Talvez em outras mãos, um tema 'clichê' teria se perdido neste meio. Mas Fincher não perde a audiência - cria um ambiente pesado, com pouca luz, cenário sujo e deprimente. Artifícios que dão originalidade à trama e nos mantém colados no sofá

O final, que não vamos contar aqui, com Spacey revelado como o frio pscicopata, dá indícios da real matéria prima de Fincher para o cinema: a bestialidade da natureza humana, escancarando o que há de pior em nós em filmes que se seguem igualmente perturbadores.