Enterrado vivo é um suspense que se passa 100% dentro de um caixão e com somente um ator em cena, mas engana-se quem pensa que a claustrofobia é o grande tema deste filme, o grande medo é a iminente chegada da morte, a incapacidade de fazer algo para mudar a certeza de um destino cruel e fatal.
Paul Conroy (Ryan Reinolds) acorda amarrado dentro de um caixão com um celular e um isqueiro. A construção do histórico do personagem e da trama do filme começam a ser contadas a cada ligação que Paul faz ou recebe. Descobrimos que ele é um caminhoneiro no Iraque e que durante um transporte de cargas o seu comboio é atacado e ele seqüestrado. Enquanto uma equipe tenta localizar Paul, a trama aumenta a cada ligação que ele recebe do seu trabalho ou dos seqüestradores com exigências. O emaranhado de hipocrisia misturado com o psicológico somente leva Paul a acreditar que ninguém está fazendo nada para ajudá-lo e que a sua morte era algo já planejado.
Alfred Hitchcock foi o mestre de rechear os seus filmes de suspense com fobias. Eu não estou querendo comparar este filme a nenhum de Hitchcock, mas se alguém me perguntar se Enterrado vivo consegue ser um filme bom com somente um cenário e um ator eu vou ser enfático na resposta e dizer, sim.
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