sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Possessão


Assistir filme de terror no cinema é um barato. Reações e pessoas diferentes estão em cada poltrona. Sempre tem um casal apaixonado que fica abraçado o tempo todo, um cara estranho e solitário, algum idoso que pegou o primeiro filme que tinha na bilheteria, uma galerinha de jovens que fazem piada das cenas para esconder o medo e outros aturando toda essa cambada. Lógico que estou falando isso porque Possessão é uma boa oportunidade para vivenciar toda essa demonstração antropológica urbana.

Este filme é produzido por Sam Raimi. Esta frase por si só já deveria ser argumento suficiente para assistir ao filme. Sam é o criador da série Uma Noite Alucinante, uma das melhores franquias de terror já realizadas, e da trilogia Homem-Aranha, percussor do grande sucesso atual dos filmes de super-herói. Usei bons argumentos? Acho que sim, mas vamos à sinopse.

Clyde (Jeffrey Dean Morgan) é o pai de Hannah e Emily que acabou de separar de sua ex-mulher e resolveu morar numa casa nova afastada da cidade. Convencido pelas filhas, Clyde resolve parar num inocente bazar de fundo de garagem para comprar algumas bugigangas, o que ninguém sabia é que uma misteriosa caixa escolhida por Emily causaria tantos problemas.

Pelo título do filme o problema já pode ser adivinhado. A trama aqui é mais um caso de espírito querendo se apoderar de inocentes almas. A inovação fica desta vez com a origem judaica do encosto, um ser endiabrado que fará de tudo para completar sua passagem ao mundo dos vivos.

Para fechar o resumo segue uma pequena curiosidade. Sam Raimi convocou o rapper judeu Matisyahu para ser um dos mocinhos deste filme, admito que só suspeitei que era ele quando no meio de um exorcismo ele grita “Everybody put your hands up!”, provavelmente ele achou que estava no meio de um show. Enfim, só mais uma pequena e sutil inovação. Vale a pena conferir este filme! 

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Ato de Coragem


Há bem pouco tempo atrás, filmes inspiravam jogos de vídeo-game e computador. Em Ato de Coragem, acontece o inverso. Medal of Honor e Call of Dutty com certeza foram fontes inspiradoras para este filme de guerra. Meu conhecimento de táticas e armamentos militares cresce agora a cada filme e jogo zerado!

Para tentar transportar realidade ao filme e, usar como atrativo de marketing,os diretores Mike McCoy e Scott Waugh optaram por usar soldados de verdade para interpretarem os papéis principais, como eles só precisam atirar e realizar as rotinas de um militar, isso não se torna um problema.
A história do filme envolve o assunto predileto dos militares americanos, terrorismo. Tudo começa quando uma agente americana é sequestrada na Costa Rica. Uma equipe dos Seals (Força especial do exército americano) é enviada para liberta-la e acabam descobrindo um plano de ataques suicidas aos Estados Unidos. Uma mega operação “asap” usará as melhores táticas e tecnologias militares atuais para impedir este golpe contra o país da “liberdade”.
Usar soldados como atores e mostrar os melhores armamentos pode parecer uma doutrina americana ou uma forma de mostrar superioridade, só que não. Ato de Coragem é um filme sobre estratégia militar que preza por parecer um jogo de vídeo-game, achando que isto traria sucesso ao filme, só esqueceram de pensar que no cinema um filme não pode focar só em um público para fazer sucesso. Mas como eu faço parte dos que gostam deste tipo de filme, eu vou ter que deixar minha opinião positiva para o mesmo.   

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Poder Paranormal


Rodrigo Cortés é mais um diretor para ficarmos de olho. Depois do claustrofóbico Enterrado Vivo (2010) ele abriu portas para continuar sua carreira - que me parece ser muito promissora. Cortés nos apresenta agora Poder Paranormal, uma história que lida com dúvidas e superstições de uma forma linear cheia de reviravoltas, mas que mesmo assim consegue ter um final tão inesperado.

Assim como padre Quevedo e Mister M, Margaret Matheson (Sigourney Weaver)  e Tom Buckley (Cillian Murphy) também desvendam golpes espirituais. Os dois são professores universitários que dedicam suas carreiras a investigar fenômenos paranormais. Margaret torce para algum dia encontrar uma prova que exista vida após a morte, assim ela poderia desligar os aparelhos que mantem o seu filho vivendo, mesmo com o coma que ele se encontra.

A vida de descobrir charlatões ia muito bem para a dupla, até que Simon Silver (Robert De Niro) reaparece, após um período de 30 anos fora dos holofotes, para realizar suas últimas apresentações. No passado, mesmo com a cegueira, ele afirmava ter poderes psíquicos e, apesar das desconfianças, a Doutora Margaret nunca conseguiu desmascara-lo.
Paralelamente a chegada de Silver, Buckley começa a presenciar estranhos fenômenos, mas a doutora o proíbe de começar uma investigação em Silver. Contudo, os fatos estranhos continuam a acontecer e, infelizmente, a nobre doutora acaba falecendo. Abalado e desconfiado, Buckley esquece os conselhos de sua amiga e resolve investigar o misterioso Silver. Um labirinto com muitas armadilhas aguardará o jovem, onde o final surpreenderá todos os envolvidos, principalmente o espectador.
Cada dia que passa fica mais difícil encontrar um filme que tenha um final surpreendente e, quando encontro, faço questão de frisar esta informação. Muito bacana chegar ao final do filme e perceber que todas as minhas teorias que bolei durante o filme estavam erradas! Que os próximos filmes de Rodrigo Cortés sejam tão bons quanto Poder Paranormal e Enterrado Vivo.     

terça-feira, 13 de novembro de 2012

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Busca Implacável 2


Muitos filmes que fazem sucesso tentam repetir a mesma fórmula em suas continuações. Parecendo uma equação matemática, eles copiam o que deu certo e dão uma repaginada. Temos alguns bons exemplos que ilustram essa minha afirmação como Se Beber Não Case e Esqueceram de Mim *. Estes filmes não são ruins, mas dão a impressão que poderiam expandir seus personagens em outras histórias. Busca Implacável 2 é mais uma continuação que entra para esta seleta lista.

Produzido pelo famoso Luc Besson (O Profissional) o primeiro filme acabou sendo um sucesso inesperado. Além da grana alta, Busca Implacável nos apresentou Brian Mills (Liam Neeson), um agente aposentado da Cia que busca recuperar o tempo perdido com sua filha, ele só não contava que teria que livrá-la de sequestradores da Albânia.

Nesta sequência, Mills continua tentando ser um pai presente, mas ainda lida também com sequestradores albaneses. O filme passa-se na Turquia, onde Mills está trabalhando e sua filha e ex-mulher vão visitá-lo para tentarem ser novamente uma linda e feliz família. Quem não está feliz são os pais dos bandidos do primeiro filme, eles resolvem vingar-se de Mills e também de sua família, o famoso olho por olho e dente por dente.
A novidade neste filme é que o próprio personagem principal é seqüestrado. Porém isso não é um problema, descobrimos rapidamente que foi tudo parte de um estrategema e com suas habilidades Mills conseguirá salvar a pátria, mesmo acorrentado num porão numa casinha velha em Istambul. Acho que podemos definir Mills como um MacGyiver que usa arma de fogo.
Busca Implacável 2 é uma boa sequência. Mas como já anunciaram um terceiro filme, eu me reservo no direito de dar uma última e humilde opinião... espero que parem com este negócio de sequestradores albaneses, vamos mudar este roteiro, senão esta boa franquia corre o risco de ir para o lado escuro da força e se juntar na lista das péssimas continuações, liderada por Jogos Mortais, Pânico e Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado.


*MJ

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Dredd


Antes de tudo, esqueça a primeira adaptação cinematográfica de 1995 com Sylvester Stallone. Este é o verdadeiro Dredd dos quadrinhos, um policial do futuro que prende, julga, executa e, ainda por cima, mantém o visual ameaçador sem nunca mostrar o rosto por de trás da máscara.

A estética acaba tornando-se uma vertente muito contemplada neste filme, ela cria uma sensação futurista além de mostrar tiros e mortes de um jeito inovador, deixando a trama muito mais cruel e praticando a vontade da dama da justiça do jeito mais sangrento possível.  

O filme passa-se num futuro não muito distante, quando a população vive em grandes cidades superlotadas vigiadas somente pelos juízes. Dredd (Karl Urban) é o juiz mais barra pesada de Mega City – Um e, por isso, o mais indicado para avaliar a novata sensitiva Anderson (Olivia Thirlby) em seu primeiro dia de trabalho.
O que a dupla de juízes não esperava, é que uma de suas investigações os levariam ao complexo Peach Trees, comandado pela má elementa Ma-Ma.  A bandidona não fica nada contente quando descobre os dois fuçando no seu prédio e resolve matá-los, ela só não contava que isso seria praticamente impossível (frase manjada de fim de sinopse).    
O visual e o jeitão Dredd estão bem representados por Karl Urban. A história parece uma mistura do primeiro Duro de Matar com o excelente The Raid, algo como uma versão do futuro dos ataques em prédios. A justificativa para a câmera lenta é uma droga futurista, usada para desacelerar a percepção do tempo em 1segundo, uma boa desculpa, mas um tanto usada em excesso. No final das contas é um bom filme de ação, que não deixa um ar de decepção ao final. Até assistirei se tiver uma sequência. 

terça-feira, 6 de novembro de 2012