Tom Hanks é um ótimo ator, acho isso pouco discutível. Mas como diretor, ele não se arriscou muito até agora, tendo feito apenas The Wonders: O Sonho Não Acabou, de 1996. Em Larry Crowe, que acaba de estrear nos cinemas, Hanks mostra que pode dar conta do recado, desempenhando também o papel de protagonista do filme. Não espere por discussões existencialistas ou piadas inteligentes. Larry é um filme leve, uma comédia romântica do tipo açucarada e até descolada da realidade em diversos momentos, mas não deixa de ser deliciosa!
Vamos à história. Larry Crowne é um funcionário exemplar do UMart. Após servir 20 anos na Marinha, como cozinheiro, ele não fez faculdade e se casou. Morava feliz com a mulher em um bairro de subúrbio, daqueles com grama na frente e vizinhos que fazem feiras no jardim. Vivia o sonho americano. Até que ela o deixa, ele se endivida para comprar a metade da casa que era dela e passa os dias mudando suas tralhas (e são muitas!!) de lugar.
Tudo muda quando Larry perde o emprego. Sem destino, ele vai parar na faculdade comunitária, na aula da Sra Tanot (Julia Roberts, linda como nunca). E na aula de Economia do Dr Matsutani (George Takei, hilário), a doce Talia (Gugu Mbatha, boa aposta de Hollywood). Essas duas mulheres vão mudar completamente a relação de Larry com a sua vida - desde o feng shui em casa até a pólo para fora da calça.
Não vou contar aqui os detalhes porque o filme vale a pena ser visto. Julia está incrível como sempre, e tem uma química excelente com Hanks. Acho que só eles dois já fazem qualquer roteiro no mínimo interessante. Mas ainda sobre o roteiro, vi um nome que me disse muito sobre o filme: Nia Vardalos, a grega de Casamento Grego. Ela tem esse dom de te fazer desejar estar apaixonado e ver o melhor de todo o ser humano.
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