terça-feira, 9 de julho de 2013

Truque de Mestre




Se assistir a um show de mágica ao vivo já é quase impossível desvendar os truques, imagina no cinema onde o diretor faz de tudo para você enxergar somente o que ele quer. É exatamente isto que acontece em Truque de Mestre.  No filme não temos escapatória como telespectadores, servimos somente para sentar na cadeira e esperar o desenrolar da história porque é simplesmente impossível resolver os enigmas ou outros detalhes da trama.

Tudo começa com os mágicos Daniel Atlas (Jesse Eisenberg), Merritt McKinney (Woody Harrelson), Henley Reeves (Isla Fischer) e Jack Wilder (Dave Franco) recebendo um misterioso convite chamando-os para um encontro secreto. Um ano depois, eles são conhecidos como os Quatro Cavaleiros e realizam grandes shows financiados pelo milionário Arthur Tressler (Michael Caine).


Durante uma apresentação em Las Vegas, o quarteto elabora uma mágica mirabolante onde, em apenas 3 segundos, alguns milhões de um banco francês são transportados diretamente ao palco. O crime não passa batido e a polícia prende os mágicos e envia o detetive Dylan Rhodes (Mark Rufallo) para investigar o caso junto com a policial francesa Alma Dray (Mêlanie Laurent).

Sem evidências concretas, os ilusionistas conseguem a liberdade e partem para Nova Orleans para a realização de mais um show. Dylan e Alma vão ao encalço deles, mas são novamente surpreendidos pela esperteza do grupo que realizam um roubo para cima do próprio Tressler.


Sempre com vários passos atrás, os policiais tentam recorrer a Thaddeus Bradley (Morgan Freeman), uma espécie de Mister M que possui um programa de televisão onde desmascara outros mágicos. Além de relembrar as regras básicas do ilusionismo, surge a história do primeiro mágico desmascarado por Bradley e a certeza que tudo faz parte de um plano muito maior e impossível de ser adivinhado.

A sensação de impotência que os policiais sentem a cada ato, é a mesma que sentimos em cada cena do filme. Tratar o telespectador como mais um ingresso vendido pode não ser uma das melhores táticas. Do mesmo jeito que somos cativados com a mágica bem feita, um filme bem elaborado pode exercer o mesmo efeito.

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