domingo, 8 de março de 2009

Cemitério Maldito


Já cantava o sábio poeta Joey Ramone em Pet Sematary que não queria ser enterrado no cemitério de animais, para não ter de viver sua vida de novo – ou como dizem em inglês, I don’t wanna be buried in the pet sematary/ i don’t want to live my life again.

Talvez, se o gato Winston Churchill seguisse os conselhos do velho punk e cantasse também, ele não seria enterrado lá, só para depois de voltar dos mortos ser assassinado com uma injeção letal na bunda.

Tudo acontece quando a família do doutor Creed se muda para uma cidade medonha no interior de Seatle. Na porta da casa, uma estrada com caminhões a 200 km por hora passam a todo instante. Um belo lugar para criar duas crianças pequenas.

Mas a estrada não é o problema até então. Tudo acaba dando errado mesmo quando, guiada pelo velho vizinho, a família resolve fazer uma visita ao misterioso cemitério de animais perto da casa, onde só defuntos crescem e os mortos falam. A filha pequena do casal, em meio a tanta morte, se apavora só de pensar em perder seu gatinho preto que sabe-se-lá-Deus por que se chama Winston Churchill.

Mas como gatos pretos de nome Winston Chichill não costumam durar muito, o bichano morre atropelado na estrada. E induzido pelo velho vizinho, o pai enterra o gato nas terras podres do cemitério de animais. O que o pai não sabia, entretanto, é que o mascote voltaria à vida, só que um pouco mais endemoniado. Isso porque as terras faziam parte de um cemitério indígena que trazia tudo que fosse enterrado lá devolta à vida (com um pequeno defeit de fabricação, a saber)

Não é de se admirar que o gato queira atacar seus donos depois de voltar da morte. Pois, depois de ser transportado numa caixa transparente minúscula dentro do porta-malas, como se fosse tão importante quanto um George Foreman Grill, e ter as bolas arrancadas, era o mínimo que ele podia fazer.

Winston Churchill sem testículos

Enquanto é o gato está bom. Mas e se em vez de um animal, uma pessoa fosse enterrada nas terras podres daquele cemitério? É o que o doutor Creed vai descobrir quando, contrariando todas as indicações do velho vizinho, ele enterra um ente de sua família que foi atropelado por um fã louco de Ramones em alta velocidade.

A produção foi muito bem dirigida pela diretora de clipes da Madonna, Mary Lambert. Mas não só por isso o filme é um clássico, Stephen King também tem culpa. Ele foi responsável pela adaptação e o brilhantismo do roteiro, colocando conselhos preciosos na boca do velho vizinho Jud.

Um dos mais sábios é "tudo que é seu, acaba voltando pra você". Mas melhor seria se não voltasse com sangue nos olhos e com uma vontade imensa de te matar. Outro conselho melhor ainda é que “às vezes, é melhor estar morto”. Mas deste, o doutor Creed não tem dúvidas.


Ficha
Título Original: Pet Sematary
Gênero: Terror
Tempo de Duração: 103 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 1989
Direção: Mary Lambert
Roteiro: Stephen King (baseado no seu próprio livro)


Elenco
Dale Midkiff (Louis Creed)
Fred Gwynne (Jud Crandall)
Denise Crosby (Rachel Creed)
Brad Greenquist (Victor Pascow)
Michael Lombard (Irwin Goldman)
Miko Hughes (Gage Creed)
Blaze Berdahl (Ellie Creed)
Susan Blommaert (Missy Dandridge)
Mara Clark (Marcy Charlton)
Kavi Raz (Steve Masterton)
Mary Louise Wilson (Dory Goldman)
Andrew Hubatsek (Zelda)
Stephen King (Padre)

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