Besouro é um filme que não pode ter uma definição única, ele não pode ser considerado somente um filme de luta. O filme é uma mistura da história brasileira, misticismo e luta. Herói nas cantigas de capoeira ele agora está nas telas de cinema. João Daniel Tikhomiroff escolheu Besouro como seu longa de estréia quando estava fuçando num sebo e encontrou o livro Feijoada no Paraíso de Marco Carvalho. Para quem não sabe Tikhomiroff é o publicitário brasileiro que mais ganhou prêmios em Cannes, talvez esta veia publicitária seja a causa da minha única crítica ao filme. Eu achei a trilha sonora um pouco exagerada, todas as músicas brasileiras são incríveis, mas em alguns momentos ele coloca nas brigas algumas músicas eletrônicas a lá Kill Bill, eu acho que não combinou e ficou hollywoodiano demais.
O filme como diz o título conta a história de Besouro, um capoeirista que viveu no recôncavo baiano na década de 1920. Seu professor era um grande líder na comunidade negra e como isto não era interessante para os brancos ele acaba sendo assassinado. Besouro assume o lugar do mestre e inicia um movimento através da força contra o poderoso coronel local. Juntando misticismos do candomblé e o uso de flashbacks, o diretor Tikhomiroff consegue contar uma grande fábula brasileira que agora povoará a mente de todos e não somente dos praticantes da capoeira.
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