quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Nine

Burra é a mulher que pensa que os homens mandam em alguma coisa. Nine mostra através da música que a mulher de verdade sabe de sua importância. No filme, baseado no clássico Oito e meio de Fellini, um diretor em crise de criatividade é assombrado por todas as mulheres de sua vida.


Nine não é um filme metalingüístico porque fala do processo de criação de um filme. Ele é metalinguísticco porque fala do processo de criação dele mesmo. Parece confuso, mas tudo se explica quando o protagonista grita “ação” no final. E tudo se apaga.


Os números musicais com Kate Hudson e Fergie (de Saraguina, a prostituta de nós todos) são incríveis. Mas é quando surge a semi-nua Penélope Cruz e Marion Cotillard, em forma de tristeza, que se percebe a grandeza do musical. Por outro lado, Sophia Loren parece uma versão da Virem Maria com plástica de tão endeusado e esticada que está – não que ela não mereça o posto, mas pera lá.


O filme não deixa a desejar em nada, se comparado a Chicago, que também é do diretor Rob Marshall. Mas são tantos os ufanismos italianos e a repetição do nome do protagonista Guido Contini nas músicas que às vezes cansa. Ok, ele é um ótimo filme, mas se Fellini é Oito e meio, Nine deveria se chamar Eight. Porque se considerar meio número acima de Fellini é pretensão demais.

Um comentário:

  1. Nossa, fiquei surpresa com a sua análise, Buck...Nine e Chicago bebem da mesma fonte da Broadway: Bob Fosse - o conhece? Ele entende as mulheres como ninguém.
    Bjs

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