Nine não é um filme metalingüístico porque fala do processo de criação de um filme. Ele é metalinguísticco porque fala do processo de criação dele mesmo. Parece confuso, mas tudo se explica quando o protagonista grita “ação” no final. E tudo se apaga.
Os números musicais com Kate Hudson e Fergie (de Saraguina, a prostituta de nós todos) são incríveis. Mas é quando surge a semi-nua Penélope Cruz e Marion Cotillard, em forma de tristeza, que se percebe a grandeza do musical. Por outro lado, Sophia Loren parece uma versão da Virem Maria com plástica de tão endeusado e esticada que está – não que ela não mereça o posto, mas pera lá.
O filme não deixa a desejar em nada, se comparado a Chicago, que também é do diretor Rob Marshall. Mas são tantos os ufanismos italianos e a repetição do nome do protagonista Guido Contini nas músicas que às vezes cansa. Ok, ele é um ótimo filme, mas se Fellini é Oito e meio, Nine deveria se chamar Eight. Porque se considerar meio número acima de Fellini é pretensão demais.
Nossa, fiquei surpresa com a sua análise, Buck...Nine e Chicago bebem da mesma fonte da Broadway: Bob Fosse - o conhece? Ele entende as mulheres como ninguém.
ResponderExcluirBjs