terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Platoon

Além de ter sido a guerra que mais mereceu a atenção da TV, a Guerra do Vietnã deve ter sido também a que mais figurou no cinema. Apocalypse Now e Nascido Para Matar estão aí como melhores exemplos. Mas é em Platoon que a dualidade da guerra fica mais evidente.

O filme mostra soldados em conflito existencial que chegaram ao inferno. Obviamente, quando se vê o capeta de perto o que mais se deseja é voltar pra casa. O que nem sempre é possível. Mas nem tudo é amputação, estupro e morte na guerra. Raros momentos de lazer encobertos por uma bruma de maconha são alternados com os horrores de corpos destruídos e em putrefação.

Quem conta a história é um jovem Charlie Sheen, que também sabe fazer papel sério. No longa, sua inocência vai morrendo ao longo das cenas, assim como seus amigos e centenas de vietcongs.

Mas Platoon também marca o fim da inocência para Oliver Stone, em seu primeiro trabalho de grande projeção.

As cenas mais bem feitas, que sempre envolvem o céu - seja um amanhecer, um céu chuvoso, ou coisa que o valha - e a trilha sonora, que até ganhou um Oscar, como o próprio filme, deixam claro o grande diretor que Oliver Stone seria.

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