quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Educação

Cinderella está morta


Educação poderia ser um conto de fadas. Mas não é. Estão lá o romance, o príncipe e a princesa, só falta a inocência. Apesar de a personagem principal ser uma ingênua estudante de 16 anos dos anos sessenta, ela não é burra. Por isso, a história é muito mais um drama do que um romance propriamente.


A adaptação do roteiro é inegavelmente culpa de Nick Hornby. O diálogos afiados e a ironia presentes não deixam dúvidas. É até possível rir (e muito) numa história que de engraçada não tem nada. Mas a obra a que deu origem a isso é o livro de memórias da britânica Lynn Barber. E conta o romance que existiu entre uma estudante aspirante a Oxford e um homem mais velho.


O grande conflito da personagem é descobrir se vale realmente à pena jogar os estudos para o alto em nome de um bom partido. O problema é que o ‘bom partido’ em questão é bom de lábia e engana todo mundo. E se ele estivesse a enganando também? No fim, tudo se resume bem em uma fala da personagem: “pra vida que nós queremos não há atalhos”.

O filme peca por tentar passar uma moral. Mas, afinal, trata-se de um quase conto de fadas, com um príncipe... que não é nada encantado.

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