São poucos os filmes que eu consigo assistir com a minha mãe. Enquanto ela prefere assistir os filmes cults, argentinos, espanhóis e iranianos das salas alternativas, eu fico com os...bem, fico com os filmes que escrevo neste blog com tanto afinco. A Perseguição é um dos filmes que nós dois decidimos assistir juntos e, por incrível que pareça, tivemos a mesma palavra para defini-lo, agonia.
A sobrevivência num ambiente inóspito e hostil serve de muita reflexão
nas lentes do diretor Joe Carnahan (Esquadrão Classe A). O sofrimento que os
personagens passam só não é maior que a crueldade da realidade da natureza
selvagem. O filme começa mostrando subjetivamente o trabalho e a vida de John
Ottway (Liam Neeson), um caçador que protege operários de uma firma de
exploração de óleo no Alaska.
Enquanto aguarda o dia do seu retorno para casa, John escreve uma carta para
a sua mulher e planeja cometer um suicídio, ele é impedido após escutar um uivo
de lobo. Na volta para a casa, o avião que transportava ele e outros funcionários
acaba caindo no meio do nada.
Os poucos sobreviventes montam acampamento no meio dos destroços do
avião, porém eles descobrem que caíram no meio de um território dominado por
uma matilha de lobos. Acuados e com poucas esperanças de resgate, o grupo tentará
seguir viagem e os conselhos de John para saírem vivos deste gélido pesadelo.
Assim como no filme 127 horas, algumas experiências servem para reflexões e mudanças. A fé de cada um se torna diferente em momentos extremos, a desconfiança da vida pós-morte é algo preocupante para alguns enquanto para outros é tranqüilizador. Buscar certas verdades em situações delicadas acaba criando uma sensação de conforto, uma forma de evitar o medo do desconhecido. Depois dessa pequena reflexão, só uma última dica, tem cena depois dos créditos.
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