Logo no início do clipe de Thriller, Michael Jackson faz uma advertência à medrosa namoradinha. “Eu não sou como os outros caras”, diz o - ainda negro – rei do pop. Como poderíamos verificar anos mais tarde, ele falava a verdade. Mas, naquele momento, provavelmente ele se referia ao fato de ser um monstro... digo, literalmente.Michael já adubou a vida com muita merda, é bem verdade. Entretanto, não podemos esquecer de suas contribuições ao mundo pop, sem as quais Britney Spears e Justin Timberlake não serviriam nem para ser peso de papel. E Thriller certamente é uma dessas constribuições. Porque fazer megaproduções para divulgar uma música na tv não era coisa lá muito comum em 1983.
O vídeo-clipe mais dançante de todos os tempos teve um custo de irrisórios (!) 800 mil dólares e ainda trouxe o mesmo diretor de Um Lobisomem Americano em Londres, John Landis. O astro dos filmes de terror Vincent Price também emprestou a voz em trechos do clipe, dando aquela risada macabra no final. Além disso, é claro, o vídeo inaugurou a era dos clipes na MTV, essa delinqüente juvenil de araque.
Nos 14 minutos que seguem à advertência de Michael, temos várias pequenas surpresas. Até chegarmos ao surgimento dos zumbis que brotam como ratos de bueiros sujos, avançam trôpegos na direção do casal, encurralam-nos com a face ardendo em fúria e... dançam!É, dançam. Mas não é qualquer dança e sim aquela que ficou marcada para sempre na história do pop. Com uma coreografia um tanto complexa, mas que qualquer pessoa de mais de trinta anos arrisca.
Buuu!
Thriller não é só um vídeo-clipe, é um curta metragem que alçou Michael Jackson ao mais alto posto da música. Depois dele, não houve mais distinção entre música de branco e música de negro. Tudo era música, afinal. Assim, Michael abriu a caixa musical de pandora e ninguém mais conseguiu fechá-la.
Nenhum comentário:
Postar um comentário