Confesso minha ignorância: eu não sabia nada sobre as origens do Wolverine. Por isso, fui assistir "X-Men - Origens: Wolverine” na primeira tarde de sábado de maio, levemente irada após ter levado uma multa da CET por estacionar o carro sem o famigerado cartão de zona azul (faltava meia hora para o final da obrigatoriedade do uso; os amarelinhos e as amarelinhas “tão que tão”, devem ganhar porcentagem, pois nunca foi assim, portanto, cuidem-se!).
Cinema quase lotado, sentei onde deu. Bem, não era meu dia de sorte: minha vizinha de poltrona era uma jovem inexperiente em X-Men, em Wolverine e em boas maneiras no cinema. Passou o filme inteiro fazendo perguntinhas para o namorado. E disparando comentários bobocas. Ok, era dia de queimar carma. Portanto, vejam bem minha situação: o filme tinha que ser muito bom para me agradar.
Sorte a minha: me agradou muito. E, provavelmente, vai agradar a você também. O australiano Hugh Jackman encarna o papel como se tivesse nascido para ele. Com músculos de dar inveja a qualquer professor de musculação, aquele “cabelo e barba quase uma coisa só” e a ira, toda a ira de Wolverine.
Ser um mutante não é lá muito fácil. Os poderes podem se voltar contra você e contra quem estiver na sua frente. Quando se tem um irmão mutante (Dentes de Sabre), interpretado por Liev Schreiber, a coisa complica ainda mais. E rende cenas com efeitos especiais de garras que rompem a pele e atacam vilões e inocentes.
Escrito por David Benioff, o filme descreve a saga do personagem, desde a infância até o esqueleto revestido de adamantium. Cenas de ação iradas, diálogos eficientes e a direção competente de Gavin Hood garantem a diversão.
Recorde de bilheteria nos EUA – já rendeu mais de 87 milhões de dólares –, a fita deve fazer bonito por aqui também. Fãs do personagem e de HQ podem até levar suas namoradas sem medo. O romance de Wolverine com a bela Kayla Silverfox, interpretada por Lynn Collins, consegue despertar o interesse da ala feminina. Na verdade, Hugh Jackman desperta por si só a boa vontade das moças de todas as idades.
A produção, encabeçada pelo próprio Jackman, foi rodada na Nova Zelândia, Austrália e Estados Unidos. O protagonista veio ao Brasil divulgar o filme e, para delírio dos corinthianos, fez uma visitinha básica durante um treino.
Em algumas salas, como no Unibanco Frei Caneca, em São Paulo, um pequeno cartaz na bilheteria avisa aos apressadinhos de plantão a existência de duas cenas após os créditos. Não vai perder, hein?
*Mais um post da nossa simpática amiga Tia Alice
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