Não dá pra dizer que Soul Kitchen é uma obra-prima, mas pelo menos diverte. Depois de dramas como Contra a Parede e Do Outro Lado, o diretor alemão de origem turca Fatih Akin resolveu se rebelar contra a intensidade de seus filme antigos e fez essa comédia leve, mas bem temperada.
O filme aborda um tema em moda ultimamente: a culinária. Mas diferente de Julie & Julia e Sem Reservas, ele aposta mais na comédia do que no romance e ao contrário de Ratatouille, não é nada infantil. Na história, o protagonista vivido por Adam Bousdoukos tem de se virar para dar conta do restaurante que só traz problemas, do chef temperamental que contrata, da namorada que se mudou pra China, do “amigo” que quer vê-lo pelas costas e do irmão que está em liberdade condicional.
O roteiro tem algo de biográfico já que Boudouskos, que também ajudou a escrever, já teve um restaurante grego na Alemanha.
Como sempre, o diretor aposta sutilmente na integração entre os povos, nesse caso, fazendo atores gregos e alemães contracenarem sem conflitos. A trilha sonora embalado por funk e soul é outro ponto a favor. Mas fazer um filme com um título de música do The Doors e nem colocá-la na história é pura sacanagem.
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